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March 17, 2025 109 mins

É DO BRASIL!! Nessa edição do BonusCast, Rodrigo Sanches, Beatriz Blanco e Allana Dilene recebem novamente Julia Gavillan para comentar os vencedores do Oscar, a vitória de Ainda Estou Aqui como melhor filme internacional e aproveitamos para retomar a conversa do episódio anterior em uma tentativa de um panorama melhor sobre as mulheres na premiação.

Mark as Played
Transcript

Episode Transcript

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(00:22):
Olá a todos. Começando mais uma edição do
bônus castl, podcast do bônus stage sobre jogos, videogames,
entretenimento eletrônico e cultura pop e hoje de novo
cinema. Eu sou Rodrigo Sanchez, junto
comigo, Alana. Adilene, boa noite, bom dia, boa
tarde. Como que você está, Alana?
Olá pessoal, tudo bem? Por aqui está tudo bem.

(00:43):
E hoje eu estou sou aquele meme do pai do Homer Simpson, a node
man yell at cloud sou eu. Eu sou esse meme.
A gente sabe qual que é o motivo, né?
E vamos falar. Muito exemplo.
Isso vamos lá também com a gente.
Beatriz Blanco, olá. Olá.
Tudo bem? Tudo certo, eu IA comentar que
hoje eu estou bem, tão meme dos Simpsons como a Alana, mas.

(01:03):
Notou aquele meme que é eu estoufeliz e tudo?
Ah OKE, de novo com a gente, Júlia gavilan como que você
está, minha querida? Hello, finalmente acabou o
Oscar. Chega meu profundo Alívio.
Agora só em outubro. AI, meu Deus, ainda tem chão,
Hein? Mas bom, vamos ver o que vem.

(01:26):
Pera aí, não dá pra saber ainda,não é mesmo?
Não, não é pra saber ainda. Meu Deus do céu, é?
O meme do cachorro já que estamos falando de meme, é o
meme do cachorro sentado. Eu não sei nem.
Queremos a indicação, a indicação do Brasil com a biopic
de Silvio Santos no próximo lá. Ah.
Com certeza é melhor maquiagem também, com certeza.
Mas eu adorei que fizeram um meme que era assim.

(01:46):
Melhores efeitos especiais era uma foto do Rodrigo Faro.
É fazendo a maquiagem para viraro Silvio Santos.
Quero rir muito daqui porque é uma puta mancada, mas poderia,
viu? Eu acho que deveria ter sido
indicado, mas, enfim, como era de se esperar, a gente vai falar
hoje sobre o Oscar 2025 e que momento histórico, Hein?
Finalmente o Brasil ganhou o seuprimeiro Oscar por ainda estou

(02:09):
aqui no prêmio de melhor filme Internacional.
É claro que a gente queria o prêmio de melhor atriz para
Fernanda Torres e é claro que a gente queria o prêmio de.
Melhor filme também, mas não foidessa vez, quem sabe ano que
vem? Mas poxa, que que negócio legal,
que que Felicidade. Quer ver, né?
O Brasil ganhando Oo seu primeiro Oscar.

(02:30):
Como que foi para vocês a reaçãoassistindo ali o Oscar?
Gente, eu só não abri a janela para bater panela porque tava
fazendo, sei lá, tipo 3° do ladode fora, entendeu?
Mas pô, eu fiquei muito contente, velho, fiquei muito
feliz. Eu tive que me conter para não
dar murro em parede e coisa do tipo não acabar lavando uma
multa aqui, né? Isso porque você tá?
Assim, mares internacionais ainda.

(02:51):
Né? Então, exatamente pior.
Ainda. Exato, seria muito pior, seria
brasileira barraqueira aqui? Eu tinha consumido meia garrafa
de vinho branco antes do anúncio, então eu já estava bem
animada assim. Na hora que que anunciaram, dão
pra todo mundo gritar. Mas fiquei muito feliz.
Aí eu tomei mais vinho depois também.
Porque aí eu achei era era justo, né, é?
Que antes eu tomei porque eu estava nervosa e depois eu tomei

(03:13):
para comemorar, então. Muito justo, muito justo.
Foi uma boa experiência. Eu estava trabalhando, né,
então? Infelizmente, a parte do vinho
eu não pude aproveitar. Deveria para dar uma acalmada
mesmo. Eu estava acalmada, mas cara, eu
chorei. Muito.
Eu, mas eu tinha certeza que aconteceu, eu tinha certeza,
uhum, tipo assim, eu, eu, eu tinha certeza.

(03:35):
Eu falei, cara, a gente não vai ganhar melhor atriz.
Vai ser muito difícil ganhar melhor atriz, porque a gente
precisava muito de votante Internacional e no fim eles
escolheram outra pessoa. Nem a pobre da Demi Moore foi
foi escolhida, mas eu estava melhor, melhor time também.
Era muito, muito, muito. Difícil, muito difícil, porque
era muito claro que muitos votantes não viram ainda estou
aqui. E aí eu falava, não, cara,

(03:56):
certeza, Internacional é nosso, Internacional é nosso.
Eu tinha essa certeza, eu tinha essa certeza aí a medida que os
dias foram passando, a semana, né, antes do Oscar foi passando
e aí eu fui vendo, é todo todos os Insiders falando, não vai dar
ainda, estou aqui, não tem chance pra outro filme.
Tem uma comunidade muito apaixonada aqui falando muito do
filme, uma comunidade Internacional muito apaixonada

(04:18):
pelo filme. Então vai dar, ainda estou aqui.
Eu falei, pô, é nosso cara, certeza que é nosso, certeza que
é nosso. E aí chegou na hora isso muito
doido, né? Porque entrou a Penélope Cruz e
aí o Fagner, meu digníssimo, queestava do meu lado, falou, meu
Deus, entrou a Penélope Cruz e ela falou espanhol.
E eu falei, e daí? Qual é o problema dela falar
espanhol? Provavelmente é uma das únicas

(04:39):
que falavam lá, né? Inclusive.
Pois é. Pois é, e aí eu falei, com
certeza é realmente falando espanhol.
E aí eu falei, não é nosso cara,é certeza que é nosso.
Ela subiu ali porque é nosso, sacou?
É nosso, não tem como não ser. E aí na hora que deu eu falei,
cara, eu já sabia, eu choro a nossa, chorava assim, eu fui pro
quarto porque eu tava sem água, eu tava sem meu celular, e aí eu

(05:00):
tava na sala vendo, né? Eu vim pro quarto e eu fui pegar
água, fui pegar meu celular e eufiquei, sabe quando você fica
dando voltas, tipo num cômodo pequeno assim e chorando?
Era Eu. Era a minha imagem.
Muito bom, muito bom. Foi.
Foi incrível. Ah, sim, é que a gente é
brasileiro e assim, quando você está ali, é claro, né?
A gente quer ganhar sempre todas, né?
Eu acho que esse que é o grande ponto é, eu já estava contando

(05:23):
muito que IA ser o filme Internacional, claro.
Eu queria muito ver AA Fernanda subindo lá, pegando o Oscar de
melhor atriz, que, na minha opinião, assim, ela dá um pau
em. Todas as outras.
Fato foi incrível. Não tem o que fazer, mas é
Hollywood, né, gente? Então a gente vai falar sobre
isso. E eu queria começar falando
justamente do grande prêmio da noite, que foi o.

(05:46):
O prêmio de melhor filme. Para Internacional, óbvio.
Internacional, porque melhor todos os outros países, né?
É exato, o resto é resto. Ganhamos de todos os outros que
se importa para os Estados Unidos, a gente ganhou de todos
os outros. Exatamente, mas a nora foi o
grande vencedor da noite. Ele foi indicado a 6 prêmios e
levou 5. Olha só, melhor filme, melhor

(06:06):
atriz, né? Para Mickey Madson.
Melhor direção, também para o Sean Baker.
Roteiro original e melhor montagem só perdeu um deles, que
foi o prêmio de melhor ator coadjuvante, que levou o
kirokuken por a verdadeira dor einfelizmente não assistia esse
filme ainda. Também era pedir demais, cara, é
porque assim keriam kalken ganhou literalmente tudo o que

(06:26):
ele podia ganhar. Se tivesse premiação de síndico,
ele ganhava, porque, sabe, vai virar, virar síndico do do Dolby
Theater. Ele IA ganhar porque era muito
óbvio que a Vitória IA ser dele.Cara, ele não foi nenhuma
premiação, ele foi em 2. Ele foi no segue porque ele tem
que ir, já que é o sindicato dele.
Ele foi no Oscar porque também, pô, pegar mal não ir no Oscar,
né? Você é o favorito.
Não, mas eu acho que assim, voltando pra a nora, né, foi um

(06:51):
filme grande, vencedora ali novamente pra mim, a nora
definitivamente é um filme. Eu não achei ele incrível, né?
Principalmente, né, dentro da lista dos melhores filmes, né?
Com certeza não tava entre os meus favoritos, mas a Júlia até
tinha comentado na edição passada, né, que ele era um dos
grandes favoritos, né? Né?
Da academia? Por que que ele era o grande

(07:12):
favorito? Jô, você pode falar um pouco
disso para gente? É muito curioso.
Na verdade, a caminhada de a nora dá uma resumida básica, né?
O filme acabou ganhando em cane.É o que chamou muita atenção,
porque cane vem sendo alguns anos já bons anos, já sendo uma
premiação muito importante para o Oscar.
Na verdade, você tem filmes que ou extravam em cane ou ganham

(07:34):
alguma coisa em cane que sempre chegam com força no Oscar.
EE aí ele ganhou em cane e ele deu uma.
Ele deu uma crescida na hora certa, sabe?
É, e o mais importante é que eleele ganhou o dja, que é o
sindicato dos diretores. Ele ganhou também, né?
O Oscar era o esperado. É ele que também ganhou o

(07:56):
sindicato dos roteiristas, do wja e roteiro original, que
também era esperado. Ele ganhou o Oscar depois disso,
apesar de que o dja. OWGA, na verdade, ele não tem
todos os filmes, né? Ele só tem é os filmes que foram
feitos sob contrato com o sindicato.
Então, por exemplo, não tinha conclave, né?
Não tinham outros filmes que sãoé que estavam concorrendo em

(08:18):
outras categorias ali, enfim, como como no caso de adaptado,
né, e aí, mas o que realmente fez diferença foi ele ter
ganhado OPGA, que é o sindicato dos produtores.
Como é que funciona o Oscar? É resumindo o Oscar, ele você
vota basicamente em todas as categorias, você vota em quem
você acha que é o melhor, melhoratriz Fernanda Torres, melhor
filme Internacional, né? Você tá lá e ainda estou aqui ou

(08:41):
qualquer outra categoria. É, os ramos votam na primeira
fase, né? Os ramos selecionam os os
melhores dessa fase na fase seguinte, que é a segunda fase
de votação. Todo mundo vota em tudo.
É, e aí no caso de de filme Internacional de melhor filme,
não funciona assim, eles fazem 111 coisa chamada cédula, cédula

(09:01):
preferencial, que é basicamente assim.
É, por exemplo, vamos supor que o Rodrigo vai fazer a lista dele
de melhores do ano, tá, os 10. Então você vai colocar assim,
Ah, o meu filme favorito do ano foi, sei lá, um completo
desconhecido. Aí você coloca lá em primeiro
lugar, um completo desconhecido.Em segundo lugar, você coloca
conclave, aí, em terceiro lugar,você entendeu, você vai

(09:23):
colocando o filme de 1 a 10, é basicamente isso, você não
escolhe, Ah, o meu filme favorito foi esse, você faz essa
cédula preferencial com os 10 que foram indicados, é OPGA
também é assim, então ele acaba facilitando para você descobrir
o que vai acontecer no Oscar, porque os 2 usam o mesmo método
de votação. EOPGA é um dos maiores

(09:45):
sindicatos também é da academia,né, um dos maiores.
É, então isso acaba meio que prevendo o que vai acontecer e
não. E acaba também rolando algumas
surpresas, né? Porque, por exemplo, também vai
rolando uma eliminação se OAO número 1, vamos supor, AA
maioria dos dos é também é que, na verdade vai rolando uma
eliminação à medida que é os os votos vão sendo contados.

(10:09):
Então às vezes é como já aconteceu.
Por exemplo, no caso de um Moonlight, ele foi o quarto
melhor votado. Então ele tinha mais votos do
que o primeiro lugar. Hum, tá, ele estava em quarto
lugar, com mais votos do que AA maioria dos outros filmes, que
precisa chegar a 50% de votos entre os votantes, né?
Aham, então, no fim, acabou sendo escolhido o quarto mais

(10:31):
votado para ganhar naquele ano que todo mundo esperava que
seria La La Land e no fim foi umlight.
Enfim, então, nem sempre. É a maioria que está em primeiro
lugar, vence. Eu espero que isso tenha feito
sentido. Né não fez?
Então, então, por isso que, com o resultado do PGI, era esperado
que OA nora vencesse mesmo, tá? Rolou uma Esperança ali para
conclave com os votantes britânicos porque ganhou o

(10:53):
bafta, mas no fim, acabou rolando essa, essa, essa Vitória
para a nora mesmo. E até curioso que você falou do
próprio conclave, né? A gente puxou umas informações
aqui. Como por exemplo é o conclave,
ele teve 8 indicações e no finalele levou só um prêmio.
Injusto deveria ter ganhado mais.
Exatamente, eu também acho. Tem uma figurinha que a galera

(11:14):
tá usando muito recentemente agora, que é o decano.
Laurence cuidará disso. E ele deveria ter cuidado de
todos os prêmios que ele foi indicado, né?
Menos o de melhor filme, obviamente, porque aí era para
nós, né? O tinha que ser o ainda isso
aqui, mas é é curioso, né, porque você vê.
É muito louco isso, porque assim, novamente, eu estou.
Eu estou puto, é isso, tá? Eu estou puto com a nora.

(11:34):
Eu não gostei desse filme perto do do resto e está errado.
E é isso, gente, obrigado pelo podcast.
Obrigada, tchau, galera. Isso galera, né?
Brincadeira, mas é muito louco, né?
Que a gente acaba fazendo váriasprevisões, né?
Do dos prêmios e tudo mais. E aí, por exemplo, né?
O Weekend teve 10 indicações. Levou 2 prêmios, né?

(11:57):
OOO brutalista, para falar a verdade, me surpreendeu porque
assim eram 10 indicações. Levou 3 prêmios, né?
Tipo a trilha sonora, fotografiae o Adrien broge levou o prêmio
de de melhor ator. EE, de quebra, ele ainda bateu o
recorde do discurso mais longo do Oscar, né?
Horrível, horrível. Discurso do Oscar também
horrível. Pois é.

(12:17):
Também entre vier, eu senti que ele tinha tomado meia garrafa de
vinho para subir lá, é? Aconteceu, eu tenho.
Certeza que isso aconteceu. Cara, ele parecia meus alunos
quando levantou a mão para fazerpergunta na aula, ele fica
assim, uhum, professora, eu queria fazer um comentário.
E aí eles vão. E aí você fica, nossa, meio-dia
e meia. Eu queria almoçar, né?
E aí eles falaram assim, não, porque a vida, o universo.

(12:39):
E é terrível. Você já viu.
Amo vocês, mas péssimo. Você já viu é pergunta de
jogador, de de jornalista depoisde jogo de futebol?
E aí o cara vai perguntar e ele fala assim.
E é só que antes de perguntar, na verdade, ele tem que fazer
toda uma análise do jogo. E aí ele tem que fazer toda uma
análise do jogador. E aí, no fim, ele faz uma

(13:00):
pergunta que não tem absolutamente nada a ver, tipo,
como você está se sentindo? Não tem nada a ver com o que
você. Sabe?
Então eu senti por isso que eu falei de perguntar, tia Luana.
Eu senti que esse discurso dele tinha essa Vibe, que é quando
alguém levanta a mão e fala assim, a verdade.
O mel não é uma pergunta quando a pessoa falar isso eu já tenho
vontade de falar, então não faça.
É ou então eu tenho 3 perguntas.3 em uma e nada tem a ver com

(13:22):
nada. Isso não é uma pergunta, não
precisa ser feita. Tá tudo bem?
Nossa, foi muito. Mas eu fiquei feliz assim, de
que muita gente assistiu o brutalista inteiro.
Pelo jeito, né? Mas ó, teve gente daí que tá.
Será que assistiu porque teve gente?
Tem a história de que teve genteque isso é Sério, tá todo ano

(13:43):
tem alguém, tem votante que passa vergonha.
Votante anônimo que passa vergonha todo ano.
É um clássico. É uma coisa que eu é uma coisa
que eu espero assim, chega aquela parte que eu já estou, já
já, já contaram tudo que tinha contado, todas as histórias,
todos os bastidores, já não tem mais o que fazer, vocês estão
esperando chegar o dia do Oscar?E aí nessa aí é, é bem nessa
última semana que sai o que eleschamam de votantes anônimos, Ah,
tá que é proibido pela academia pra mim, academia proíbe, mas a

(14:06):
galera faz mesmo assim, porque assim ele vai lá, algum
jornalista vai lá e pergunta prosei lá, 5 votantes aleatórios,
em quem eles vão votar? E aí sempre tem uns comentários
que assim são preciosos de. De que desgraça você está
fazendo ali? Por exemplo, ano passado a gente
teve o cara que votou no Robert Tony Júnior simplesmente porque
o ator apertou a mão dele. Ah, você tinha?

(14:27):
Comentado essa, esse ano a genteteve pelo menos uns 3 votantes.
2 acho que, se não me engano, foram 2 que falaram abertamente
isso, que eles votaram no radionbroad, porque eles acharam que o
Ralph fies já tinha o Oscar. Só que o Ralph fies não tem o
Oscar AI, gente, né? E o radion broad tem Oscar sim,
entendeu? Ah, não votei e aí não.
Deram o Google. Exato, você acreditava?

(14:49):
Você grava o telefone OK, Google, rafines tem Oscar, não
é, pô? E.
Inacreditável. E aí quando eles descobriram
que, na verdade, não tinha que estava, era a verdade.
Estava ao contrário, ao contrário, né?
Eles riram e falaram, Ops. Então, quer dizer, tem gente que
não leva tão a Sério assim, a gente leva muito mais a Sério do
que essa galera que tava tendo. Posso com toda certeza.
Cara, mas é. É tipo aquela energia, sei lá,

(15:10):
quando chegava a ficha do troféuimprensa na redação que você
ficava gritando. Exatamente.
Trabalhou em redação, sabe como?AI gente, que horror, né?
É muita avacalhação. Não é muita?
Avacalhação. É é muito louco.
Mas pode falar, Walter, nora já,então.
Tá liberado, lógico, desde sempre.
Começa Bia agora. Então, gente, assim, eu, eu sou

(15:32):
uma pessoa que eu sou muito dadaa autocrítica, né?
Então tô aqui, né? Faço análise, sou filha mais
velha, então eu sou uma pessoa que eu lido com com a
autocrítica no nível assim, bem.Próximo da minha vida.
E aí quando eu vi as pessoas celebrando muito a nora, né, nas
redes sociais, falando que o filme era excelente e que as
críticas eram moralistas, eu fuiolhar para dentro do meu coração

(15:55):
e falar assim, será que eu estousendo moralista com a nora, né?
Vamos tentar colocar assim mais em palavras o que que eu não
gostei desse filme? E aí eu fui ler outras críticas
também sobre o filme e tal, e mantenho, né?
Eu não gosto desse filme porque eu acho que ele é assim.
Resumindo muito, né? O que pode ser discutido sobre
ele? Eu acho que ele traz uma

(16:15):
fantasia masculina da puta triste de novo.
Exato. E eu não gosto disso assim, eu
acho. Eu acho interessante que também,
interessante, com muitas aspas aqui, tá?
Muita gente fala assim, Ah, mas eles fizeram reconhecer as
trabalhadoras sexuais, agradeceram os discursos, tal
todos show Baker quanto a MickeyMadison e fico muito feliz por

(16:36):
isso, mas também acho que é o mínimo, entendeu?
Eu acho que está muito fácil dossenai chegar aí na indústria,
você fazer um pouquinho. Eu entendo que é uma população
marginalizada e que qualquer coisa tem que ser celebrada,
porque a gente sabe que ainda mais ou numa época, né,
moralista como a gente tá vivendo, é a situação delas, é
muito vulnerável, mas eu também acho que não.

(16:56):
Não dá pra ficar falando nossa, né, o filme é perfeito só porque
os caras foram lá e fizeram o mínimo na hora de agradecer.
Eu acho que é um filme. Todas as críticas que eu vejo
sobre o filme falam, Ah, ele temum comentário legal sobre
classe? Tem.
Tem um comentário? Legal que ele não consegue
desenvolver. Direito que não consegue
desenvolver direito. E assim todo mundo que vai

(17:18):
defender esse filme defende que é um filme sobre o capitalismo,
sobre classe, sobre a solidão dotrabalho sexual.
Ninguém defende que é um filme sobre a nora e o filme tem o
nome dela. E aí eu eu percebi assim que o
meu grande incômodo com esse filme é que essa personagem, ela
tá ali pra ser um recurso narrativo para as ideias, né?
Supostamente progressistas aí dodo diretor, que a gente pode até

(17:39):
questionar um pouco, então se o progressismo vai.
Mas vamos, vamos, né? E de boa fé, porque é isso, né?
A trabalhadora sexual, ela é um estereótipo muito fácil para
você falar de sofrimento capitalista e para você atrair
Piedade, e eu não gosto como filme, não tira ela desse lugar
de coitado em nenhum momento. Você começa com achando que ela
vai ser algo além disso, né? E no final é é como a Júlia

(18:04):
falou no podcast anterior, Ela ÉUma Princesa Disney assim, então
reitero que eu não gosto de a nora.
Sobre o trabalho do Mickey Madison, acho que é competente,
dá o que o filme pede. Mas eu acho que o filme não pede
tanto assim, entendeu? Pra, pra que?
AI o pessoal fala, eu vi muita gente falando.
Ela traz nuances na situação, onde a personagem dela não tem

(18:24):
nuance nenhuma. Nada.
Não vi, não vi. Desculpa, gente, posso estar
sendo como eu falei, sou uma pessoa.
Dada a autocrítica assim, posso estar não vendo coisas que são
importantes, mas eu realmente não vi.
Eu vi o estereótipo da puta triste de novo.
Eu continuo sem saber nada sobreessa garota.
Eu continuo achando completamente contraditório ela

(18:45):
parecer tão experiente, tão ligada da vida na primeira
metade do filme e depois AA virar uma coitadinha e parecer
que ela tá genuinamente sofrendopor causa daquele boy que ela
passou uma semana junto, né? E é sobre isso, não curte não.
Acho que esse filme vai ser um desses casos de filmes que
ganham o Oscar e daqui a algum tempo ninguém lembra deles.

(19:06):
Eu estava lendo a nossa pauta aqui para o podcast e eu estava
vendo vários gente que ganharam o Oscar e ninguém lembra deles,
tipo o lado bom da vida, você vêalguém comentando esse filme?
É verdade? E outra pessoa que ganhou, que
ganhou o Oscar jovem? EE depois se ferrou, né?
Porque nunca mais fez nada muitorelevante.
É, eu só espero assim. Mickey Madison, embora não tenha

(19:27):
gostado das suas declarações sobre coordenação de intimidade.
E bêbada de vindo. E eu tenho tuitado na fã que era
bom que as pessoas te xingassem mesmo, né?
Então eu quero me desculpar, amiga, Mickey, se você estiver
ouvindo isso, mas assim é MickeyMadison não pega o papel da
Marvel, querida, só vou te falarisso, tá?
Se chegarem querendo te pintar de verde, de azul, de roxo, você

(19:50):
não vai. Preze pela sua carreira, né?
É assim, se eu dou um conselho para essa menina agora, ela
fazer assim. O Robert Pattinson pega uns
papel esquisito, entendeu? Uhum vai?
Vai trabalhar? Verdade, assim vai vai aparecer
em filme, com o cabelo sujo assim, cara, meio fodida.
E aí eu acho que que pode dar jeito, mas não, não se pinte de

(20:12):
verde, não, garota, é porque não, não vai dar certo.
Mas é isso, gente. Fim do Hunt sobre a nora, deixou
minhas colegas inteligentíssimas, glamourosas e
chiques aqui também, complementar.
Então, como a Bia, eu tendo também a fazer 11 autocrítica,
eu não sou a filha mais velha, eu sou a do meio, então eu sou
invisível, né? É, mas, mas assim é sempre que

(20:36):
eu vejo um filme, ou leio um livro ou pego alguma coisa que
fico, tá, eu não entendo porque que isso é tão badalado.
O que é que tem aqui que eu não estou vendo, né?
E em geral, eu procuro críticas favoráveis aquilo ali pra porque
isso lança luzes ali que não necessariamente eu estava
conseguindo enxergar, então. Antes, inclusive, de todo o papo

(20:59):
sobre críticas moralistas e tudomais.
Eu vi o filme antes da da cerimônia.
Fui ver pessoas que gostaram tanto, né?
Do filme, o que é que elas estavam falando a respeito?
E aí eu percebi que eu tinha entendido certo, porque como
você eu termino um filme sem saber muita coisa sobre essa
personagem. Ela começa justamente como
alguém com a visão muito pragmática da vida, do ofício.

(21:22):
Né? EE?
Até meio amarga, talvez assim. E aí depois ela se encanta com
com esse boy. É claramente um boy lixo.
De longe. E aí fica.
Ela se encanta mesmo. Ou ela se encanta com a
perspetiva da vida cheia de dinheiro, ou ela realmente
apaixona por ele, ou ela está ali por interesse.
Assim a gente não sabe. E.

(21:45):
Muita gente aparentemente gostoude não saber umas uns 2 textos
diferentes. Assim que eu li, falava
exatamente isso que terminava o filme, né?
Que tinha ali um grande comentário sobre a natureza
neoliberal das relações. Agora, em que tudo tem que ser
uma relação de troca e não sabersobre a nora é o propósito dele.

(22:05):
E aí eu tá, então eu entendi certo.
E isso por um lado é muito mais frustrante, porque eu entendi
certo e ainda assim eu não consegui gostar do filme porque.
Exatamente com essa impressão. E eu fiquei com uma impressão
assim, que tipo, eu vi até algumas mulheres falando que
acharam que o filme eu eu só estava.
Abri um parênteses aqui, eu sou bem contra essa coisa de falar
que o filme é feminista, não é feminista.

(22:26):
Eu acho que os filmes existem aí, os alinhamentos deles
narrativos, que que possam falarou não de política.
O filme não tem uma questão moralizante, né?
O filme não tem que te educar sobre nada assim.
Sinto meio um pouco desconfortável com esse tipo de
classificação, mas vamos lá. E algumas pessoas falando, Ah, o
filme tem traz uma perspectiva bastante feminista ao fazer uma

(22:48):
crítica, né? Do trabalho sexual sendo
colocado como uma coisa dispensável, né?
AA trabalhadora sexual como uma pessoa descartável e cara,
primeiro que essa crítica não tem nada de inovador pra mim,
né? Como eu falei mais uma vez, o
estereótipo da da puta triste, da puta, coitadinha.
Né? Da da da prostituta que ela é
usada? E tem que ser.
Salva tem que ser salva. E ela é redimida aos olhos do

(23:11):
público pelo sofrimento dela, que eu acho que é uma visão
também bastante moralista. E ela até então, como a Lana
colocou aqui, ela é um recurso narrativo para que outras coisas
sejam ditas. E nada sobre ela, né?
Do assim não. Não consigo ver essa
representação tão positiva, né? Que.
Que foi colocado EEE. Acho que isso inclusive reflete

(23:31):
no problema que eu falei dela não achar que essa personagem
tem nuance o suficiente para você dizer que a Michael Madison
fez uma interpretação com nuances.
Eu acho que ela fez uma interpretação competente, mas eu
não acho que era um papel que realmente dava muito espaço para
ela ser muita coisa além dessa imagem.
Né, dessa projeção dos desejos do protagonista, que acaba sendo
um pouco a projeção dos desejos do público também.

(23:54):
E quanto aos outros prêmios que o filme recebeu?
O melhor filme é isso, né? Já era esperado.
Eu não esperava nada diferente. Se fosse conclave, eu ficaria
positivamente surpresa, né? Mas, enfim, a crítica parece ter
gostado muito do filme também. E quanto a melhor direção, eu
vou ter que dizer, embora eu tenho, eu gosto muito da direção

(24:15):
do conclave. Eu vou ter que dizer que o
filme, ele é muito competente nisso, visualmente falando e em
termos de linguagem cinematográfica, a além do
enredo da personagem, né? O filme ter usado locações de
verdade dá uma autenticidade quehoje em dia está parece que está
faltando em vários outros filmese tal.

(24:36):
Nós, com toda certeza. Eu acho que é um filme que é
muito competentemente, dirigido,também editado.
E como chambeque vem do cinema independente, esse domínio sobre
o próprio produto é algo que elede fato tem.
Ele tem talento, ele tem domínioda técnica cinematográfica e ele
sabe dirigir as pessoas pra fazer o que ele o que ele quer.

(24:57):
E isso eu acho realmente um grande mérito.
E aí aquela, se você tem 11 caraque ganha o de melhor diretor,
muito provavelmente, muito claramente, ele vai ganhar o
melhor filme também. Então, mesmo que eu consiga
separar essas instâncias, já era, digamos assim, 11, forte
indicativo da da premiação final.
Aí para ele, em relação ao filme, fica isso sim, né?

(25:20):
Em relação ao filme e a personagem, concordo que AA
Mickey Madison faz uma atuação competente, o que na verdade só
fala em mérito a ela por ser. Tão jovem e conseguir passar
tanta coisa ali pro que ela tá fazendo.
E entendo o que ela faz também. O que, o que é pedido, o que é
demandado pelo filme. Agora também não acho que seja

(25:41):
algo espetacular, né? Tão incrível assim,
especialmente considerando as outras concorrentes.
E eu não tô falando da da Sofia gascon.
Tá, mas as outras? Então acho que que é isso.
Se se tivesse assistido assim, terivo.
Se tivesse assistido a Demi Moore, eu não teria me sentido
tão roubada. Exato.

(26:01):
Isso não tem nada a ver com a pessoa dela, tão pouco com a
personagem que ela interpretou. Eu acho que o grande problema do
fascismo é ele fazer a gente defender a arte que a gente não
gosta tanto por uns argumentos meia boca.
Porque assim eu sou. Quando a galera começou?
Que saco. Quando a galera começou no
blues, Sky falou, não, ela só ganhou logo.
Óscar, porque tirou a roupa? E eu, porra, caralho, gente, aí

(26:23):
não. Né, pelo amor de Deus, não é
isso, não é? Isso.
Mas aí eu me lembrei de novo, eutendo que lá atrás, né?
Na, na era do do auge do MBL, eutendo que defender aquela
performance ruim pra caramba queteve no MASP, do cara que ficou
nu, lafa, fingindo que era um bicho da Lygia Clark ruim, arte
ruim. Mas a gente teve que defender
porque os caras estavam falando que era imoralidade e tal.

(26:46):
Aí eu vivi na mesma situação, sóque reversa, do tipo, AI vou ter
que defender essa situação que eu nem gostei.
Você. Tem que defender um filme que eu
nem gostei. É porque a gente chegou nessa
fase. Isso também acontece muito no
Oscar, né? Principalmente quem trabalha com
isso. Mas quem acompanha também de ver
os filmes e acompanhar os comentários também passa por
essa fase que é assim. Você tem 22 lados, né?
Você tem o lado da galera que. É é o que também tem um lado

(27:10):
moralista que a floresce nessa nessa fase que é falar que ela
só ganhou porque ela é muito jovem ou porque ela tirou a
roupa. Ah, porque a academia só bota em
novinha esses tipo de coisa, semdado nenhum, sem filmação
nenhuma. E o outro lado que a galera do
se você não gostou desse filme, se você é, se você não gostou
desse filme, porque você não entendeu?
AI, meu Deus. Que saco.

(27:30):
Que também é um porre ter que lidar com essas pessoas e dar e
tentando dar uma aula sobre o que é o filme.
Cara, desculpa, eu entendi sobreo que é o filme.
Com todo o respeito, então. Sobre o que é o filme?
Mas tem uma diferença entre o que aquele filme quer dizer e o
que ele consegue fazer com a imagem me dizer, tipo assim,
olha, vou te mostrar o que eu quero te dizer em imagem, em
texto, em subtexto. A partir do momento em que você

(27:52):
me oferece uma coisa, fala assim, olha o meu filme, eu vou
falar disso, mas você não desenvolve isso no filme.
Desculpa, cara, você não tá. Você não alcançou o seu
objetivo, que era falar daquilo que você se propôs no começo, a
ideia do seu filme. Sacou que eu acho que foi isso
que a nora fez. Esse é meu problema com a nora.
Concordo 600% com o que vocês falaram sobre o filme.
Eu acho que ele tem. É a fato dela tirar a roupa.

(28:15):
É o de menos no filme. Isso.
Não interessa se ela tira a roupa no filme, não interessa,
sacou? Esse é o lance.
Isso que é isso que as pessoas não entendem.
O problema do filme, na verdade,para mim é isso.
Ele não não saber me mostrar o contexto daquilo que ele está
tentando me dizer. Quem é que é o filme dele?
Eu eu falei isso No No episódio que a gente estava falando do

(28:38):
hóspedes, indicações e tal. Eu falei sobre isso, que é o
lance de chegar o momento do filme, que a gente não está mais
pela visão da nora, que é a protagonista e dá nome ao filme.
A gente está pela visão das outras pessoas, sim, sacou?
Sim, ela já não é mais aquela pessoa, porra.
Ela começa o filme falando assimpro chefe dela lá Na Na boate.
E quando é que você vai assinar minha carteira de trabalho,

(28:59):
porra, naquele momento eu falei,cara, é isso, sacou?
Ela tem consciência de que aquilo é um trabalho, ela não é
uma pobre coitada, ela não é alguém que estava na entendi o
que eu quero dizer, ela não é uma, é igual a Bia falar puta
triste, ela não é isso. Só que aí a partir do momento em
que ela decide como. A gente viu por aí as pessoas
falando na internet, falando em críticas e tal, que é sobre a

(29:21):
possibilidade de uma ascensão social ou de sair do de né?
Do do trabalho dela, ou, enfim, whatever, ou falar sobre o
capitalismo. A partir do momento em que ela
consegue casar com aquela com aquele cara, o que que ela faz?
Ela vira uma dama de companhia do cara, porra, sim, ela fica
sentada ao lado dele enquanto ele joga videogame.
Ela fica sei lá de. Transando com ele o filme
inteiro entende nesses momentos que eles estão juntos, e não

(29:42):
estou falando disso de forma moralista.
Não é um problema ela transar com um cara o filme inteiro
enquanto eles são casados ou não.
O ponto não é esse, o ponto é, ela cede alguém que diz que eu
quero e aí vai assinar minha carteira de trabalho para alguém
que virou um bibelô do cara e acha que tá quero conhecer há
uma semana e acha que tá vivendouma grande história de amor?
O que que aconteceu com aquela pessoa?

(30:03):
Isso é uma coisa que me incomodou muito, é assistindo a
nora que. Antes eu ficava pensando na
questão de tipo, ela perde o protagonismo no filme, né?
Num. Determinado.
Momento, mas acho que, mais do que isso, eu acho que ela perde
a própria identidade. Exatamente.
Porque, claro, tudo bem é. Eu entendo que existe uma
crítica social poderosa demais por trás disso tudo, mas ao

(30:24):
mesmo tempo, e eu lembro de ter visto assim trailer desse filme,
a galera vendendo como assim umaCinderela Moderna e tipo aonde,
sabe? Aham, bom, vocês não entenderam
Cinderela, né? Então pra falar uma coisa nessa.
E é exatamente isso, eu acho queuma.
O maior problema é exatamente a forma como ele transforma o
filme numa na visão dele, e não é mais a visão da noite.

(30:44):
É exato, exato. Você consegue perceber que ali é
uma visão de uma terceira pessoa.
Você pode falar que é a visão, por exemplo, que eu acho também
que é que é a visão do segurançada né?
Do cara do capanga lá, do dos mafiosos russos.
E realmente não é mais ela naquele mundo tentando entrar
naquele mundo, tentando se segurar naquela naquele mundo
para não voltar para boate, sacou?
Não é aquilo. É uma pessoa de fora, olhando

(31:06):
ela como uma pobre coitada que está tentando se agarrar uma
coisa que não quer que ela se agarre.
É e dá para fazer isso de tantasformas?
Né isso? Exato.
Se a pessoa ser tão esperta, se a gente vai falar de
capitalismo, se a gente vai falar sobre toda essa, né?
Essa necessidade, essa construção de é a divisão entre
e o rico cada vez que eu mais circo e o pobre cada vez que eu
mais pobre. Se a gente vai fazer isso, então

(31:26):
que coloque ela como alguém que não.
Cara, eu quero viver numa Casa Grande.
Eu foda se esse moleque eu queroviver numa Casa Grande, eu não
quero mais trabalhar, eu não quero, eu quero viver, sacou?
Só que a gente não vê essa ambição nela uhum a gente não vê
elas. A gente realmente vê ela como
uma pobre coitada, que de repente vendo um moleque que é.
De longe, de longe, um babaca jovem pra cacete, que ela está

(31:50):
se prendendo a nada vento. Não faz sentido.
Você percebe. Eu falei isso da outra vez que a
gente gravou que esse filme teria sido muito mulher, na
visão de uma mulher, que uma mulher dirigindo.
E quando eu vi uma galera muito brava assim, tipo, Ah, é, vocês
ficam falando de bem, alguém. Você não aguenta mais eu falar
esse termo, gente, ele existe por uma razão, tá?
Primeira coisa, várias razões, várias razões, e eu acho que
muitos homens não. Entendem isso e muitas mulheres

(32:13):
também, que também estão muito encantadas pela romantização aí.
Eu nem sei se eu queria usar a palavra romantização aqui, mas
são muito encantadas por esse estereótipo da prostituta, né?
Condescendência e empatia são coisas muito próximas,
dependendo do jeito que eu acho que as pessoas confundem um
pouco uma condescendência desse filme com uma empatia por parte

(32:34):
dele. Né?
E me incomoda que eu acho o olhar sobre a trabalhadora
sexual ali, sobre a nora, é um olhar condescendente.
Eu não acho um olhar empático, porque o meu olhar empático ele
preso minha agência e eu não vejo agência ali, né?
Então aí meu problema com esse filme é uma falta de é a falta
de uma protagonista e em momentonenhum tô dizendo isso pra
diminuir o trabalho da Mickey Madison.

(32:56):
Eu acho que, como eu falei, dentro do do que do que o filme
propõe, ela tá muito bem, né? Mas eu acho que ele ele tem uma
condescendência assim, uma condescendência que tenta ser
vendida como empatia que me cansa.
E eu acho, sim, que esse é um problema de meio gaise aqui.
E eu acho de meio gaise, talvez de um olhar de classe, porque eu
vi muitas mulheres também indo para esse lugar.

(33:18):
Ah, isso está trazendo aqui. É um problema, gente.
Eu me criei em coletivo feminista que discutia trabalho
sexual e que eu via muito. Muitas feministas que estavam
discutindo trabalho sexual fazerem dentro dos coletivos que
era pular. AI então a tristeza do trabalho
sexual. AI a.
Gente, a exploração, a imagem docafé por trás.

(33:38):
O sofrimento e não, não. A gente não nega que se existe,
a gente não nega que tem uma vulnerabilidade ali.
Mas as as trabalhadoras sexuais tem que falar isso.
Como elas também precisam ser agentes, inclusive no próprio
sofrimento, né? Porque?
A gente trazer, colocar esse, esse estereótipo nelas também
pra falar como nós somos empáticos, estamos fazendo uma

(34:00):
reflexão social sobre essa situação do sendo que elas estão
totalmente ausentes, né? Da própria reflexão que tá sendo
feita, é muito fácil assim. É aquele aquele meme do é aí no
pneu de hoje, vamos falar sobre aborto e só tem homens.
É a mesma coisa se você vai falar sobre as condições de
trabalho ou então a vida triste de uma pessoa.
Você tem que ter a pessoa ali para falar sobre a vida dela.

(34:23):
A nora eles falam disso, né? Que a nora teve consultorias,
né? Que eles conversaram com
profissionais do sexo, que orientaram e deram conselhos,
enfim, ajudaram durante a produção e até a Mickey Madison.
O próprio Chan Baker, eles agradeceram, né?
Nos discursos e tal. É diferente de Emília Perez, que
de repente os mexicanos e as pessoas trans já não existiam

(34:43):
mais. Nenhuma dessas 2 comunidades
foram foram, né? Nenhuma delas recebeu obrigada,
né, durante esse processo de receber estatueta.
Mas tudo bem, escolhas é e aí euaté comentei antes da gravação
que eu li 2 textos muito bons que são críticas de pessoas que.
Profissionais do sexo, né? Que elas falam sobre é até uma

(35:05):
crítica cinematográfica, uma temmais de crítica cinematográfica,
mas as 2 falam sobre as experiências e sobre aquilo.
Como aquele filme reflete ou nãoa realidade.
É, as 2 críticas são bem críticas em relação a como o
filme mostra, né? AA, esse universo de a nora e a
nora e o ambiente dela, mas tem um específico, é.

(35:26):
Que AA pessoa pediu? O jornalista pediu pra conversar
com uma amiga que era uma profissional do sexo.
Ele até coloca ela como uma striptease, né?
Faz stripper e tal. E aí ele fala que tipo, Ah, a
gente É Ela? Ela fala que ela sentiu muita
raiva. Quando ela tava, ela tava
assistindo o filme exatamente por conta de tudo isso que a
gente tava comentando agora que é essa imagem de pobre coitada.

(35:50):
Ela comenta, né? No texto que ela no ambiente de
trabalho, ela encontra muitos homens que querem sair com ela
fora do ambiente de trabalho e esperam que ela se comporte da
mesma forma fora do ambiente de trabalho.
Então ela fala que direto ela recebe esses convites de AI
vamos sair, vou te levar pra prajantar num lugar bonito, sabe?
Essas coisas assim. Exatamente colocando ela nesse

(36:12):
papel de como se ele fosse um Salvador.
E aí o filme. Ela fala que a visão do filme é
exatamente essa do cliente dela que tá tentando tirar ela desse
lugar, como se ela fosse uma pobre coitada.
E ela disse, cara, não é o meu trabalho que me transforma numa
pessoa com problemas, mas é a insegurança.
É insegurança financeira, obviamente, né?

(36:36):
E também em relação ao que as pessoas.
Fora do trabalho dela, pensam sobre o trabalho dela e como
isso reflete, mas não necessariamente o trabalho dela.
Então, assim, algum texto vale apena ler por aí?
Enfim, é também é bom a gente colocar as pessoas que estão,
que são desse universo, para falar sobre ele.
A gente pode fazer uma crítica cinematográfica sobre o filme,

(36:57):
falar sobre como a nora, nome é protagonista, determinado ponto
e tudo mais. Mas é bom quando a gente está
falando de realidades, né? Mesmo sendo cinema, quando a
gente está falando de realidades.
É bom a gente que ter alguém ou alguém que falem tipo, olha,
isso aqui é assim mesmo, isso aqui não é assim também pra
gente, né? Ter uma visão que seja seja fora
da nossa caixa também. Só pra, digamos assim, falar de

(37:21):
um ponto de vista de quem escreve, né?
Eu não sou ninguém na fila do pão para chegar e dizer como é
que um diretor deveria seguir com um arco de determinado
personagem? Sei que.
Personagem é sim, fala sim. Assim, autoria publicada e
premiada. Não é assim pra falar sim no
sentido tem essa não de, de, de Ah, eu não posso, pode não.

(37:42):
Não é que eu não posso no sentido tipo, eu não estou
escrevendo aquela história. Se aquela história não é minha,
é eu não sou eu quem tem que escolher, como é que, como é que
aquilo vai terminar. Mas a ficção.
E aí, voltando para falar da ficção, ela é um construto.
É alguém ou alguém que sentam, que pensam, que resolvem, que
aquela personagem vai passar porisso, vai fazer isso, vai fazer.

(38:03):
Fazer aquilo e vai ter esse esseresultado, sabe?
Não é a vida que as coisas não têm.
Geralmente uma relação causa, consequência.
Então, se você tem uma personagem que começa com essa
visão super pragmática, EE é isso, este é o meu trabalho,
isto é, é isso não me define. Eu quero que você assine minha

(38:26):
carteira de trabalho e ela se deslumbra com o poder do
dinheiro. Ou porque, como, como como a
Júlia sugeriu, Ah, porque Ah, euquero, né?
Viver, eu quero morar numa Casa Grande, eu quero ter a vida boa.
Eu cansei de ser fodida, né? Ou qualquer coisa assim.
Troca dele não foi intencional. A gente precisa que o texto faça

(38:47):
sentido. A gente precisa que aquela
personagem se mostre ou haja ou pense, ou demonstre que aquela é
a sua ambição ou não. Ou que ela ficou deslumbrada,
que ela, sei lá, ficou tão encantada com aquele prospeto de
vida que não percebeu que o boy era um Mané ou percebeu que o

(39:07):
boy era um Mané e que achou que poderia manipulá lo justamente
porque ele é um novinho. Aqui é um riquinho que que nunca
viu mulher na vida. Tinha tantas maneiras de que
esse vácuo dessa personagem poderia ter sido preenchido.
E o filme não tem nada disso, e isso me incomoda profundamente,
entendeu? Então, quando eu quando eu digo

(39:27):
que AI, eu não sou ninguém para dizer qual deveria ser o arco ou
não dessa personagem, é porque eu não estou na cabeça de quem
estava lá e eu não sei qual era,quais eram exatamente as
intenções, o que que história euestou querendo contar aqui.
Deus, foi a história que eu, Alana, contaria, mas dentro do
do da história que o filme me conta, eu não tenho informações

(39:48):
o bastante para chegar aquele final e sacar e entender e achar
que tá tudo certo ou que o finalpoderia, de alguma forma redimir
esse meio do filme aí que perde a personagem, sabe?
Eu tenho um entendimento. Eu tenho 111 leitura, uma
interpretação daquele final do filme que eu acho que, na
verdade, é muito mais generosa. Do que que vocês estão trazendo

(40:10):
aqui? E eu não vou dar espolha, não
vou falar nem por nada. Mas é mais para não dar espolha
para quem não não assistiu aindarepetindo, a gente não sabe quem
é a nora, a gente não sabe quem ela veio, a gente não sabe quais
são as suas ambições, os seus sonhos.
Ela queria mesmo ser uma Cinderela e por isso se agarrou
tanto aquilo. Ali eu vi um comentário de que
muita gente gostou desse filme, porque essa fantasia de Redenção

(40:32):
pelo casamento ela está mais forte com as gerações mais
jovens, né? Faz mais sentido?
Eu sei dizer. Não sou jovem, já faz alguns
anos. Curioso essa é 11 análise bem
curiosa. Eu achei curiosa também, porque
enfim, a Lana até comentou dissocomigo nas redes.
Acho que você vai entender a Lana, não sei se acontece
contigo também, Júlia. O Instagram tá com um fenômeno

(40:53):
de coach de relacionamento, né? E é muito engraçado, porque
assim eu acho muito engraçado aparecer pra mim, tanto pra mim
quanto com a Lana, porque nós somos mulheres casadas, né?
Na maior, na mais ou menos da mesma faixa etária.
Então não é como se a gente estivesse ali procurando
relacionamentos, mas. Assim em busca, né?
É e aí? Mas mesmo assim o Instagram
mostra e é muito essa coisa de AI para encontrar um homem de
valor, porque o homem tem que ser provedor, porque ele precisa

(41:16):
pagar as suas contas, então. Eu acho que realmente Damares,
Damares entrou na conta de vocês.
E são coisas tipo, Ah, a mulher de valor faz isso?
Entendeu? O homem de valor faz aquilo.
Mas então são dicas de relacionamento para quem está
casado também, entendeu? Ah, porque o bom relacionamento
tem isso e isso e aquilo. Eu acho que é só pelo, na

(41:37):
verdade, é pelo demográfico, porque é isso, é, é, é.
Engraçado, porque para mim não aparece, para mim aparece é
contas de que vende apartamento na planta ou então lojas de
K-pop duvidoso, o Corinthians deve acreditar que eu devo ter
uns 20 e pouco. Anos assim.
É porque você é kepopeira, é porisso.

(41:58):
Porque eu sou kepopeira, e aí ele deve é muito acreditar
nisso. Eu acho que tem também a questão
do do nosso interesse em comum com a eu e a Bia de procurar por
coisa de atividade física. Então Instagram assume que eu
quero perder peso, então tem muitos quadros de antes e depois
também, e porque eu quero perderpeso, eu preciso de dicas para

(42:19):
manter o meu relacionamento, entendeu?
Cara, que dureza. Né?
Exatamente isso. Porque começou a aparecer mais
pra mim quando eu comecei a treinar e comecei a me
interessar por por conteúdo desse tipo.
E aí então, assim, vendo essas coisas, eu entendo que talvez
essa fantasia realmente de de ascensão social pelo casamento
esteja em alta, que é um. Fenômeno que você entende do
estágio de precarização do do capitalismo tardio que nós

(42:40):
estamos, né? Engraçado, esses dias você tava
puxando o que você tava falando.Esses dias eu tava lendo um
texto que eu acho que era do newYorker e tava falando sobre como
o mundo tá com uma taxa. As taxas de nascimento estão
caindo no mundo todo, basicamente.
E aí o texto não aponta algumas coisas bem óbvias que é, por

(43:01):
exemplo, ele fala muito da Coreia do Sul, né?
E aí ele fala que na Coreia do Sul já não tá nascendo mais,
muita gente tem cidade que nascelá uma criança por ano, às vezes
nem isso, enfim, que nem tem escola mais na cidade, a escola
virou tipo, sei lá, um museu praticamente.
É muito, muito maluco, se vocês quiserem eu mando pra vocês
depois, é? Deixa eu te falar também.
Obviamente que as as mulheres coreanas estão em movimentos que

(43:26):
são de não terem relacionamento com os homens, porque lá é muito
complexa, essa relação é patriarcado, minha história não
pra cacete, enfim. E aí elas não estão, estão
rolando um movimento bem forte lá de não querer ter filhos e
não querer se relacionar com homem nenhum e ficar solteiro e
ter cachorro. Basicamente, isso é um movimento
fortíssimo e a cor é um ovo. Então, quando começa o movimento
lá, o negócio pega, né? É, mas é muito complexo isso

(43:49):
porque, na verdade tá rolando esse o texto fala disso, que
como as gerações mais jovens, essa geração que que veio depois
da gente, na verdade, né? Dos 20 e poucos, PEC chegando
perto dos 30. Como na verdade eles não querem
mais casar, eles não querem maiscasar, eles não querem mais ter
filhos, eles querem, sei lá, acham que dá muito trabalho, há
muito dinheiro. EE, é curioso você ter comentado

(44:10):
isso sobre esse desejo de ascensão.
É social, pelo casamento. A partir desse texto que eu li,
sabe? A gente não consegue, né?
Mensurar o quanto que só um fenômeno, né?
Eu acho que se a gente olhar para o fenômeno demográfico, faz
mais sentido as pessoas estarem abandonando é o casamento,
porque enfim, né, é uma analistaque eu já vi de outras pessoas
também, de outros pesquisadores e tal.
Mas pode ser uma coisa meio religiosa também, né?

(44:33):
De a sua religião. Espero que você case mais cedo
e. E aí entra esse papo também, de
você casar com um varão que vai te fornecer tudo, vai te
entendeu. E você precisa só ser em casa,
uma dona de casa bonita incrívele cuidar dos seus filhos. 60
filhos, é isso? É.
Eu acho que você. Está mais ligado para um
fenômeno cultural que é mais localizado, por exemplo, das

(44:54):
tradwives, né? Sim, eu achei interessante que
eu vi esse comentário. Era um comentário também.
Não era uma análise muito profunda, mas era um comentário
de uma pesquisadora falando, Ah,eu, eu não consegui.
Gostar de a nora é porque eu acho que eu tô num vácuo
geracional, eu já sou muito maisvelha.
Eu tô num outro ponto que tem uma outra relação com o
casamento, né? A fantasia de casar e ter um

(45:17):
provedor nunca falou muita coisa.
As mulheres da minha geração foiuma mulher de mais ou menos uns
45 anos que eu vi você comentando, ela disse, isso
nunca foi um desejo, né? Isso nunca falou muito para as
mulheres escolarizadas da minha geração, né, para as mulheres de
classe média. Onde eu me encaixo?
Mas eu percebo, conversando com alunas, que são uma fantasia
recorrente das meninas mais jovens.

(45:37):
E assim, tenho alunas bem jovenstambém.
Eu fiquei pensando, nossa, será preciso conversar com é?
Mas eu achei interessante assim.Então talvez é o filme.
Fale de uma fantasia. Compartilhada.
E aí esse esse sofrimento, né? Da da protagonista ressoe de uma

(45:58):
forma diferente desse público feminino também.
OK, fiquei pensando pensamentos agora.
Encerrar mais uma vez colocando a frase de Vini no último
podcast, que é a nora melhora. Ou para mim é, não.
Para mim é, não. Beijo para o.
Vini, eu acho que a gente já perdeu muito tempo falando mal
de um filme que a gente não gosta.

(46:21):
E também teve outros filmes que eu gostaria muito de comentar.
É como, por exemplo, o melhor documentário, né?
Que levou o quem levou o prêmio foi o filme sem chão, que veio
com essa atração aqui no Brasil,mas lá fora é o no hooderland,
né? Que fala muito sobre uma
situação que acontece que pioroumuito também, né?
Obviamente com essa questão Israel e Palestina, e foi o

(46:42):
grande vencedor. E eu acho que assim foi o único
documentário que eu assisti, infelizmente.
Mas eu vou falar aqui, eu tive sorte de ter visto O Vencedor,
que para mim foi uma porrada. Não e sorte desse documentário
existir, na verdade. Não, não totalmente, né?
Tipo, a chance é ele. É todo um milagre.
Na verdade, assim, sim. Não sei se você pode escrever

(47:04):
milagre como um sentido religioso, mas assim ele.
Mas é um milagre real. Saca a chance dessas pessoas.
Envolvidas nesse filme estarem vivas, sabe?
É inacreditável. É tudo inacreditável.
Ele é muito. Primeiro que eu acho que ele é
muito, muito corajoso, né? As cenas que ele traz de
enfrentamento de pessoas comuns enfrentando o exército
israelense, assim elas são. É angustiante de assistir, né?

(47:27):
Porque a coragem daquele povo é uma coisa que não dá para ser
explicada. Eu achei muito interessante o
fato de e muito como a Júlia falou, milagre, né?
Muito incrível. O fato de que ele seja uma
colaboração entre Israel e Palestina.
Né? Os os diretores, 11 jornalista
palestino e um jornalista israelense, que juntos, né?

(47:49):
Documentaram é o processo de expulsão da população de uma
aldeia, né? De um conjunto de aldeias, na
verdade, na Cisjordânia, por parte do exército israelense.
E é uma coisa assim, do dos soldados entrarem lá e.
Darem, darem um tempo ínfimo para as pessoas tirarem as
coisas de casa e demolir a casa das pessoas na frente das
pessoas, assim é uma coisa absolutamente aterrorizante

(48:13):
assim de assistir. E o fato de ter um jornalista
israelense lá é muito forte nesse documentário.
Porque agora, né? Com a com o conflito, com a
guerra, que teve a gente chamar de guerra até uma gentileza, né?
Com o massacre no sítio do povo palestino que a gente tem
assistido nos últimos anos. É ter um repórter israelense pra

(48:37):
rebater. E ele faz isso no filme, né?
Pra rebater os argumentos de queAh, mas então você está sendo
anti Israel, você está sendo antissemita, né?
De de estar aqui apoiando. E tem uma.
Ele inclusive fala no filme claramente, eu me importo,
porque isso aqui está sendo feito em meu nome.
Ela, pois é, eu. Não concordo com isso aqui.
Não quero que isso aqui seja feito em meu nome.
Então, é um filme politicamente muito forte.

(48:57):
Eu reassisti o discurso que elesfizeram quando eles ganharam
porrada. O.
Oscar, que porrada é que, pô, e eles terminam um discurso
falando, e o país de vocês é conivente com isso, né?
Eu adorei, velho, eu e cara. Você consegue ver quando eles
ganharam ou anunciaram que eles têm que descer o corredor, né?
Geralmente a galera de documentário fica lá pro fundo e
aí você consegue ver quem está batendo Palma, quem não está

(49:19):
batendo, quem está de cara feia,quem está puto, quem não está.
Na câmera, só deles descendo assim.
É muito cara e é um negócio odioso, odioso.
Depois que você vê o documentário e aí você vê essas
reações, você fica, cara, não é possível que não tem um pingo de
humanidade aí dentro que você acha tudo isso normal, que você
acha que tá certo, é, é é revoltante.

(49:40):
E assim, a continuação não do obviamente, o documentário acaba
e você continua indignado. E eu vou falar que é um
pensamento, é. Recorrente em relação a todos os
documentários indicados, tá, eu vou te dizer que esse ano foi
muito pesado, vocês vê os outros, tá?
Foi extremamente pesado. Um dos melhores, por sinal,
também é um que chama trilha sonora para um golpe, e ela fala

(50:03):
sobre como os Estados Unidos sempre eles, como é a
preparação, mas na verdade, né, como que são os bastidores?
O que que eles fazem é exatamente para preparar golpes.
Então assim, e essa uma trilha sonora maravilhosa, como o nome
mesmo já diz, mas assim também, porrada, sugar Kane, que está Na
Na Disney, também é porrada, fala sobre como a igreja

(50:24):
católica e é e sempre ela, né? É como eles, na verdade, como
eles esconderam corpos de indígenas durante anos e anos e
anos e anos e abusos. E cara, é muito dá um ódio
tremendo assim, outro documentário que dá um ódio
tremendo. Então, assim, não foi um ano
fácil pros documentos, geralmente nunca é, mas assim é,

(50:47):
é 1 ano bem, foi um ano bem difícil e eu acho que que
também, de certa forma, foi corajoso escolher esse
documentário da Palestina, sabe?Especialmente no momento que a
gente tem uma indústria que estáHollywood é assim, sacou?
Eles estão impulsionando muitas narrativas pró Israel e nem
estou falando pró pró judeus, tá?
Não é isso não é antissemitismo,mas assim, pró acionista mesmo.

(51:10):
Então é é 11 coisa muito complexa e eu acho que foi bem
corajoso as pessoas votarem nesse filme.
Eu achei, porque assim, né? Rapidamente eu morei 6 meses na
Alemanha, né? A Alemanha é um país onde se
manifestar a favor da Palestina é muito mal visto.
Se você é Imigrante, é virtualmente proibido, é.

(51:31):
Eu tava conversando com um conhecido que mora na Alemanha
hoje e ele comentou que as pessoas estão perdendo, elas
perdem o visto, né? Por exemplo, um estudante.
Estrangeiro que esteja numa universidade alemã que se
envolva em um protesto pró Palestina, ele corre o risco de
perder o risco. Caraca, na Europa estando lá,
né? O período que eu estive lá,
conversando com as pessoas, eu eu percebi que é um tabu muito

(51:53):
grande, gente. A naturalização da desumanização
dos palestinos é uma coisa assimabsolutamente assustadora.
É um tipo de genocídio que ele érelativizado, não que eu eu não
consigo imaginar outra situação.A crise humanitária semelhante
que sofra o grau de relativização que hoje nascido e
palestino sofre. E você vendo o documentário é
tão óbvio que aquilo é um absurdo, né?

(52:15):
Não tem como, tá tudo ali, tá tudo ali, tá filmado.
E a gente sabe que não é bem visto falar disso, né?
Aqui no Brasil é difícil ter umadimensão de como é lá fora.
Quando você está lá fora, você vê o quanto que esse assunto é
tabu. Não deveria, é ridículo que
seja, mas é tabu. É um assunto que as pessoas
evitam falar, as pessoas evitam se manifestar em relação a isso

(52:37):
para não serem prejudicadas no trabalho ou na vida acadêmica.
Pelo menos no circo. Teve, teve ator e atriz que
perdeu, foi dispensado pelo pelaprópria agência, sacou?
Então assim porque falou, porquecompartilhou link?
Porque falou. E assim era link humanitário,
tá? Então, assim, é um negócio, é
completamente maluco, absurdo, tem AI é um é 111 coisa assim

(53:03):
que você se você vê a reação dessas pessoas falando como se
fosse, como se palestino não fosse nada dessa coisa, Ah, não,
eles estão lá ocupando um lugar que não é deles, pode matar,
pode mandar embora, manda pra outro lugar, AI não importa o
que que vai acontecer com essas pessoas.
E é uma coisa. É inacreditável de assistir EEA,
normalização disso, né? É então assim, não é pouca

(53:25):
coisa, né? Esse documentário ganhar e eles
subirem no palco e meterem aquele discurso no fim e ainda
meter um dedinho do tipo Ah, quebom que vocês estão dando essa
atenção pra gente, mas o país devocês está facilitando o que tá
acontecendo, tá? Então, enfim, seria de bom tom
também. Vocês se mexerem.
Eu, eu achei incrível. É não sei até que ponto isso

(53:46):
reflete uma mudança assim de de Hollywood.
Está mais aberta a esses temas, mas achei muito, muito positivo
que esse documentário tenha ganhado, principalmente no
contexto em que ele ganhou agora.
Eu acho que facilita de documentário e filme
Internacional, né? Serem categorias que não são
assistidas pela maioria dos votantes, entendeu?

(54:07):
Eu acho que tanto que teve na última semana para o Oscar, já
tinha rolado a votação. Tinha gente que tava achando que
por porcelan War, que era o filme sobre AA guerra na
Ucrânia, ganharia. E aí, já estão falando?
Ih, não, já não estão falando mais.
O now underland não tem distribuição nos Estados Unidos,
está todo mundo achando, sabe que não estão falando do filme.
Teve um Painel, por sinal, que foi organizado pelo the rap, que

(54:29):
que também teve coisas da academia envolvida e tal, mas
fizeram um Painel que tinha todo, tinham todos os indicados,
menos no walderland. Então assim, eu recebi o convite
disso. Eu falei, cara, eu não vou
participar disso, quero online, né?
Falei, cara, eu não vou participar disso.
Como que vocês chamaram todos osindicados e não chamaram o
favorito? Meu Deus, gente, então.
Eu falei, eu não vou participar dessa palhaçada.
Vamos ver, né? Se ganharam o Oscar se qual que

(54:50):
é o efeito, né? Disso não sei.
A gente fica com uma certa Esperança ainda aí no poder
transformador da arte. Mas a gente sabe que a situação
lá é é muito complexa, muito terrível e que a gente tem
realmente é assustador Oo grau de desumanização.
E de normalização, né? Que essa situação enfrenta em
Hollywood. E isso que a Júlia falou, cara,

(55:13):
as pessoas perderam emprego, né?Artistas sendo demitidos,
dispensados de papéis, é um baita tabu falar disso, então
fiquei feliz que ganhou embora. Esse é um documentário que a
gente assiste, assistimos ele ontem, eu e o Rodrigo, e você
ficar, você fica com aquilo assim, ele é um documentário que
fica contigo. Não, não passa, não tem nenhuma
Redenção depois que você terminade ver, né?

(55:35):
Acho que logo nos primeiros minutos você já tem uma situação
que você é como espectador. Você já sente raiva assim do que
tá acontecendo? Acho que assim, se você tem um
pouco de humanidade dentro de você, acho que você já tem raiva
pelo por tá vendo aquilo acontecer, né?
E acho que isso é uma coisa que é constante.

(55:56):
O filme todo é um documentário de mais ou menos 1 hora e meia,
né? Mas você fica o tempo todo com
muita angústia, com com muita raiva assim do de ver aquele
tipo de coisa acontecendo, sabe?É, é, é surreal assim.
Eu saí assim. Pra mim foi devastador assistir
esse documentário, fazer a tempoquando assisti alguma mídia

(56:18):
assim, principalmente um documentário que me deixasse
assim tão mal sabe? De de tensão assim.
Você fica tenso o tempo todo. E tem muita gente que normaliza
isso. Ou pior, não se importa, né?
A fala abertamente isso, né? Que não se importa com esse tipo
de coisa, né? E?
Enfim, a gente. Tá vendo, né?

(56:38):
Ano passado a gente teve um filme da um filme é ucraniano,
vencendo o melhor documentário que na verdade ele não chega
perto de tudo que você vê no wonderland, sacou?
Assim é, é um documentário tensotambém, mas não era o melhor do
ano. Na verdade, escolheram porque
era para Ucrânia mesmo e era o movimento que estava na época.

(57:01):
Hoje já não está mais tão para Ucrânia assim, né?
Como a gente viu, a gente tem literal.
A gente teve literalmente um ator russo que faz filmes
russos, que é de 100% pró governo russo e pró exército
russo, que foi indicado esse ano.
Então assim, né? A gente não sabe exatamente qual
vai ser o pensamento da academiaano que vem, por exemplo, sabe?

(57:22):
Mas, enfim. É assim, mudando agora
completamente, né? Da do vinho pra água, né?
Eu teve uma coisa que me surpreendeu muito nesse Oscar e
eu particularmente, eu fico muito feliz de ver esse prêmio,
né, que é o prêmio de melhor animação, né?
Indo pra flow, né, que também foi o primeiro Oscar da da
Letônia e pra mim, né, ele é eleacaba se tornando muito

(57:46):
especial. Porque foi uma animação feita
totalmente num software livre, né?
Renderizado assim num num computador que qualquer um
poderia usar, né? E assim, chupa Disney, né?
Em primeiro lugar, porque né, fica requentando.
Seguido aê, né? Terceiro.
Ano seguido. Exato, que coisa linda.

(58:07):
Ali, né, gente? Vocês lembram quando a Pixel
fazia filme faz tempo, né? Coisa faz tempo.
Você lembra quando a diretoria você lembra quando a Disney não
se envolvia tanto no que a PixelIA fazer bons tempos?
Poxa, né? Saudades, por onde anda?
Onde anda exatamente? Mas eu adorei.
E assim, flow é uma animação. Fantástica, simplesmente
fantástica. Porque eu confesso que eu tava

(58:28):
esperando assim ver uma animaçãode gatinho, né?
E no final, era uma viagem espiritual sobre a vida, sobre
amizade, sobre as jornadas que agente tem, né?
E é tudo muito lindo, maravilhoso, na minha opinião.
E eu fiquei muito feliz de assistir esse filme.

(58:50):
E assim, se você está ouvindo esse podcast, você ainda não
assistiu? Vá no cinema assistir, porque é
muito legal ver todas aquelas coisas na tela, né, com alta
qualidade. Eu sou chato pra caralho, pra
essas coisas. EE gente assim é o blender,
sabe? É um é um programa que é
gratuito, você pode baixar e começar a aprender a mexer em 3D

(59:12):
nele. EE novamente assim, chupa Disney
e chupa Adobe, sabe? Não é esses programas e super
espetaculares que a galera tá usando no mercado, não software
livre. E pra mim, assim, é um é um tapa
na cara de muita gente ali, sabe?
Eu achei fantástico ver essa animação ganhando.
Vocês assistiram flow todos aquipresentes.

(59:35):
Sim, é muito bom. Flow, eu, eu, eu fiquei muito
tensa pelo gato, pela pobre e dacapivara.
Eu fiquei muito, eu fiquei com raiva do macaco em alguns
momentos eu fiquei com raiva daqueles 3 cachorros.
Sim, sem noção. Eu fiquei, pô, gente, eu vou lá,
senso de comunidade, sabe? Vamos lá, eu.
Pedindo pros animais, né? Na animação, vamos lá, gente,

(59:56):
ciências de comunidade, todo mundo junto nesse barquinho,
vamos lá que a gente consegue. Eu estava assim o filme inteiro.
É um filme muito, muito bonito, mesmo assim.
EE, eu acho que ele é muito sensível e ele ainda, e é
curioso, né, porque a gente entende sensibilidade é com
palavras, né? Na verdade, a gente sente as
coisas quando a gente assiste, mas a gente está acostumado a.

(01:00:19):
Que tenha palavras, que tem uma conversa, que tem um diálogo,
que tem alguma coisa é que nos traga alguma memória, alguma
coisa do tipo. Mas na verdade o filme inteiro
não tem uma palavra, são só os animais.
Ele é extremamente sensível e extremamente tenso.
Eu fiquei extremamente tenso poresse gato.
Eu amei todos os memes que fizeram depois que são é donos

(01:00:41):
de gatinhos pretos dando presentes para o gato porque ele
ganhou o Oscar. Parabéns, você ganhou o Oscar,
é, eu achei maravilhoso. Porque tem uma entrevista muito
boa dele falando do diretor, falando sobre o filme, né?
É que saiu no New York Times, mas eu achei muito bom que
filmaram a Vitória, né? Assistindo a Vitória pelo
computador e o gato reagindo, tipo o som que a pessoa faz na

(01:01:04):
hora é, cara, você olha para aquele gato e você fala, cara, é
o gato do filme, é o flow. Ali.
Porque ele arregala o olho de umjeito de curiosidade igualzinho
o filme, então, assim, ele conseguiu refletir perfeitamente
o próprio gato em tela. Isso não é isso não é
maravilhoso, não é mágico, AI o cinema, cinema é mágico, mas
enfim, é um filme muito bonito. Sobre a Disney, tenho a dizer
apenas uma coisa, a Disney tá passando desde que o Bob hager

(01:01:28):
saiu pela primeira vez que ele anunciou a aposentadoria.
Entrou o Bob 2, como a gente chama, né, que é o Bob chapper,
é a Disney mudou muito com o tempo, é esse processo de de
quem vai decidir como os sumis são feitos.
É o que eles não querem ser conhecidos como uma empresa wok.
Odeio essa porra desta palavra, odeio do fundo da minha alma.

(01:01:51):
Ela é estúpida, extremamente estúpida.
A definição dela é estúpida, masenfim, e a Disney não quer ser
conhecida como uma empresa que, na verdade, o que a gente está
fazendo nesse momento, na verdade é ser conhecida como uma
empresa que faz filmes para todos.
O problema é que ela não está ouvindo todos, ela está ouvindo
um pequeno grupo de gente chorona.

(01:02:12):
E assim, né, Júlia? Quem faz filme para todos não
faz filme para ninguém. Para ninguém saco, é
Divertida-mente 2 foi o último, a última animação que eu
assisti, porque eu sabia que eu teria problemas com esse filme,
porque na verdade eles dizem estar repetindo como eles já não
tem mais o que fazer, porque eles não tem mais que comunidade
de virar. E eles querem essa ideia de que
todos os filmes a gente quer quetodo mundo se sinta bem

(01:02:34):
assistindo nossos filmes. Não queremos divisões, né?
Como se o mundo não tivesse divisões na vida real, mas
enfim. É, e aí eles têm essa ideia.
E aí eles estão repetindo filmese narrativas e expressões e
coisas que a gente já sentiu. E como o caso de Moana, como o
caso de Divertida-mente 2, né? E como o caso de de
Divertida-mente 2 também. São 2 filmes que eles repetem.

(01:02:57):
Eles tentam te dar a mesma emoção, só que você tá
requentando essa emoção. Você não está me entregando nada
novo? Eu adorei a comparação que
fizeram de Divertida-mente 2, que me falaram que ele é ele é
igual ao super Street Fighter 2 turbo é a mesma coisa com novos
personagens. Exatamente.
Eu achei fantástico isso. Literalmente.

(01:03:17):
Exatamente, eu nem assisti tal Divertida-mente 2, mas eu acho
maravilhoso essa comparação. É isso.
É muito triste, na verdade, porque realmente foi AA animação
mais fraca do ano para mim. Você tem memorium Caracol, que é
uma história. É sobre inclusão, na verdade, é
busca por inclusão, a busca sobre família, também sobre
rejeição, sobre como as pessoas e também sobre intolerância

(01:03:40):
religiosa. É uma animação nossa, difícil de
assistir porque acontece muita coisa triste.
É uma pessoa que tá que Ela Foi sendo afogada pela tristeza,
sabe? Pelas coisas que vão acontecendo
na vida dela. É também merecia também o stop
motion. Então assim tem todos os outros
filmes. São melhores do que, cara, um

(01:04:01):
pinguim que quer ser um galo, que quer ser uma galinha, porra.
Isso é muito melhor do que a gente tá fazendo, sacou?
É muito triste isso. Como que pode você sair de uma
referência visual, técnica e narrativa para.
Isso eu tenho um amigo que ele falou uma coisa muito boa sobre
esse momento da pixer. Ele fala assim que antes da
pixer pegava um conceito interessante e fazia um filme

(01:04:23):
incrível, e agora a pixer pega um conceito interessante e faz
um filme da pixer. Que é isso, né?
Foi pra uma coisa completamente formulaica.
É sem alma, né, gente? 11 pinguim, que tá tentando ser
galinha, tem uma alma ali, tem humor, tem uma coisa que ser
comunicada agora, filme escrito por executivo, não, não tem
alma, vai ser fórmula. Nada.

(01:04:46):
Você chega lá e fala assim, olha, não vamos colocar o
personagem LGBTQIA+, porque senão a gente o nosso filme não
vai poder chegar em todos os mercados possíveis.
Não vamos fazer piadas com sei lá isso porque alguém vai se
ofender e não é uma piada para ser ofensiva, tá?
Uhum é só porque, sei lá, alguémvai falar, é tipo aquela na
época que teve Avengers, saiu primeiro, sim, sim, que tem

(01:05:07):
aquela piada do do Thor com o look que ele fala assim, nossa,
esse seu irmão e ele faz uma piada falando olha que eu sou
adotar e que ele é adotado aham não tem essa piada, sim.
A associação de adoção dos Estados Unidos fez um abaixo
assinado contra o filme. Caramba.
Né? Tipo assim, você entende?
Entende que eu quero dizer, o negócio vai criando e a Disney
vai se se apegando a essas coisas e vai se incomodando e

(01:05:30):
vai se incomodando que aí eles não conseguem mais escrever uma
coisa criativa porque eles não têm mais para onde ir, porque
eles não têm mais referência para nada, é.
Você tira é triste, é bem triste.
E as melhores coisas, né? São foram justamente as coisas
que você via, que tinha uma autoria ali, sei lá, o último
filme da Pixel que eu amei foi solto.
Ah, sim, exato. Né?
E hoje ele não seria feito, né? Então, realmente triste, mas eu

(01:05:55):
acho bom tomar umas pedrada EE perder, porque é isso.
Flow é um filme que eu acho que ele tem muita alma ali, né?
Ele ter parte, ele é um filme feito com poucos recursos, com
uma ideia simples, né, vamos assim dizer.
Mas que comunica muito. Assim dá.
Dá pra você fazer várias leituras ali.
Você pode falar sobre mudanças climáticas, você pode falar

(01:06:15):
sobre a necessidade de comunidade, sobre os amigos que
você faz na diversidade e sobre.E a piada entrou no bar, um
gatinho, uma capivara e um macaco.
E sobre? Gatinhos e um cardeal.
E um cardeal. E um cardeal.
Gatinhos correndo atrás do reflexo do espelho.

(01:06:37):
Não. É fantástico.
Maravilhoso. Eu IA comentar que eu tenho um
carinho pela Letônia, porque eu cresci numa cidade com uma
colônia, é muito ativa, alerta. Eu estudei violino numa igreja
da colônia EE, eu tenho, tinha muitos amigos ali, que eram ali
da comunidade tal. IA nas festas, comia comida
típica. Então, enfim, eu nunca visitei a
Letônia, visitei só a história aqui do lado.

(01:06:58):
Mas eu eu tenho um carinho pelo país assim, pela cultura da
aleatória, porque é uma coisa que me remete à infância.
Então eu fiquei bem feliz de verum filme da aleatória, a
primeira. Indicação do país também.
Foi, né, a. Primeira indicação da história.
Do país primeiro prêmio, né? Deve muito.
Preciso até conversar com os meus filmes, mas com certeza
rolou uma festa assim na minha cidade Natal.
Porque, tipo, na minha cidade eutinha comemoração da
Independência da Letônia, gente.Então eu imagino.

(01:07:19):
Nossa, olha, maravilhoso é? Eu acho justo.
Então então quer dizer que pra você, Beatriz, é o Oscar para
Letônia, é o Oscar para o Brasil.
É o Oscar para. É um Oscar pra nova dessa minha
cidade Natal, que é uma das maiores, dizendo que é uma das
maiores colônias da Letônia, né?Fora da Letônia.
E enfim, por conta disso, eu seique eu faço aniversário no Dia
da Independência da Letônia, porque às vezes eu IA.

(01:07:41):
Na comemoração, a minha mãe era secretária de cultura da cidade.
Eu IA na comemoração do maravilhoso da Independência da
Letônia e depois eu IA para o meu colete, aniversário.
Então tenho um carinho pela Letônia, gente, é isso.
Fiquei feliz. Fiquei realmente feliz por ter
ganhado. Eu achei muito fofo porque
primeiro porque no Oscar mesmo tem saiu uma foto, né?
Do do diretor, né? Do de flow junto com o Walter

(01:08:05):
Salles, né? Então, tipo.
Estava aquela aquele clima de comemoração, tipo, e aí nós
estamos nos nossos primeiros oscars, né?
E eu acho isso muito legal, e acho que eu vi uma foto no acho
que foi no blues Sky, se eu não me engano, que assim o país
estava em festa, né? Lógico, ganharam o Oscar, o
primeiro Oscar do país, e aí temum jornal, tipo o Jornal
Nacional, né? Deles e os âncoras estavam com

(01:08:27):
camisetas, né, com gatinho. Eu acho isso fantástico, é tipo,
é, é muito legal você. Fazer.
Eles estão fazendo uma exposiçãodo Globo de ouro, né?
Que ganham de uma data legal. E aí as pessoas estão é, estava.
Eles estão estão falando que é asemana de flow, né?
Que eles estão funcionando. E aí eles estão.

(01:08:47):
Parte desse desse evento, né? Que eles estão desses eventos
que eles estão fazendo é também visitar, né?
No museu da Letônia. Uma é que foi parar no museu,
né? AA estatueta do Globo de ouro.
E aí eles estão está rolando exposições dessa estatueta e a
galera tá indo visitar e tá fazendo tipo filas assim.
Quilométricas para a galera ir. Visitar, que massa acho isso?

(01:09:10):
Fantástico, eles estão. Eles estão tão emocionados
quanto a gente. A verdade é essa e eles merecem.
Isso que eu IA falar. Eu achei meio BR, like assim,
sabe a gente saindo de isso entre Tapas e Beijos do
Carnaval, aí eles botando a camiseta do gato assim, então
achei foda. Gostei muito.
Beijo para Letônia. Um beijo para Letônia, que é o
Brasil Na Na Europa, que. Eles, Brasil.

(01:09:32):
Eu queria retomar um pouco da pauta.
Anterior, né? E voltar no que a gente falou no
episódio passado sobre essa questão, né?
Do do Oscar ser das mulheres, né?
De ter tantas representações femininas, principalmente nos
nos principais, né? No caso, os filmes indicados AA
melhor filme. Eu, a gente acabou não

(01:09:54):
comentando de mais filmes na outra edição, até porque a gente
não tinha assistido todos, né? Mas além, né, da categoria de
melhor filme, acho que também teve outros filmes em outras
categorias. Que também trataram um pouco
isso, né, no tanto, né, filme Internacional, curta,
documentários, né? Então também teve isso e eu
queria retomar um pouco com vocês, meninas, né?

(01:10:16):
A respeito, é dessa coisa, da darepresentação.
Dá para a gente cravar alguma coisa com esse Oscar, né?
Tudo bem que a nora levou, né? Tipo, grande parte do dos
prêmios que estavam indicados, né?
É, eu precisava falar também um negócio que eu queria esquecer
que é tipo. Emília Perez levou 2 dos 13, né?

(01:10:36):
Que foi indicados e por mim não deveria ter nem ter levado os
outros, porque ele levou, mas enfim.
Ele entrou. Emília Perez entrou num recorde
de um dos piores históricos da história do Oscar de ter perdido
3 indicações, né? Mas eles perderam 11, então eles
empataram com outros 2. Filmes, 200 e. 50.
Se eu não me engano. É e a cor púrpura aqui não

(01:10:57):
merecia, mas também tá nesse recorde.
Pois é, né? Esses são um filme bom, né?
Esse é um filme, né? Excelente.
Porra, fantástico esse filme. Mas enfim, é, eu queria
novamente perguntar a vocês, é, você acha que esse Oscar ele
trouxe uma resposta ou trouxe umcaminho sobre essa questão da
representação, né, a as campanhas, até para as para as

(01:11:20):
polêmicas que a gente falou. Você acha que esse Oscar lhe deu
uma resposta a respeito de tudo isso?
Não, não acho que deu uma resposta em relação a isso, não.
Eu acho que deu mais dados. A gente teve uma vencedora em
produção, né? Que é a produtora do filme, do
de a nora que ela ganhou o Oscar.
Então tivemos uma Vitória feminina, vamos dizer assim, é
11 produtora levando. É muito complexo assim, porque a

(01:11:43):
gente estava achando que, na verdade, e todos os Insiders
estavam achando toda galera que estava acompanhando, conversando
com votante. Eu estava acreditando muito que
seria um Oscar, que seria mais democrático, então teria pelo
menos 22 vitórias para cada lado.
E, no fim, a nora acabou encantando muita gente, levando

(01:12:03):
mais do que a gente estava esperando.
Eu acho, na verdade, que assim agente é.
Vai acabar tendo um impulso em relação a determinadas áreas,
entende o que eu quero dizer? Então, por exemplo, a gente vai
ter talvez mais produtoras. A gente definitivamente precisa

(01:12:25):
de mais diretoras. A gente tem muitas diretoras
fazendo um filme, mas a academianão necessariamente presta
atenção no que está fora do escopo das campanhas.
É, mas eu acho que, na verdade, o que o que acabou sendo mais
afetado em relação ao Oscar esseano foram o que foram os totens,
né? Que a gente chama, que são as

(01:12:47):
aquela, aquela figura. Que vira a representação de tudo
e de todos. Então, por exemplo, a gente teve
a própria Demi Moore, que na verdade ela passou a campanha
inteira dela. É, além de andar com o cachorro
dela por todos os lugares e todas as festas, ela também
teve. Ela também acabou virando a
representação de uma atriz mais velha.

(01:13:10):
Que estava sumida dos filmes mais relevantes, entre aspas
relevantes em relação AA circuito de arte, vamos dizer
assim, né? Circuito de premiação e tudo
mais em Hollywood. E aí essa pessoa ressurgiu com
um filme impactante, sendo uma atriz mais velha e falando sobre
uma temática que está dentro. Estava dentro desse contexto
mesmo, né? Que é AA mais velha sendo

(01:13:32):
substituída pela jovem. E ela acabou virando esse totem
mesmo porque a campanha fez issoPor Ela também.
A própria campanha dela era sobre isso.
Sobre essa garotinha que estava em busca de em busca de uma
carreira e alcançou em um período, e depois a indústria
acabou esquecendo ela durante umperíodo e ela voltou agora com
força, com uma com um filme importante e tal.

(01:13:54):
Então assim, no fim, ela acabou sendo a mais derrotada.
A gente estava falando da Fernanda Torres em relação AA
gente queria que a Fernanda Torres ganhasse, mas todo mundo
acreditava que a Demi muria ganhar.
Então é. Então eu acho que isso também
acabou passando a imagem de uma derrota para atrizes mais
velhas, sabe? Como?
Como se fosse uma substituição dessa, dessa troca entre as

(01:14:17):
atrizes, escolher uma, escolher uma novinha em vez de escolher
uma atriz mais velha. Eu não acho que é o pensamento
foi esse. Eu acho que a Vitória de da
Mickey Madison acabou sendo influenciada pela Vitória de
agora em outras categorias importantes.
Então foi meio que, Ah, putz, vou votar em agora em melhor
filme, pô, não vou deixar de voudeixar de votar em agora em

(01:14:37):
atriz, sendo que eu estou escolhendo como ator roteiro
como ator não, né? Como diretor, como roteiro, como
em todas as outras categorias, eu acho que uma coisa acabou
sendo puxada pela outra, mas no fim acabou sendo essa.
Acabou passando essa imagem de derrota para Demi Moore também.
E eu acho que também foi uma derrota das campanhas que tem
outro totem, que foi a Carla Sofia gascon, que Ela Foi usada

(01:15:01):
como Bandeira e no fim essa Bandeira.
Eles esqueceram de pesquisar o passado dessa Bandeira, usaram
ela só como uma Bandeira. É de um projeto de campanha,
como uma atriz trans. E aí nesse período tudo se
perdeu, sabe? É por conta dela mesma, né?
Bom, também deixar claro. Que foram ações dela que levaram

(01:15:22):
ela pra essa, pra essa derrocadae a campanha pra essa derrocada.
Então eu acho que a gente só adicionou mais dados pra o que
está por vir. O que eu acho que é mais
importante é aqui. A gente teve filmes
independentes ganhando como o caso de a nora e como o caso de
ainda estou aqui, então isso acabou.
Isso pode acabar influenciando com que pessoas entendam que,

(01:15:43):
sim, elas têm chance de trabalharem com cinema.
Sabe? É o você também tem uma mistura
do sonho americano, mas enfim, isso também acaba ajudando com
que as pessoas acreditem que, Ah, poxa, o cara tava até ontem
fazendo um filme de 1000000 de dólares.
Eu acho que eu também sou capaz disso.
Enfim, eu acho que essa é uma análise que eu posso fazer dias
depois do Oscar. Talvez daqui 6 meses a gente

(01:16:05):
conversa de novo e eu já faça outra análise.
Mas nos dias seguintes, eu acho que essa é uma análise mais
imediata que a gente pode fazer.É, eu sinto que as pessoas.
Começaram ali, no afã de tá, tava todo mundo ali na sob forte
emoção, já que a Fernanda Torresestava concorrendo.
Elas começaram a generalizar as críticas e tentar uma como se

(01:16:28):
uma sobrepusesse a outra, como se elas não fossem coisas que
interagem, né? Eu concordo que eu não acho que
a escolha foi no sentido de vamos privilegiar a novinha e
jogar as atrizes mais velhas para lá, né?
Eu acho que foi isso. Mas a gente sabe que existe uma
questão sistêmica em Hollywood em relação à idade.

(01:16:50):
E é o tipo de papel que as mulheres estão habilitadas pra
fazer em determinadas idades, né?
E a gente sabe o quanto que também o filme a nora se apoia.
A gente tava todo a meio. Discutimos aqui longamente a
representação das trabalhadoras sexuais no filme, né?
É inegável que esse filme se apoia muito na imagem da Mickey
Madison, né? Ah, claro, as tem câmeras ali

(01:17:11):
que você fala? Ok, né?
Teve essa mensagem? Exato.
Então assim, eu não acho despropositada como algumas
pessoas falaram, AI, que absurdo, vocês não entenderam o
filme, vocês estão fazendo uma crítica rasa.
Eu não acho despropositado que as pessoas chamem atenção para
isso do tipo olha, né, sem diminuir o talento dela.
É, houve aí a Vitória de um certo seriótipo assim, de certa

(01:17:32):
forma, né? Não que seja só isso.
Eu eu entendo que não é só isso.Mas a gente não pode negar que
há uma questão sim sistêmica da da relação entre imagem e como
essas atrizes são alçadas ao sucesso ou não na sua relação
com a imagem? É, eu concordo com a Júlia que

(01:17:53):
eu senti que esse óscar, ele tirando aí uns casos pontuais
que a gente pode falar. Por exemplo, o fato de a Emília
Perez ter ganhado muito pouco. De sem chão ter ganhado de
melhor documentário, né? Que foi uma Vitória importante
aí do ponto de vista político, ée o próprio fato de flow ter
ganhado. Eu não senti que esse Oscar foi

(01:18:14):
muito. Ele foi muito dentro dos clichês
assim, né? Ele foi muito conservador, por
assim dizer. Eu não senti que ele fez nada de
interessante em relação à representação.
Vou mostrar um avanço de Hollywood aí.
Pelo contrário. Inclusive, eu não sei se é
porque eu assisti isso com mais atenção.
Eu senti que eu fiquei mais constrangida com frequência
nesse do que em edições anteriores assim.

(01:18:36):
Aquela francesa cantando no palco, aquilo foi terrível, meu
Deus. Mas aquilo ali foi.
Eu IA dizer que, na verdade é a representação, além das pessoas
que cantam mal. É.
Nossa. Porque aquilo ali não é só canta
mal, nada contra, né? Inclusive sou uma excelente
cantora de chuveiro. Mas é.
Tu usou teu tempo de discurso para cantar uma música como

(01:18:59):
perdão da palavra bosta, sim, certo?
E tu não agradece AA. Se quer a comunidade transou,
AA, se não, não. Tem.
É exatamente isso. Exato.
Eu concordo com a Bandeira. Foi exatamente Ela Foi AA Sofia
gascon. Foi, né?

(01:19:20):
Usada como Bandeira, a acho que isso acabou impulsionando todas
essas indicações, né? Uhum e.
Né? Como quase como uma tragédia
grega, né? Ela atraiu para si toda a
atenção com base nos seus próprios erros, né?
Ela sofreu por isso e a campanhada Netflix e todo mundo, enfim,

(01:19:41):
em geral, largou de mão pela pessoa toda.
AAA, causa e representatividade se perdeu.
E num contexto em que, sei lá. Num contexto perigosíssimo aqui
nos Estados Unidos, exato assim,então.
As pessoas trans estão sofrendo táxis.
Sistêmicos de 1 anão que elas não tenham sofrido antes, mas

(01:20:02):
agora escalou para 1° assim que sempre.
É governamental, né? É, não.
EE assim, como que você não botaa porra de um PIN de bandeirinha
no terno, sabe assim? Só, só, só um PIN, só um PIN.
Sabe, não foi feito o mínimo? Puta que pariu.
Exato, exatamente. E tá certo a atriz.

(01:20:24):
Ela né? Comentou.
Cometeu. Diversas atrocidades.
Não vou nem defender AA Netflix nem nada assim não.
Mas é compreensível a rejeição afigura dela e é compreensível
que as pessoas não queiram se associar à imagem dela, porque

(01:20:44):
tá tudo muito recente. Agora, a Bandeira que tu puxou
lá atrás tu não fez nenhuma questão aqui de trazer.
Né? Nenhuma, nem nem de maneira numa
numa manifestação silenciosa poderia fulano, a lei tá com um
PIN do do, da Bandeira trans, né?
Fulano é uma pessoa legal, não, nem isso.
Nossa jeito não é terrível, é. Constrangedor.

(01:21:06):
Eu achei constrangedor. Assim.
Não que eles tenham alguma vergonha na cara, pelo jeito,
mas assim constrangedor. Não, europeu não tem vergonha na
cara, não. Eu estava esperando que pelo
menos existisse um último momento de campanha da Zoe
Saldanha, depois que você ganha e você faz aquele discurso
perfeito. Mas não foi isso, cara.
Foi. Foi realmente super focado em

(01:21:28):
ela lembrar que é de uma famíliade imigrantes ou ela voltar com
o sotaque normal dela, parar de falar com o sotaque como se ela
fosse. Como se ela falasse espanhol o
tempo inteiro e não como se ela tivesse 2 das maiores franquias
da história do cinema. Você falando inglês, sacou?
Então, assim, tudo é problemático.
Tudo, tudo, tudo é problemático.A resposta que ela deu para um
repórter é para um jornalista mexicano que estava na sala de

(01:21:51):
imprensa. Depois que a galera ganhou o
Oscar, eles vão para uma salinhade imprensa, né?
Responder perguntas. A resposta que ela deu foi
completamente tosca falando. O cara falou, pô, todos os os
mexicanos sentiram muita dor comesse filme, sabe?
E a resposta que ela deu foi, não, mas esse filme é sobre
amizade. O coração desse menino é o
México, cara, como que o coraçãodesse menino é o México?
Você está literalmente falando sobre uma ferida profunda no

(01:22:12):
México, então, assim como em queentende, tem umas coisas assim
que eu achei que pelo menos seria um último momento de sabe
de não, não tá bom, mas eu acho que ela ganhou e falou, foda se.
Foda se não me importo mais com o que eu falei durante a
campanha, o sobrinho, o trans que ela tava levando, ela já
não, já sumiu também, entendeu? Então assim, levando para as

(01:22:34):
para as festas e pros eventos, assim, então assim era tudo
campanha, não tinha nada de de humano ali, não tinha nada de
de, sabe? Eu só vou comentar uma coisa que
a Bia falou antes que eu me esqueça, porque pode ser que eu
me esqueça, a Bia tava falando sobre o lance de da.
Da Mickey, Messi sendo indicada também por ser nova também tem
isso de indústria. Eu acho que tem um ponto muito

(01:22:56):
importante da gente falar que é o fato da indústria mesmo, da de
de Hollywood, de como as diretoras, a medida em que elas
as as atrizes, né? A medida que elas vão ficando
mais velhas, elas começam a ir cada vez mais para o cinema
independente, ou para o cinema europeu, ou para o cinema
asiático, ou para o cinema Latino, porque elas começam a
perder papéis. Então, em quantos homens vão

(01:23:18):
envelhecendo e vão ganhando papéis em filmes, né?
Porque tem muitas histórias sobre homens mais velhos por aí,
como a gente sabe, né? Então assim, precisa muito dessa
representação do homem mais velho branco, né?
Tem pouco disso. Então tem muitos papéis pra essa
galera, é as atrizes mais velhas, elas vão perdendo
papéis, elas vão perdendo espaço, e aí eu acho importante

(01:23:39):
a gente falar também que é, elasvão fazendo outras coisas,
porque elas perdem esse espaço. Então vai mandando espaço para
atrizes mais novas e aí fica esse ciclo vicioso horroroso de
a pessoa envelhece, perde o papel, vai fazer coisas em
outros territórios, em outros, né, para outras áreas.
E aí acontece muito dessas atrizes também se prepararem

(01:24:00):
muito cedo para criar as próprias produtoras, porque com
as próprias produtoras elas podem é vender os próprios
filmes. Por exemplo, é a Marvel.
Robb fez isso super jovem, ela abriu a própria produtora porque
sabia que IA ter um momento. Que iam chegar papéis Pra Ela
que ela não estava interessada também.
Porra CCC aparece pro mundo fazendo um filme de Scorsese

(01:24:23):
dali é só pra baixo. A verdade é esa.
Então assim é, eles começam a fazer, elas começam a fazer
isso, criar as próprias produtoras para ter os próprios
roteiros e ter as próprias produções.
Então assim elas acabam acumulando esse papel.
Porque aí, como o produtor, ela pode tomar as próprias decisões
sobre os seus filmes. Elas podem comprar os próprios

(01:24:44):
roteiros e ir atrás das própriasproduções, pra que não dependa
tanto de Hollywood, pra que não dependa tanto de um executivo.
Fala Pra Ela assim não, você tá velha demais com esse papel, ou
esse papel aqui não é bom pra você, ou então vamos dar esse
papel aqui pra essa pessoa que ela é.
Tá começando a é mais 9 e tá começando a aparecer mais.
Então assim, é uma coisa sistemática de indústria que

(01:25:04):
acaba refletindo no Oscar. Exatamente, Júlia, deixei
anotado que eu eu estava com isso para falar assim que você
terminava a sua fala sistematicamente.
A indústria é tão complicada para as mulheres conforme elas
vão envelhecendo, justamente poressa questão de papéis não
existem entre aspas, virtualmente, não existem papéis
para mulheres ali na faixa de depois dos 35 por aí, que é

(01:25:28):
quando você começa aparentar a idade que tem até ali, os 60,
que é quando você começa a fazera voz ou bruxas e tudo mais.
E para evitar cair no esquecimento, as atrizes cada
vez mais têm recorrido a fazer suas próprias produtoras, né?
Ou a atuar em outras esferas da da do audiovisual, como a Maggie

(01:25:50):
guillern hall, né? Que dirigiu a filha perdida.
Bem lembrado, né? Com e protagonizando, a Olívia
Colman, né? Que também é uma atriz de faixa
etária mais elevada. Uhum a cada vez mais a gente
está percebendo esses movimentospara que essas que essas atrizes
continuem relevantes, né? E justamente como a Júlia falou

(01:26:12):
muito bem no cinema independente, produzindo seus
próprios papéis. Né, para que elas não dependam
tanto dessa estrutura, então, invariavelmente a gente vai ter
é um desaparecimento entre aspas, né, de uma certa faixa
etária aí no Oscar, que inclusive, porque a gente não é
trabalha aqui com dados, aqui tem informação, né?

(01:26:35):
A gente fez 11 levantamento do da idade média de atrizes e a de
do dos óscares de melhor atriz emelhor ator, né?
Dos últimos 25 anos, na média, adiferença não.
Não parece tão grande porque a idade média de premiação ficou
em 40 para melhores atrizes e para melhor ator ficou em 47.

(01:26:57):
No entanto, como essa também é uma ótima maneira, né?
De você mentir com dados é você só fazer uma média.
Quando você analisa um pouco mais friamente, você vê que nos
últimos. 25 anos, 8 atrizes com 30 anos para baixo foram
premiadas com a melhor atriz no de melhor ator foi só o edan
broad, né? Por o pianista que foi aos 29

(01:27:19):
anos, que inclusive quebrou um recorde, né?
Então ele. Estava bem na berlinda, né?
O ator mais novo? Exato.
E ele estava ali Na Na berlinda.Quando você vai para a faixa
etária acima dos 4040 para cima,os prêmios de melhor ator são
quase todos. Quase todos nos últimos 25 anos,
certo? E para as mulheres, começa a ter

(01:27:41):
justamente quando elas estão mais perto dos 50 ou já estão
nos 60, né? Nos últimos 10 anos, no entanto,
a gente teve aí uma mudança um pouco desse quadro, né?
Há várias atrizes no caso aqui, né?
A própria Olívia Colman com the favorita, a Francis mcdorman,

(01:28:02):
levou 21 em 2018 e um em 2021. E é bom dizer que a Francis
mcdormand dela foi produtora de nomadeland, então ela.
Então ela produziu o filme que deu o último, o último prêmio,
né? A ela bem lembrado e a Michele
ou ela ganhou com tudo em todo lugar ao mesmo tempo com um
desses filmes que não consegue ser ignorado, né?
Porque é, não tinha como não esse filme não ter sido

(01:28:24):
percebido pela academia, enfim, é o meu medo aí é, realmente é
um receio, eu não, não vou fazerespeculação.
É que a premiação da Mickey Madison.
Como a Bia falou, como a gente já falou, que várias vezes, não
é diminuindo o talento dela, masé que essa premiação siga uma
outra tendência. Eu espero que não, né?

(01:28:47):
Eu espero que AA como a Júlia falou antes, que as portas que
foram abertas para esses tipos de narrativas diferentes, elas
continuem. Que a gente tenha mais cinema
independente aparecendo, é que agente tenha mais outras.
Né? Outras narrativas ganhando
destaque, aparecendo no Oscar e tudo mais.
Mas é que isso não não represente de novo esse retorno,

(01:29:12):
né? Que ou você só é premiada se
você passou do 60. E que se você ainda está na
indústria, você não tem como serignorada.
É ou até os 30 que depois disso você passou do seu a, do seu
Esplendor. Né que você já?
É se você fizer. Se a gente fizer um levantamento
de atrizes coadjuvantes, a gentevai ver que tem atrizes mais
velhas uhum. Então assim é, eu acho que o

(01:29:35):
melhor exemplo de alguém que. É também ganhou o Oscar jovem,
na verdade, EE percebeu que na verdade estava perdendo espaço e
que precisava de se renovar e ter.
E obviamente, depois de fazer sua própria produtora, foi a
Nicole Kidman, a Nicole Kidman, ela teve um divórcio horroroso
que botaram ela no limbo. Ela também teve, já não estavam

(01:29:58):
oferecendo mais papéis interessantes para ela e ela
simplesmente falou, cara, eu nãovou ficar aqui.
Vou para outros lugares, vou para o cinema independente, vou
fazer outras coisas, vou ter a própria produtora, porque ela
sabia que IA chegar um ponto em que as coisas não iam, não iam
acontecer, mas para ela, como estava acontecendo quando era
mais jovem, obviamente que tem aí OAO agravante do tom Cruz,

(01:30:19):
né? Mas além disso, também tem isso,
dessa, dessa, dessa maldição da faixa etária, né?
De que os papéis começam a assumir.
Eu acho. Só sobre a Mickey Madison, eu
acho que para ela não é tão positivo assim.
Ela ganha 11 Oscar tão jovem, porque ela já chegou no Office
da carreira com 25 anos. Então pode acontecer com ela o

(01:30:40):
que aconteceu com a Jennifer Lawrence, que praticamente não
fez nada muito relevante depois que ela ganhou um Oscar.
E ela ganhou um Oscar pra um filme que nem é tão bom assim
também é. Então assim, você percebe que
também a pessoa chega um ponto que ela já também ela já não tá
mais tão preocupada. Em chegar no ápice, você não vê.
Por exemplo, o Timothy é. Ele está enlouquecido para que

(01:31:03):
ele seja premiado, para que ele consiga papéis incríveis e tudo
mais. Também tem essa motivação de
alguém jovem, que quer chegar noápice da carreira.
E, como ele mesmo disse, ele quer ser um dos melhores, estar
entre os melhores da história. É uma ótima missão pra que é
jovem e vai seguir assim. Mas aí quando você ganhou o
Oscar muito jovem, você chega noápice da sua carreira muito

(01:31:23):
jovem. O que vem depois, que tipo de
papéis você vai pegar depois, quando você é jovem, que tipo de
papéis vão te oferecer, que tipode filmes você vai fazer?
Eu sempre brinco que tem 11 audição depois que a pessoa
ganha um Oscar, depois, que geralmente acontece muito com
homem, ele ganha um Oscar, e aí o próximo filme que sai dele
sempre é um lixo, o próximo filme que ele sempre faz depois.

(01:31:43):
Não é um filme muito legal, não,é um filme muito bom.
Sacou? Então assim, eu lembro do é no
caso do Gary holding que ele fezdepois um filme horrível depois
que ele ganhou o Oscar. O pobre do rock, pobre não, né?
Porque o cara não é pobre. Mas assim rock Fênix com Coringa
que fez Coringa torre, sim, horrível, entendeu?
Então a gente tem aí um histórico que não é assim,

(01:32:06):
pessoal, relaxa depois, sabe? É uma coisa que eu normal, eu
acho também. Não sei.
Ju aí você vai ter bem mais repertório para falar isso que
eu. Você não acha que o Oscar
também, às vezes acaba botando oator numa caixinha de personagem
que ele pode fazer? Ah, sim, certeza.
TIP casting, né? É, é.
Antigamente tinha mais isso também, sabe?
Antigamente tinha muito isso de você ver aquela pessoa repetindo

(01:32:29):
o tipo de papel que ela fazia até que ela ganhe o Oscar e a.
Aí depois esperam que ela continue fazendo o tipo de papel
que ela fazia. Os plantantes mais velhos
antigos do Oscar, antigos mesmo,anos 90 e tal, começo dos anos
2000, sempre tinham muito isso na cabeça, tanto que tinha o
papo de filme de Oscar. Esse filme aqui é filme de Oscar
ou essa trilha ser aqui é feita para Oscar?
É, eu brinco que é da Anne horren, por exemplo, tá?

(01:32:52):
16 anos fazendo mais que isso, na verdade, né?
Porque ela tá desde os anos, desde os anos 90 aí tentando
ganhar um Oscar dela de canção original.
Por sinal, só um comentário esses dias saiu a foto da sempre
sai todo ano a foto da academia,né?
Dos dos que eles chamam de graduados, quem foram os
indicados, e aí é sempre a foto que eles tiram, bonitona lá, e

(01:33:13):
aí a vuture fez 11 matéria que tinha um texto que tinha foto
dos últimos 30 anos. E é muito maluco que você
encontrar a Daniel AA daane rawen que ela parece um
fantasma, porque ela ela Ela Foiindicada 16 vezes e perdeu 16
vezes. Então você fica procurando assim

(01:33:34):
pra identificar as pessoas e a foto.
Como a foto é pequena e é de longe, você fica olhando assim,
parece a cabecinha dela e ela parece um fantasma, porque ela
não mudou muito em relação a hoje.
Cabelo é igual, o tipo de roupa que ela usa é igual.
Então, cara, sabe quando você assiste O Iluminado e vê o fim
do filme? É isso.
A sensação que você tem é essa. É muito estranho, mas enfim, só

(01:33:55):
uma curiosidade. Posso fazer uma?
Última agora você, a louca de palestra, uma última provocação,
assim, antes da gente terminar esse comentário sobre o os
vencedores e as tendências e tal.
Por favor, deve. Bora Ju.
É meio que uma pergunta, tá? Tá, é?
Você comentou muito o fato do Sean Baker ser um cineasta.
Né? Independente a se apresentar

(01:34:16):
como cineasta independente e a nora ser um filme independente,
ganhando o Oscar, eu tenho 11 crítica a isso, que é uma
crítica assim, centrada em gênero.
Eu recentemente li um livro que chama wewor feminist wons.
É um livro, eu não vou lembrar onome da autora agora, eu posso
até procurar aqui, mas ele é um livro sobre ela era editora da

(01:34:37):
bit Magazine, que é uma revista de crítica cultural com foco
feminista, né? Bem famosa lá nos Estados
Unidos. E em que ela fala sobre o
fenômeno do feminismo de mercado, né?
O tema do livro é esse e ela fala sobre como ela viu o
feminismo sair da coisa meio Riot girl, meio outsider dos
anos 90, ser comodificado ali pelas Spice Girls.

(01:34:59):
E virar uma conversa muito constante da mídia.
Mas um ponto de vista que ela considera um feminista muito
comercial. E ela vai fazer uma análise de
como isso se reflete em várias mídias?
Não. No capítulo que ela falou sobre
o cinema, ela fala que você ganhar um festival independente
e ela traz esses dados. Esses dados estão no livro.
Ela faz um comparativo entre diretores que ganham prêmios em
festivais independentes, diretores estreantes.

(01:35:22):
E. Como esses esses prêmios
impulsionam a carreira desses diretores estreantes e as
diretoras que ganham prêmios em festivais independentes, assim
com os seus filmes de estreia, os seus primeiros filmes, e que
dificilmente conseguem financiamento para 1 segundo
filme? Ao contrário desses diretores
estreitos que ao ganharem prêmios em festivais

(01:35:42):
independentes tem é a sua carreira impulsionada.
E aí essa fala sobre o Sean Baker seringe foi um negócio que
me pegou muito, que eu até queria discutir isso contigo.
Você acha que, considerando essecontexto, dá para dizer que ele
afirmar que ele é um cineasta independente é tão independente
assim? Ou ele já não era um cara que
com prêmios, com indicações que já tinham?

(01:36:04):
Certo? Que teria muito mais, muito mais
facilidade de financiar o filme do que uma cineasta na no mesmo
patamar que ele, por assim dizer.
O Chan Baker, ele realmente sempre foi um diretor
independente. Ele sempre fez com muito pouco
os filmes dele. É tangerine, por exemplo.
É um ótimo exemplo, por exemplo,por exemplo, enfim, é um ótimo

(01:36:24):
exemplo de de um filme que é 600% independente.
Quando a gente fala independente, a gente tem sempre
está falando financeiramente, a gente está sempre falando de
orçamento, é sempre orçamento, fala independente ao orçamento.
No caso dele, ele vendeu o filmedele para Neon, depois para uma
grana boa, né? E ele, o filme, foi ele que
pagou o filme desde o começo, pagou tudo e depois ele ganhou

(01:36:45):
com o com o acordo que ele fez émuito complexo isso sobre é.
É diretores que conseguem alavancar carreira em festivais,
porque a gente realmente tem muitas diretoras que estão, sei
lá, anunciando também, oferecendo filmes em festivais e
apresentando filmes em festivaisque elas são.
Elas continuam sendo independentes.

(01:37:06):
Elas continuam pagando o geradorpróprio bolso ou elas continuam
fazendo parceria e fechando contrato com, sei lá, 50
produtoras de distribuidoras e coisas diferentes pra poder
financiar seus filmes e elas nãosaem do ambiente independente?
Eu até brinquei, é que é muito difícil o Sean Baker voltar para
o cinema independente depois de ganhar um Oscar, porque
realmente é muito difícil. Por exemplo, é os diretores que

(01:37:28):
fizeram tudo em todo lugar, ao mesmo tempo que também é
considerado um filme independente por conta do
orçamento. Eles fecharam um acordo com a
universal, então assim, é bem difícil você também não ser
atraído. Imagina quem não quer trabalhar
e não ter dificuldade? Vou trabalhar sem sem ter
dificuldade, sacou? Eu vou precisar me importar em
eu brinco, tenho um lance do do do Scorsese que ele fala quando

(01:37:48):
ele está fazendo um táxi driver,eles não tinham dinheiro nenhum
para filmar em lugar nenhum, então como é Nova Iorque estava
completamente abandonada, eles estavam filmando em locais
abandonados. Literalmente locais que estavam
para ser demolidos porque eles não tinham dinheiro para alugar
locais. Então assim é isso é cinema
independente, sabe? E é muito complexo para mim ele

(01:38:11):
voltar para o cinema independente, mas é muito
difícil para essas diretoras. Retornarem, tipo saírem do
ambiente, do dependente de festival e irem para o
mainstream. Geralmente, quando elas vão para
o mainstream, também tem essa expectativa de que elas sejam
perfeitas? Sim, tem muito isso.
Eu acho que a. Coisal passou por isso, Hein?
Passou muito, ela passou 100%, por isso eu estava.
Pensando nela em filmes? Muito pior que eternos, sacou?

(01:38:34):
E as pessoas odiaram eternos comuma com uma paixão enorme.
E tem filmes muito piores da Marvel do que eternos.
Vamos, vamos. Todo Thor aí que a gente viu, a
gente viu pelo menos 3 históriashorríveis, sacou?
Mas realmente ela resiste demaisessa pressão, e eu acho que vai
existir essa pressão com a Celine Song agora quando o filme

(01:38:55):
dela, porque o filme dela que saiu o primeiro é fantástico,
incrível. E aí o que que vem agora tem que
ser tão perfeito quanto o primeiro.
E a gente não cria tanta expectativa assim quando é com
diretores homens, porque ele sempre tem a chance de fazer
outro depois. Eu amei esse livro, aí vou atrás
dele. Ele é muito bom.
Mas então é, você consideraria que sim, ela ele é um cineasta

(01:39:15):
independente, mas que realmente ser independente tem muitas
nuances também, né? Tem muitas nuances?
Muitas tem. É, é, é.
Às vezes a Independência está sóno financeiro e não do tipo de
mídia que seu material vai receber.
Mesmo que ele faça continue fazendo filmes de 60000 USD,
sabe? Continue fazendo filmes de no

(01:39:37):
máximo 1000000. Continue fazendo filmes assim.
Ele é um diretor que venceu o Oscar.
Ele vai continuar sendo e não sóvencer o Oscar, como ele
conseguiu empatar com o Walt Disney, sabe?
Então assim é com o número de ossos ganhados numa noite, então
ele vai continuar tendo atenção do mesmo jeito que outros
diretores homens vão continuar tendo.
Para mulheres é mais complexo. É realmente para elas alcançarem

(01:39:58):
esse posto dos do filme, chamar atenção do filme, e aí depois,
legal, consegui fazer esse filme, vou fazer o segundo, tá,
quem vai me oferecer o que para fazer?
O segundo filme é, é realmente uma Montanha.
Difícil é, eu só consigo pensar na Greta girming fazendo esse.
Projetos recentemente eu fiquei pensando muito assim, Ah, que
diretores fizeram isso e aqui que conseguiram sair do

(01:40:19):
independente e ir para o mainstream?
Eu só consigo pensar nela, né? E.
Ela também tem essa própria produtora, né?
Sim, ela também sabe que para ela poder poder continuar
fazendo os filmes dela, ela tem que ter um algum nível de
Independência. A cara, a própria pet Jenkins.
Aonde está a pet Jenkins? Pode?
Crer é. Verdade, sacou?
E Ela Foi. Fez tipo AO primeiro
Mulher-Maravilha, né? Fez o segundo.

(01:40:41):
Ela fez os 2 e o segundo não foibem.
Ninguém gostou do segundo. E aí ela entrou para fazer um
filme de Star Wars da franquia. O filme simplesmente saiu do
calendário, ninguém sabe de maisnada.
E aí é bem complexo. Pois bem, nós falamos muito
sobre o Oscar. A gente ficou com muita raiva de
amora, né? Mas enfim, a gente quer saber de

(01:41:03):
você que chegou até aqui, como foi para você ver o prêmio de
melhor filme Internacional para o Brasil?
Como foi ver AO resultado final do Oscar, né?
E, claro, a gente adora ouvir vocês, então vocês já sabem se
vocês encontram a gente lá no buscar, por exemplo.
Assim, encontra a gente também no Instagram e também no TikTok.
É só você procurar por bônus stage ou bônus stage BR.

(01:41:26):
Então você vai encontrar a gentelá e a gente quer saber da sua
opinião, o que que vocês acharamdesses filmes?
Quais foram os filmes que vocês mais gostaram?
E, claro, gostaria de falar muito mais de ainda estou aqui,
mas eu particularmente acho que ele merece um episódio só dele,
sabe? Então vamos deixar isso para
mais para frente. E acho que logo mais deve estar

(01:41:47):
até mais fácil para aparecer em futuros streaming, né?
Até porque é uma produção da Globoplay, né, se eu não me
engano. Então aí vai ter dizem que vai
ter uma versão expandida, né? Ah, é que vai?
Entrar no filme é que vai entrarna Globoplay.
Ah, olha. Legal.
Interessante, tem um papo de 6 horas de material desse filme.
Caraca, é muita coisa mesmo, masenfim, eu acho que é um filmaço

(01:42:09):
e eu fico muito feliz de de. Ver esse prêmio, né?
Ter chegado para o Brasil finalmente, mais do que
merecido. Eu acho que é um filme incrível,
né? Mas eu acho que vale um episódio
só dele, um pouquinho mais. Aí para o futuro a gente volta a
tocar, né? Nesse assunto, né, do do filme
joskar também, mas enfim, vão aocinema, assistam esse filme, que

(01:42:32):
é fantástico, e, claro, procuremos outros filmes que também ou
tantos, os que venceram e os quenão venceram.
É nas categorias do Oscar que euacho que a gente teve uma safra
muito boa, de filmes bem interessantes.
Aí alguns que assim me surpreendeu muito e não foram
premiados, né? Os documentários, os curtas, as
animações. Acho que em breve vai ficar mais

(01:42:54):
fácil aí e mais acessível para todo mundo, é claro, nos
serviços de streaming, né? Mas enfim, a gente quer saber, o
que que vocês acharam desses filmes?
E a gente quer saber também a opinião de vocês.
Meninas, muito obrigado mais umavez por estar aqui comigo
gravando mais um bônus cast. É sempre um prazer imenso para

(01:43:15):
mim ter vocês aqui. Então Bia Alana, beijão imenso
para vocês aí. Muito obrigado por mais um bônus
cast. E Júlia, mais uma vez eu queria
é agradecer a sua participação. Você sabe que você é sempre
muito bem-vinda aqui no bônus cast.
E assim como a gente fez da outra vez, eu vou pedir para
você repetir onde encontrar vocênas redes sociais dos seus

(01:43:37):
projetos, podcasts, momento jabápara todo mundo acompanhar você
também. E eu amei o convite novamente.
Eu falo mais comida, cobra, mas não tem jeito.
Mas isso é um podcast, a ideia éessa.
É eu? Sei, eu sei falar pra isso,
mulher. Eu fico apenas com dó do editor
não tenha. É, não tenha.

(01:43:59):
Mas eu sinto muito legal gravar com vocês, vocês são incríveis.
Eu sempre ouço os episódios e não só porque o Vini fala saiu,
Hein? Mas é porque eu, eu eu acompanho
o single e tal é. Então, muito legal.
Obrigada pelo convite novamente,estou sempre disponível, vocês
sabem disso. A gente pode falar também sobre

(01:44:20):
outros assuntos envolvendo o cinema, a gente pode falar sobre
K-pop e o que tem muito conhecimento.
Aquelas, né? Não tem conhecimento, é só
falatório, K-pop é só falatório,é.
Vocês me encontram nas redes sociais como Julia gavilan 2 LS
no gavilan. É, eu também tenho um podcast
chamado mais que um filme, onde eu conto histórias de filmes e

(01:44:44):
gêneros e pessoas, basicamente literalmente eu contando
histórias sobre produções. E eu também tenho uma newsletter
chamada além do filme, que também lá conto notícias, as
coisas que são mais interessantes.
Enfim, faço um levantamento do que do que eu acho que é legal
vocês ficarem sabendo. É isso?

(01:45:06):
Obrigada. Eu que agradeço aí a sua
participação. Aí eu vou dizer que eu sou
assinante da newsletter, ouvintedo podcast.
E se você não, ainda não é. Você é muito fã de Emília Perez?
Então tá, sou um. Não seja fã de Emília Peres.
Não faça isso, por favor. Assistam, Ah, assistam, sing e
sing. Por favor, façam isso por você.

(01:45:27):
Assistam. Sing e sing e é incrível, é
maravilhoso. Como no domingo.
Merecia o Oscar, verdade. Merecia, merecia.
O filme, mas merecia é. Sobre isso?
É tanto filme para ver gente. É muita coisa.
É. Difícil eu fico feliz porque a
gente passa boa parte do ano. Procurando nos streaming?

(01:45:47):
Que que eu vou assistir? E só tem lixo aí nessa época,
tem o modo de filme bom. Tem muita coisa bom, né?
Eu concordo, é. E vou te falar uma coisa, uma
coisa que eu adorei, ou melhor, né?
Uma coisa que eu adoro fazer nessa época de indicações ao
Oscar é ir atrás dos filmes e tentar assistir eles no cinema.
E eu particularmente, esse ano agente conseguiu, né, Bia?

(01:46:09):
A gente assistiu todos os filmes, os indicados, pelo menos
os indicados a melhor. O melhor filme, mas eu fiquei
feliz que eu vi. Boa parte desses filmes é em
cinemas mais independentes, vamos falar assim, sabe?
Fugir de cinema, de shopping, sabe?
E poxa, tem muito cinema espalhado por aí, tudo bem, nós

(01:46:30):
estamos em São Paulo e a gente sabe que é muito mais fácil, né,
pra quem tá aqui em São Paulo, mas nossa, como foi legal fazer
isso e eu quero continuar vendo.Né?
Filmes dessa forma. É sempre muito gostoso pra mim
ver filme no cinema. Pra mim é uma paixão, sabe?
Então eu fico feliz de estar podendo fazer isso e agora eu

(01:46:51):
quero assistir o resto do que euainda não assisti que foi
indicado ao Oscar, independente das das indicações, aí as
categorias, porque. Uma maravilha, uma dica
batterman. A cinebiografia sobre o Robin
Williams eu não estava dando nada.
Ah, mas ela é. Perfeito, Sério?
Eu juro para você, ela é fantástica e eu vou fazer.

(01:47:12):
Vou falar uma coisa polêmica aqui, eu gostei mais dela do que
de um completo dos conhecidos polêmica palavras, fora ela é
muito boa porque porque o filme ele, ele é um macaco.
Robbie Williams é um macaco e tem uma explicação sobre porque
o filme é um macaco, tá? É um dos melhores efeitos
visuais que eu já vi. É muito bom, é muito engraçado,

(01:47:32):
é muito envolvente, as músicas são.
Ótimas. A parte que toca Angels eu
chorei pra cacete. Enfim, é um filme muito bom.
Juro, tá? Eu, eu, ok, a gente vai falar
disso no futuro, no podcast. Incrível, incrível, vale a pena.
Eu prometo que eu não tava dandonada, mas eu terminei.
Foi o último filme que eu fui dovi do Oscar.
Eu terminei, tipo, por que que eu não vi esse filme antes?

(01:47:53):
Por que que deu em mim? Por que que esse filme só teve
uma indicação? Cara, ele é muito bom, muito
bom. Olha, é 11 antiga tradição nossa
aqui no bônus cast. Então, ó, vou, vou instaurar
novamente. Isso daqui, ó.
Bônus stage, indique, Hein? Por Julia gavilla.
Confie em mim. Confie no confie.
No confiar em você, tá bom? Vou confiar em você.
Então, ouvintes, vamos lá. Olha, eu quero, eu quero deixar

(01:48:16):
registrado aqui, então, que achoque a gente tem que fazer um
podcast, tá? Um episódio com filmes, com
macacos. Concordo.
AI. Perfeito, seja no título ou seja
nos personagens. É alguma coisa.
Filmes com macacos. Tá bom, perfeito.
Tem uma série de filmes, né? Eles não comecem, tem.
Uma série? Tem uma, tem um final.
Surpreendente no primeiro filme.Olha só, né?

(01:48:39):
Bobo. Mas o último planeta do macacos
que saiu é muito da hora também,tá?
Olha esse vídeo que também foi indicado.
Em efeitos é bem bom, tá? Eu estava rindo que quando eu
estava assistindo a transmissão,chamei a categoria de efeitos,
de categoria melhor macaco, né? Porque tinha o sim, sim.
Uma pena que não ganhou o melhormacaco, ganhou o melhor, a
melhor gosma lesma gigante, que porra é aquela é?

(01:49:03):
É mesmo, né? Não vou falar o que parece, mas,
enfim, é isso, pessoal, é isso. Aí que você pensou, galera, é?
É isso aí, bom, gente, mais uma vez muito obrigado terem chegado
até aqui, meninas. Muito obrigado pela companhia.
Sempre um prazer estar aqui batendo papo com vocês e isso
pra mim principalmente é sempre um aprendizado.
Então um beijão pra vocês e nós somos o bônus stage.

(01:49:26):
A gente se vê no próximo episódio do bônus cast,
lembrando que em breve também tem mais um dupla de 2 com a
Lana. Então.
Vocês vão lá ouvir também a gente.
É isso, pessoal? Um beijo no coração de vocês.
E até a próxima, tchau. Tchau, tchau.
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