Episode Transcript
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(00:00):
Oi? Um aviso antes de começar, o
assunto desse episódio é muito importante, mas nós usamos
diversos termos que podem gerar alguns gatilhos, como assédio,
abuso, LGBTfobia, entre muitos outros.
Então, se você se sentir incômodo com esses termos, eu
recomendo que você pule esse episódio.
Caso contrário, vamos lá. Tem algum preconceito contra?
(00:23):
Crente. Olá a todos.
Começando mais uma edição do bônus cast, o podcast do bônus
esteja sobre jogos, videogames, entretenimento eletrônico e
(00:43):
cultura pop. Eu sou Rodrigo Sanchez e hoje eu
estou muito bem acompanhado peladupla dinâmica do bônus stage
comigo aqui. Alana dilene, como você está?
Olá, Rodrigo. Eu estou bem.
Está tudo certo por aqui? As.
Apenas assistindo a ascenção do fascismo de camarota.
Não, não. Boa sorte, tá?
A gente está acompanhando também, né?
(01:03):
Mas você está aí, né? Não, mas vai dar certo.
Vai dar bom que Luciana ani bronze, você vai se foder em
algum momento. E com a gente também.
Beatriz Blanco, olá. Olá.
Tudo bom? Tudo certo.
Eu estou assistindo ascensão do fascismo pela internet, mas eu
não. Mas estamos todos aqui.
AI, Alana, força, Alana, nossa infiltrada.
As pessoas não sabem, mas ela está lá.
(01:25):
Porque ela vai dar a asilo político para o chandão se ele
precisar assim. Brincadeira Trump é mentira, é.
Mentira é mentira. Coitada da Lana de
correspondente Internacional a nossa euzis camparini.
É. A Lana nesse momento, com mais
direitos políticos do que o ministro é?
(01:48):
Verdade. É verdade, ainda tem visto.
É verdade pior que é verdade. Caraca, gente, que situação, né?
Olha, é o seguinte, o mundo estámaluco e a gente vai falar um
pouco disso também, porque, bom,vamos para o assunto de hoje,
que é o seguinte, se você está acompanhando as redes sociais,
coisas estão acontecendo nas últimas semanas em relação à
(02:08):
venda de jogos nas plataformas Steam, EETO.
Dando um Panorama geral, basicamente o que vem
acontecendo é um grupo que está aí lutando pela defesa das
crianças. Pela proteção de mulheres.
Exato. É aquela coisa, eu não pedi
nada. Mas soltando.
(02:29):
OK, deixa baixo, né? Deixa para lá.
Mas basicamente o que vem acontecendo é um grande
banimento. Para não para dizer censura, né?
De alguns jogos nessas 2 plataformas e isso acabou, como
posso dizer? Pegou uma galera que não tem
absolutamente nada a ver com isso.
Enfim, vamos. Vamos começar do começo.
(02:50):
Então, o colective chaut é um grupo australiano de militância
feminista radical, já desde um tempo tem defendido muito essa
Bandeira de proteção de mulheresem situação de vulnerabilidade.
Só que ao invés de pegar. Mulheres que de fato estão em
situação de vulnerabilidade, eles têm voltado muito a atenção
(03:13):
para representação em jogos, em outras mídias também.
Há algum tempo eles tentaram banir na Austrália Detroit,
becom becoming hillman, não é? Sim, não deu certo, é não foram
bem sucedidos nisso, mas a ideiadeles era que aquele arco da da
cara, né? De uma das personagens, do do do
jogo, aham ele. Era uma grande apologia à
(03:36):
violência doméstica de crianças e né, da personagem, sendo que é
exatamente o contrário. Qualquer pessoa que tivesse
começado a jogar o jogo teria percebido isso.
Exatamente. É uma narrativa para você
empatizar com ela, inclusive, né?
Exatamente. Exatamente.
E aí, o que que eles fizeram em relação a isso aqui?
(03:57):
Eles tinham provocado já a Steame salvo engano, it IO também
pedindo a retirada de alguns jogos da plataforma
especificamente, né? Oo catalisador dessa confusão.
Foi um jogo, foi um jogo chamadono murcy.
Eu acho que o jogo já tinha sidoretirado do do it IO, eu sei que
o it IO fala que ele já tinha, já tinha sido retirado em abril.
(04:18):
A skin também retirou o jogo do ar.
Só que eles não pararam por aí. E aí, o que é que eles fizeram?
Eles entraram em contato, fizeram grande carta aberta,
entraram em e enviaram para as plataformas de pagamento Visa,
Mastercard, strip, PayPal. Em específico da Mastercard tem
(04:38):
uma cláusula certamente com baseado, né?
Em outras dessas outras plataformas também.
Mas no caso da Mastercard, especificamente, tem uma
cláusula de eles não ficarem associados a nada que prejudique
a marca. O que que é prejudicial a marca?
Usar a marca para fazer negociações legais.
Que OK, você consegue compreender de certa forma, mas
(05:01):
é por no cartão de crédito, sabe?
Gente, exato. Não, não tem uma marca, é só uma
marca defendida, é só uma maquininha.
O que já vinha afetando desde 2015, se eu não me engano, ou
seja, tem mais de 10 anos essa discussão, mas esses termos de
serviço, eles já vinham afetandoa produção de conteúdo adulto,
(05:22):
então? Profissionais do sexo já tinham
problemas para poder receber o seu dinheiro.
Isso já estava acontecendo em plataformas como o patreon, e
isso já estava acontecendo também.
E no o patreon sensin, né? Que tem 11 zilhões de criadores
que produzem coisas lá, aham entre eles, pessoas que produzem
arte, literatura e eu acho que jogos também, mas também de
(05:42):
conteúdo adulto. Então eles já estavam tendo
Barreiras para poder processar pagamentos e tal.
O ex coletivo foi em cima disso,essa galera.
Os as, as operadoras de pagamento chegaram para a Steam,
para o che, e disseram, olha, então vocês vão ter que resolver
essa parada aí, porque a nossa marca está sendo prejudicada.
Olha que coisa horrorosa. E em termos informais, eles
(06:05):
arregaram, certo? Vários jogos saíram do ar e
assim. A Steam é uma empresa grande.
Eles conseguem. EE tem também os jogos.
Em tese, eles são analisados antes de ir para lá, né?
Uhum? A pessoa não pode só colocar.
E tal, né? Mas enfim.
Não sou assim em. Tese é como você mesmo citou,
esse no Mercy, que é um jogo queassim acho que não é uma boa a
gente entrar em detalhes. Né?
(06:27):
Eu não acho também. Eu não quis falar porque é.
É um jogo horroroso, ele passou,sabe?
Eu fico pensando como é que o negócio descentrou é, é algo a
ser questionado, né meu? Mas assim, então esse existe,
está lá nos termos de serviço, que as coisas são análises.
Usadas e de repente para a pessoa que analisou, olhou
aquilo ali e disse, é OK. Questionava, mas quem sou eu
para dizer o que é que o outro pode ou não fazer?
(06:47):
Uhum o echaiô. Ele não tem esse tipo de
Barreira. As pessoas colocam
disponibilizam lá seus jogos gratuitamente ou para ser, ou de
forma paga, para evitar grandes problemas.
E sob a retórica que aí eu até entendo que tem 11 fundo de
verdade nisso uhum. De que eles não poderiam
prejudicar o pagamento de outroscriadores, de vários outros
(07:07):
criadores que tem muito materialdentro da plataforma, o it IO,
ele desindexou, ou seja, ele retirou das buscas qualquer jogo
que tinha a as séries de not sudble, forwork, NSFW.
Isso. E ele também retirou do ar
outros jogos. O it IO diz que não, que ele só
(07:29):
desindexou, né? Com base justamente nos termos
de de qualquer jogo de conteúdo adulto.
Eu acho que eles eles usam o termo bestialidade, né?
Mas assim, aham jogos com com com animais e tal, e qualquer
coisa relacionada a. A isso e o que é que está
relacionado a isso? A produção da comunidade queer,
(07:50):
então, muitos jogos que não tinham conteúdo sexual, mas
tinha um romance homossexual, é um romance lésbico, ou qualquer
outra coisa no meio disso, romances com pessoas queer ou
até tipo representações de pessoas queer, eles foram
desindexados, né? Alguns foram retirados do ar.
De acordo com os relatos dos desenvolvedores, todos foram
(08:11):
desindexados. Aí depois eles foram colocando,
recolocando na indexação alguns desses jogos.
Foi um trabalho mais lento, porque eles fizeram uma análise
mais cuidadosa e tudo mais, mas sempre sob essa Bandeira de que
eles não têm a capacidade, capacidade logística de ficar
sem o acesso às plataformas de pagamento.
(08:32):
E assim, por um lado eu entendo.E aí eu aqui eu já estou
comentando, acho que já deu um bom Panorama.
Né não, eu acho que está um excelente.
Resumo eu. Eu compreendo uma plataforma
como ETIO, que lida com o conteúdo independente, que é uma
empresa pequena, digamos assim. Eu compreendo, você tipo, ok, eu
tô nessa situação de crise, eu vou tirar todo o acesso a essas
coisas e eu vou resolver isso. Vou esperar a poeira baixar, vou
(08:57):
esperar as coisas acontecerem, vou resolvendo isso aos poucos.
Se por um lado eu compreendo essa essa postura.
Por outro, assim foi de cambão. Foi no balaio várias outras
produções, não só jogos, mas livros de literatura, jogos
analógicos, como RPGs. Várias dessas coisas perderam a
(09:18):
sua a capacidade de serem buscadas diretamente na
plataforma. Quem quisesse acessar teria que
ter o link direto de acesso. E isso é um golpe no sustento,
na maneira dessas pessoas poderem ganhar dinheiro, porque
muitas dessas pessoas vendem coisas no it IO.
E assim, com 1 USD a 5 e 50, um brasileiro que coloca um negócio
(09:40):
lá e venda o negócio a 2 USD e faz 5 vendas no mês, entendeu?
Ele já tem aí uns 100 conto quase.
Pois é. Entendeu?
É, faz a diferença. Sim, eu não sei qual que é o
repasse dos valores, sendo muitosincero, mas é é engraçado né?
Que a gente está falando muito assim.
A Steam, como você mesmo disse, é uma plataforma grande pra
caramba. Eu sinto que AA Steam pode
(10:01):
peitar EE não peitou. Tipo, não é de hoje que os caras
falam que tem uma galera aí que que dá problema com o pagamento
e tudo mais, inclusive a nossa data de gravação é no dia 13 de
agosto. Eu não sei quando que esse
podcast vai estar no ar e pelo menos na data de gravação a.
A Steam falou que assim eles estão com problema com o PayPal,
mas não tem nada a ver com essa situação aí de de banimento, né?
(10:25):
Vamos falar dessa dessa forma que eu acho que se encaixa
melhor, né? Não tem a ver com o banimento
das plataformas, mas não, eles estão tendo um problema técnico
mesmo lá com o PayPal, que é umaplataforma grande pra caramba.
Então assim, tem gente na Europaque não está conseguindo fazer.
Qualquer tipo de compra com pagamentos via PayPal, isso é
uma coisa que está acontecendo. É o almoço que meu filho vai
trabalhar. Pois é, ô Gabe, cadê o Gabe para
(10:48):
resolver essa parada? Entendeu?
Fica aí desenvolvendo o Ralph left 3 e não lança nunca dá
nisso, porém, com tudo, todavia,a gente tem a ithai o que assim,
a gente estava conversando fora da da gravação e eu diria que a
ithai o abraçou a comunidade queer, mas na verdade é o é o
contrário. Exatamente, a comunidade queer
abraçou a ithai o justamente como uma maneira de poder
(11:09):
divulgar o seu trabalho, de poder tirar derivar algum
sustento, né? Do seu trabalho de ramos que vem
sendo já tipo, já são, mas vem sendo cada vez mais
desvalorizados. Hum, que era o ramo de criação
artística, sim, aqui. Bia, me perdoa.
Eu estou colocando games juntos,mas tipo literatura, RPG, games
(11:30):
eletrônicos, né? Jogos eletrônicos.
Então, assim, essas pessoas viram na it IO uma maneira
prática de conseguir captar dinheiro em moeda estrangeira,
dólar, certo? Porque não é só Brasil, pessoas
de todo mundo colocam essas suascoisas lá.
Entendeu? E fazer isso de uma forma
(11:50):
razoavelmente direta, é claro que tem as porcentagens, né?
Da plataforma e tudo mais, mas assim tem tem uma galera que
tira uma graninha disso aí, uhum, entendeu que colocam jogos
pequenos, jogos de folheto, né? Jogos RPG de folheto, às vezes
colocam até de de graça, como umpaywatch want, né?
E tiram, derivam a uma renda extra em cima disso e toda essa
(12:13):
galera está potencialmente prejudicada por conta.
Da Visa e da marcha card que virou e disse, Ah, não, eu não
quero peitinho coisando aqui não, eu não quero peitinho na
minha empresa, não. Eu acho que é um problema muito
grande, porque primeiro, esse colective chaut é uma
organização bem estranha. Assim, hoje eu dediquei um tempo
(12:33):
olhando pro pro site deles. Eles têm um manifesto.
Eu li o manifesto, né? Exatamente.
Eu leio uma olhada em outra, outras iniciativas.
E assim é uma organização que tem como uma proposta um negócio
que no princípio é lindo, né? Ah, queremos proteger mulheres
de violência sexual. Aí quando você vai lendo o
manifesto, o manifesto vai ficando mais esquisito, porque
(12:54):
ele fala assim que, por exemplo,eles combatem a objetificação.
E aí eles têm até uma definição lá de objetificação.
Ah, e quando você olha para um ser humano, né?
Despido das suas característicashumanizantes e você reduz, ele é
uma posição de objeto sexual e tal.
E assim, gente, para começar, játem um problema muito Sério com
isso aí. Eu já eu já vou começar
polemizando. Estou, marquei para isso.
(13:15):
Isso é uma questão. Agora eu vou até estender, eu
vou até fazer um rancho acadêmico aqui também, então
acho que a Alana vai me entender.
Objetificação é uma palavra que caiu na boca do povo e as
pessoas usam assim, eu brinco, eu falo para os meus alunos que
eles usam as palavras como se elas fossem só sons assim, né?
Vibrações de ar nos tímpanos, porque não quer dizer mais nada,
(13:36):
né? Então, Ah, então você está
olhando de forma sexual para. Isso é um processo humano do
desejo, né? E isso é um processo normal da
ficção, né? Essa literatura romântica, que
muitos conservadores adoram, elaé objetificante em muitos
pontos, né? Aqueles homens, que é que é uma
literatura muito hétero também. Eles são feitos para serem
(13:56):
objetos de desejo, né? Não há nada de moral.
E se tivesse também moral na criminosa?
Então tem outra questão, né? A crítica à objetificação era
feita num contexto cultural. Então eu posso chegar para você
e falar que eu acho, como a Nara, por exemplo, tem uma
representação da sexualidade feminina muito limitada, muito
limitada, muito. Objetificante, né?
Muito voltada para o olhar masculino ou heterossexual, mas
(14:18):
eu não vou pegar e vou proibir ohumano de fazer quadrinho por
conta disso, né? Seria um completo absurdo, né?
Você faz essa crítica, você entende, você situa isso, então
isso já é um começo. Aí eles falam, né, dessa questão
da vulnerabilidade, outra coisa,tá gente, crítica à sexualização
também. É um negócio que eu tenho muitos
problemas, eu percebo muito issona academia, agora é o ranking
acadêmico. Muitas pesquisas chegam a falar,
(14:39):
AI, eu vou falar da sexualizaçãonos games, e aí se quer define o
que é a sexualização? Eu tenho a impressão que as
pesquisadoras e pesquisadores, eles olham para uma personagem e
falam, Ah, ela parece um pouco vagabunda mesmo, e vão lá e
fazem uma crítica e isso já é moralizante assim, sabe?
Muitas vezes é sobre isso. O que que você está chamando de
sexualização aqui é representar as pessoas como pessoas, seres
(15:02):
sexuais. Nós somos seres sexuais.
É representar a diversidade de experiências da sexualidade
humana. Por que que eu estou falando
tudo isso? Porque um é coletivo, como
colective, chaut, como outros, principalmente aí no campo do
feminismo radical e do terfismo mesmo, né?
Na exclusão de pessoas trans, eles vão ter uma questão com
(15:23):
representações dos da sexualidade, que são
extremamente moralistas, né? E são conservadoras.
É uma cooptação conservadora do feminismo, tá, e não é a
primeira vez que isso acontece. A gente teve um fenômeno no
final dos anos, no final dos anos 70, começo dos 80, que
foram as sex Wars, que é um nomemuito bom, né?
As feminist de sex Wars, nos Estados Unidos, principalmente,
(15:43):
que foram disputas entre feministas antipornografia.
As principais são a andread working e a Catherine machino.
E feministas, né? Eu não vou falar pró
pornografia, porque também é um termo reducionista.
Feministas é, vamos chamar elas de sex pose.
Deus, né? Que eram mulheres que também
contestavam essa visão muito limitante da sexualidade.
(16:05):
Que que aconteceu. As feministas radicais lá nos
anos 80 se aliaram a grupos conservadores.
Numa cruzada de pornografia parabanir pornografia, sob a
justificativa que a pornografia é objetificante e violenta
contra mulheres. Não estou negando isso, né?
Existem problemas seríssimos na indústria.
Ah, com né? Mas quando você começa a atacar
a representação e vai para o campo da censura, fica perigoso.
(16:26):
Por que? Que que aconteceu na prática,
com esse movimento? Esse movimento coincidiu com
satanic penic. Nos Estados Unidos, foi em 83.
Teve uma escola lá, né? A creche mcmartin, que uma mãe
denunciou a escola por estar promovendo rituais satânicos e
abuso sexual, né? Abuso ritual.
Eles chamavam de crianças e era tudo mentira.
Era tudo mentira, né? Ela, essa história.
(16:47):
Toda é um absurdo, né? Total.
E aí a justificativa, por exemplo, uma das coisas que se
falava para você ver como que vai para o campo conservador,
né? Um dos primeiros acusados foi um
professor homem, sobre o argumento de é muito esquisito
um homem ser professor de primário.
E aí algo muitas feministas que estavam ali no movimento anti
pornografia, na proteção das crianças, né, embarcaram nessa e
(17:07):
uma das consequências desse movimento foi prisão e
perseguição de professoras lésbicas.
Por quê? Quem que é visto como mais
sexual? Por a nossa sociedade.
Pessoas queer, sim, as pessoas queer.
Elas são discriminadas muito porque elas são associadas ao
sexo não reprodutivo, uhum ao sexo fora dos padrões da
família, né? E, lógico, a primeira população
(17:29):
a sofrer e muitas dessas femininas das radicais que
estavam defendendo isso, que estavam fazendo Aliança com o
conservador, eram lésbicas. Então, assim, nem demorou muito
tempo para estourar na cara delas, né?
O problema, então, eu acho perturbador.
Vê uma história dessas? Repetindo porque, pra mim, ou é
uma desconhecimento da história do feminismo, ou é má fé ou uma
combinação das 2 coisas. Provavelmente isso.
(17:52):
Isso também. Provavelmente é um misto dos 2.
Porque esse tipo de coisa nunca acaba bem, né?
Porque é isso. Você começa a entrar em
parâmetros muito abstratos, né? Eu falei dessa crítica à
sexualização, porque é isso. A sexualização e objetificação
já viraram palavras que são só palavras uhum, né?
Os muitos trabalhos nem se dão otrabalho de definir o que é
sexualização. Ou é isso aí.
(18:13):
Ela está sendo representada de forma muito sexual, mas essa
essa forma sexual, ela tem contexto, ela faz sentido?
É. E outra coisa, né, gente, também
tem isso também, a ficção. Ela não tá as intersecções entre
a ficção e o campo da da da moralidade, né?
Ela tem que ser feita de forma contextual.
Uma coisa é um jogo, tipo no Mercy, que é um jogo de apologia
(18:35):
a crimes. Era realmente, né, um jogo que
explorava ali retratava estupro como se fosse um mero fetiche,
né? E isso realmente é uma coisa
problemática. Outra coisa é um jogo que mostra
uma expressão de sexualidade quevocê acha incômoda, porque x
assim, né? Vou dar um exemplo, furry sim, i
furry é um absurdo, furry não é bestialidade taxa, pois é, e
(18:57):
esse e esse é o. Ponto a partir do momento que
você coloca lá nos seus termos de serviço, que você não.
Permite bestialidade está entre aspas.
Aqui é muito fácil você cair em cima da comunidade furry.
Pra caramba, porque por uma pessoa totalmente desavisada não
faz ideia do que é isso. Entendeu?
EEEA, Bia tocou num ponto que nem, por exemplo, eu.
Eu estava percebendo um detalhe,né?
(19:19):
A gente falou dessa carta, né? A direcionada aos os CEOSE,
grandes executivos das das empresas pagadoras.
E tem gente que participa, né? Quem assina essa carta tem
pessoas que estão. É envolvidas, por exemplo, no
êxodos krike também é uma outra organização, tem o National
center of sexual explotation, EEpor aí vai.
(19:39):
Tem várias organizações que estão assinando junto assim.
Boa parte dessas pessoas eles são contra assim.
Eles são uma organização contra a pornografia em geral, né?
Então, e aí assim, eu vou respeitar.
Se eu ver esses cara indo, eu estou.
Essa galera está atuando com problema de tráfico humano?
Exato. Exato, exato.
(20:00):
Eu nunca vi esses Mano numa batida aí No No, no, num bordel
ilegal na Romênia, mas enchendo o saco de gamer.
Sabe então? Dizendo que GTA 5 faz apologia a
crime é? Quando?
Quando eu falei quando eu falei tipo, Ah, ao invés de procurarem
pessoas, mulheres e crianças, vem em situação de
(20:22):
vulnerabilidade de fato. Pois é, entendeu?
Elas estão preocupadas com o quevocê está jogando e como com o
que você está gastando seu dinheiro.
Porque é muito cômodo. Isso aí é lobby, né?
E eu acho perturbador quando você tem coletivos, né?
Com essa força que exercem esse poder junto as empresas, porque
as empresas são. Covardes e porque a gente está
num momento como a gente brincouaí no início no podcast, né,
(20:44):
brincou. Não, né, a gente não é
brincadeira, é verdade. A gente assim tratou de uma
madeira jocosa, que é como o tempo ali dá, dá ascensão do
fascismo, né? Porque essas empresas estão
arregando, porque há um ambientesocial para que elas arreguem e
hoje é para o joguinho de putaria que talvez você ache um
perturbador. Amanhã vai ser para religiões
que são religiões dissidentes, não hegemônicas, né?
(21:07):
Porque qual que é a diferença defazer um movimento?
Contra a sexualização dos jogos e daqui a pouco fala AI, eu acho
que o PayPal devia desmonetizar todos os vídeos de ponto de um
bando e de candomblé no YouTube,porque eu acho perturbador.
Exato. Porque fala de uma representação
religiosa que eu acho desconfortável e aí eu acho que
(21:28):
eu não quero ter o meu ponto de vista confrontado, porque a
gente está chegando numa dessa assim, né?
Não, isso já está acontecendo muito, né?
Tanto que parte dessas críticas vem de pessoas que são assim,
militantes cirigiosas. Exato.
Dando um exemplo, né? É, Ah, vamos acabar com a
pornografia. A gente tem que ser contra a
pornografia. Tem pessoas em é em situação
(21:51):
vulnerável dentro da pornografiaou a.
Porque você é conservador, é contra e nesses casos é isso.
É uma questão religiosa de. Fato e é contra entre aspas.
É porque se consome muito, é porque.
É bonito pra caramba falar, né? Eu até vou pegar no pé aqui um
pouquinho. Até gosto de fazer uma distinção
entre pornografia e material de abuso sexual, né?
(22:11):
Que, por exemplo, vídeos. A gente sabe que esses vídeos
existem. Produzidas com mulheres que
estão em condição de escravidão sexual, né?
De tráfico humano, né, não só mulheres, né, populações
vulneráveis no geral, porque a gente sabe que também muitos
meninos, né, homens são também vítimas desse tipo de abuso.
Esse material não é pornografia,né?
Esse material é criminoso e já há legislação coibindo, né, o
(22:34):
compartilhamento dessas imagens.Pornografia é um tipo de
produção de conteúdo consentida.Né, que envolve uma indústria,
né? Que envolve trabalhadores, que
envolvem pessoas que estão exercendo uma profissão que
talvez esteja num campo aí externa a moralidade, né, de
algumas pessoas, mas que é uma profissão, né?
(22:56):
E que é muito complicado. É o que eu é o que eu estava
falando, de a gente contextualizar as críticas, né?
É, é uma crítica à indústria pornográfica.
Ela é possível, mas você não fazisso, né?
Te falando. Imagina alguém chegar e falar
assim, Ah, vou usar você de exemplo.
Rodrigo, não gosto de design e está proibido o design hoje
porque eu eu quero ter direito de usar.
(23:16):
Eu acho que esse não foi um bom exemplo, porque eu sou contra o
design mesmo, então tem que usarmesmo.
Como é que não? Eu tô brincando, mas não, eu
entendi, não é um para. Absurdo, né?
É um completo absurdo assim. Eu sou muito a favor de que o as
críticas à pornografia, né, sejaou não acho que a gente não
possa criticar, mas ela está sendo feita inclusive por
pessoas da indústria, né? Então, que também essas pessoas
(23:38):
que sejam protagonistas, né, da do, do das críticas ao próprio
sistema de trabalho delas, né, porque elas entendem como isso
funciona. Isso pode ser feito de outras
formas, né? Mas eu eu achei, porque é isso,
gente, é muito poder, é muito poder, um coletivo mobilizar.
Uma galera e chegar e falar assim, ó, ninguém mais recebe
pagamento do PayPal. É muito poder.
(23:59):
Pois é. Né?
É. E é, eu acho que.
As pessoas deviam estar desesperadas com isso assim.
Não totalmente. E é até porque a gente não está
falando. Mas, por exemplo, a gente tem
certas plataformas como por exemplo, é um onlyfans da vida e
sabe que assim é. A gente sabe que hoje é uma
plataforma que a maioria das pessoas estão vendendo conteúdo.
Tem gente fazendo putaria mesmo,EE vendendo.
(24:20):
E é isso. E eles estão atacando essas
essas plataformas também de tipo, olha, é, a gente vai tirar
o apoio dessa plataforma, porquea gente não quer estar atrelado
a isso. Né?
Eu vou até trazer para um exemplo mais cotidiano, que é
uma coisa que aconteceu, que aí fora do campo do trabalho
sexual, que talvez tire um poucodo do do contexto, desse estigma
para as pessoas entenderem. Uhum é, uns tempos atrás
(24:41):
começaram a surgir uns relatos de boleiras, né?
Esse Pilar da economia brasileira.
Profissionais que fazem bolo queelas estavam sendo notificadas
por times de futebol, por fazerem bolos temáticos do time.
É, isso aconteceu, então a pessoa IA lá e fazia o belíssimo
bolo do Atlético Mineiro. Rolou, Rodrigo, rolou.
Eu não vou lembrar os times exatamente sim por uso indevido
(25:02):
da marca, então assim, Ah, como assim o seu catálogo tem um bolo
com o escudo do Vitória, nem lembro se era esse time, tá, mas
você vai ter que pagar royaltiese assim derrubando posts.
Nas plataformas das coitadas dasboleira e as mulher desesperada
porque imagina, né? É, é o sustento delas.
(25:23):
Imagina que as equipes de futebol fazem um lobby junto?
Sei lá que é no Brasil, aqui é um país avançado.
A gente tem um Pix, né? Mas imagina que todas elas
recebessem pela maquininha, lá pela moderninha, por por cartão,
né? Por cartão, então imagina que.
Te tira a maneira de receber, defazer movimentação financeira,
que é uma Liberdade. Gente, você tem o direito de, se
(25:43):
você não está gastando com atividade criminosa, né?
Exatamente o direito de pegar o seu bolinho de dinheiro, o seu
massinho de notas e entregar para quem você quiser, né?
Exato. Em troca de um serviço de um
produto. Então, imagina que existe um
lobby forte o suficiente para desmonetizar todas as boleiras
do Brasil e amanhã todas as boleiras que fazem bolo com o
escudo do Palmeiras param de receber dinheiro.
(26:06):
Porque o Palmeiras? Fez a Nintendo para cima delas
assim, caraca. Velho, eu, eu, eu já assim,
parabéns pela pesquisa em buracos que eu nem imaginava que
existia. Sorvemos bem para servir, sei é.
Beatriz, senhora e senhores. Beatriz, uma salva de pão.
Essa mulher isso rolou. Isso é incrível.
Muito obrigada. Isso rolou.
Eles estavam. Eu não estava tendo um problema
(26:27):
de monetização, mas estavam derrubando posts no Instagram
das mulheres, fazendo bolo. Às vezes uma família rolou, um
caso. Eu não vou lembrar os filmes que
enfim, eu vi superficialmente aham, mas as.
Sim, a família postou orgulhosa a foto do menininho no
aniversário com o bolinho dele. Não pode usar?
É, rolou assim do Ah, viram o post e denunciaram porque tinha
uso indevido de marca, porque a pessoa fez uma festa, sei lá,
(26:49):
dos Santos, sabe? Então?
Valio. Cara, que maluquice isso?
Entende o pesadelo da plataformização?
E quando o Trump fez cartinha falando que o Brasil que a gente
estava errado do Pix e da 25 de março, ele não citou as
boleiras. Mas está aí também.
Está aí para a pessoa assim. Toda essa cultura do bootileg,
que é tão Latino Americana, tão bonita, né?
(27:11):
Do Labo boo falso, né? Que eu, que eu amo assim.
Aqui tem todas as variações de Labo boo possíveis.
Assim, agora é tribo. Falar.
É o tribufu passa uma caminhada na Avenida Paulista, né?
Então tudo isso, gente, quando agente tem todas as nossas
operações financeiras mediadas por plataformas, tudo isso para
acabar assim, tá todo mundo muito vulnerável.
(27:31):
Então eu acho esse caso de ti o desesperador.
Não só por tirarem os joguinhos de putaria, por que não foi só,
né, por tirarem os jogos queer, mas também porque eu acho que
isso é um pequeno laboratório doquão dependente a gente tá e
porque é muito importante um. A regulamentação das redes para
já, porque a regulamentação ela inclusive tem que envolver, né?
(27:53):
Essa garantia, a Liberdade e a autonomia das pessoas que estão
usando o serviço. E a outra coisa é, a gente tem
que começar a pensar que não dá para existir produção cultural
completamente plataformizada. A plataforma tem dono.
Eu brinco muito com os meus alunos, né?
Eu dou aula de mídia digital, eufalo para os meus alunos, se o
seu emprego depende de uma plataforma, você não tem
(28:14):
emprego, que que é seu emprego? É fazer adsense para a meta?
Se amanhã a meta fechar as portas?
Você não tem mais emprego, né? Se você se um outra especializou
numa ferramenta, né? E a gente tá vivendo essa
realidade agora, né? Tipo, Ah, eu sou youtuber.
Se cair o YouTube, Ah, eu tenho outras plataformas.
Se caírem em todas as plataformas.
(28:35):
Eu acho que existe assim um primeiro lugar.
É a questão da responsabilidade,né?
Da mesma forma que a gente tem que ter essa, a regularização e
tudo mais. Eu acho que assim, voltando para
o nosso assunto principal, né? Falando da da Steam e da ithayô,
é claro, eles tem que ter uma responsabilidade.
Está distribuindo esse material,ou seja, precisa ter um nível de
moderação por pessoas especializadas, né?
(28:58):
Para que você faça assim. Estou fazendo um jogo que ele,
ele tem uma tag ali da comunidade queer, então ele
fala, sei lá sobre homossexualidade e por aí vai.
E ok, isso está no jogo. Mas assim, isso é uma coisa que
precisa ser analisado no sentidode tipo, tal qual é a
representação que você tem ali no teu jogo, por exemplo, muitos
(29:18):
jogos que depois que teve essa lei e indexação dentro da
plataforma, assim não tinha absolutamente nada a ver.
Só porque a pessoa tem um jogo, trata de um assunto, é LGBTQIA+
Ah, então o teu jogo tá tá fora,não vai aparecer mais, não vai?
Ninguém vai mais encontrar, então assim.
Não tem nada a ver. EE, no final, todo esse esse
(29:40):
movimento em cima do do próprio coletivo, shot em cima das
plataformas pagadoras, assim, pegou uma galera que assim
respingou numa pessoa que não tem absolutamente nada a ver.
Então, assim, essas pessoas, elas já são marginalizadas pelo
fato de de serem LGBTQA mais e se tornam mais ainda.
E aí, como é que fica? Sabe?
(30:00):
Eu, eu, na minha opinião, eu acho que assim.
Aí tia iola teve um momento que ela virou e falou assim, Ah,
então gente, a gente bloqueou aqui para evitar grandes
problemas. Eu acho que eles mandaram muito
mal, na minha opinião. Eles escolheram a saída fácil
assim. Eles falam, Ah, estão enchendo o
nosso saco, vamos puxar a tomada.
E escolheram a sua saída porque era uma população vulnerável,
né? E uma população que já é por,
(30:23):
né, questões sociais contextuais.
Extremamente sexualizada e objetificada.
E eu acho que aí está a ironia, né?
É um é um coletivo que se propõea combater a sexualização e
objetificação que está mirando justamente na população, porque
é a mais vítima desses processos.
Né? Exato, exato.
EE, é assim que. Trava já isso.
Não é horrível? EE é aquela, né?
(30:45):
E os jogos que não foram banidos, que continuam no ar,
mas justamente foram desintensados?
É tipo, não, eu não estou só me livrando dos indesejáveis.
Eu estou ocultando eles. Estou, é.
É um processo violentíssimo. E eu eu não entendo como as
pessoas não ficam assim. Nossa, né?
Vamos AI, gente, e assim no rato?
(31:06):
Não, eu estou. É só pra também dar um pouco
mais de contexto, porque as pessoas ficaram desesperadas.
As pessoas ficaram ligando para as plataformas de pagamento,
mandaram e-mail estão fazendo isso.
Sim, a galera está numa numa organização ferrada de entrar
em. Contato com essas grandes e a
ponto de a master virou e disse,Ah, não, a gente não fez nada
(31:26):
disso, não sei o quê, mas aí a Valve foi lá no cotaco e falou,
estão fazendo sim. Sim.
Adorei, tinham proibido. Sim.
Pois é, com base na cláusula. Eu adoro o rim.
É de ser ou fodido esses puta para ver quem é mais filho da
puta, né? É bom que aí eles já se matam o.
O Stripe é que é outra plataforma de pagamento.
(31:48):
Rolou uma situação essa esses últimos dias que assim foi, foi
surreal. Porque assim Oo time de suporte,
né? O pessoal estava entrando em
contato com eles e eles estavam falando que tipo, Ah, o conteúdo
está sendo banido por conta de conteúdo LGBTQEA mais.
E aí todo mundo, pô, como assim?Então vocês estão admitindo aí?
Logo depois, AA empresa soltou um comunicado falando que assim
(32:09):
não, a gente não tem problema nenhum.
Um conteúdos do tipo estão falando errado?
Eu amo quando as empresas começam a fazer MC Melody, adoro
os gays, povo animado. É isso, mas é muito isso, sabe
porque, tipo. Estão ferrando pelas costas.
O que eu acho que aconteceu? Foi assim, um clássico, né?
Tipo, alguém dentro da empresa virou e falou assim, não é por
(32:32):
causa disso? E aí virou o senso comum.
E aí a resposta que eles deram foi isso.
Alguém falou assim, aí alguém seligou e falou assim, caralho, se
a gente der essa resposta, a gente fica muito mais queimado,
não é dado. Nada disso, sabe?
É e aí que acontece, tá todo mundo caindo em cima da
plataforma e assim, com toda razão, cara, vocês estão
proibindo o conteúdo porque ele é LGBTQA mais.
(32:53):
É. É esse o problema.
É naquele momento, né? A gente trata como se fosse
normal. A gente não sei não.
Não. E aí assim, desculpa, é no final
essa essa mesma galera que assimno final de de junho de é junho,
que é o mês do do orgulho. Ô Julio.
Junho, junho, é essa mesma galera que chega no mês de junho
(33:14):
e bota tipo logo com a Bandeira do Arco-Íris do fundo.
Sabe que está iluminando o prédio dele, sei lá onde
caralhos for com as luzes da da Bandeira, né, do do orgulho.
E aí aí chega dia primeiro de julho, apaga tudo.
Foda se você entendeu, é, é isso.
É, são formas. É muito fácil.
É. Exato.
(33:34):
É muito fácil abraçar uma causa e no final, abraçar de verdade
e. E aí a gente tem 2 caminhos
para. Essa discussão vai levar, né?
Um que a Pierre já tocou aqui, que é a questão do problema de
ser refém de plataforma. Plataforma tem dono.
Ao ter dono, ele vai ter o direito de escolher o que entra,
o que não entra. A gente já vê isso com as
(33:57):
streamings, com com os canais destreaming que estão apagando
filmes, porque sim, porque é mais barato do que mantê Los em
termos de imposto. A gente está vendo aqui 11, caso
muito. Flagrante como esses medos que
são em parte justificáveis, elessão instrumentalizados?
(34:19):
É isso. Está lá na cartilha, né?
Do fascismo também. Mas como esses medos, eles são
instrumentalizados por um grupo muito seleto de pessoas com
objetivos, com agendas muito maiores do que isso.
Com certeza isso não vai parar no seu joguinho de videogame.
Isso não vai parar no seu livrinho hot picante, isso vai
(34:41):
se seguir até enfim, né? E assim até no contexto da
internet, né? Você tem a sex Wars, mas mesmo
no contexto da internet, você não é a primeira vez.
Em 2011, rolou um fenômeno chamado Ed apocalipse, que foi o
seguinte, o YouTube resolveu desmonetizar em massa vídeos com
conteúdos not sweet of forwork. Então foi.
(35:02):
Eu não lembro exatamente qual foi o fenômeno, né?
Que gatilhou. Isso, mas teve a ver com
queixas, né? Com denúncias em massa de
conteúdos que estavam sendo monetizados na plataforma, que
seriam inadequados. E quando eles fizeram essa
desmonetização em massa, eles aplicaram ali um filtro
automatizado e eles desmonetizaram vários canais.
(35:22):
De pessoas queer, vários. E não eram canais que tinham
necessariamente conteúdo sexual.Eram canais muitas vezes tipo
vlogs, né? Pensa que 2011 lá era o áudio do
vlog? Então eram canais de pessoas
LGBTQIAPN, mais falando, é das suas vidas, contando de questões
cotidianas, fazendo um vlog e abordando questões da sua
(35:43):
sexualidade que fazem parte das suas vidas, das suas
experiências. Nesses canais.
E eles foram desmonetizados em massa.
E foi assim, gente, um barata voa, enfim.
Depois, eventualmente o YouTube voltou atrás na decisão, mas
essa qualquer livro que vocês pegarem aí de história da
plataformização vai citar esse evento como um momento canônico,
em que as pessoas se deram contade que, ao botar conteúdo em
(36:05):
plataforma, elas estão vulneráveis, né?
Isso foi em 2011, a gente está em 2025.
E a gente está ainda mais ou menos no mesmo patamar quando em
2021 a tuíte cortou a monetização geral, né?
Diminuiu em 2/3 a monetização dos youtubers, dos streamers
brasileiros ao mudar as regras para repasse, né?
(36:27):
Do do conteúdo da Plata de dinheiro, né?
Da plataforma de conteúdo de assinantes e tal.
Foi a mesma coisa, né? Muitos streamers largaram as
suas carreiras ali, isso foi 2021, isso é recente, né?
Então eu acho que a gente precisa começar a olhar para
esses processos. Da da história da
plataformização. Dá para dizer que, assim o
lançamento do YouTube foi em 2007, se eu não me engano, em
(36:47):
que a primeira grande plataformaaí que a gente tem de produção
de conteúdo gerado por usuários,então dá para dizer que a gente
já teve alguns episódios importantes para acender um
alerta. Só que agora, né?
Isso está envolvendo inclusive as plataformas de pagamento.
Que antes desses casos ficavam muito circunscritos à plataforma
em si, né? Então muda uma regra de
(37:08):
monetização, desmonetizar um canal arbitrariamente, né?
Nenhuma plataforma é muito transparente em relação a
políticas de moderação. Eu tenho um estudo que eu fiz,
que eu apresentei no Congresso da digra Brasil.
No último que teve, fiz junto com o meu colega Guilherme
Vieira, que a gente leu detalhadamente as regras do lol,
(37:28):
da tuíte e de alguns campeonatosde lol para entender como que
eram as políticas deles para streaming.
E gente, é só termo vago. Os termos são assim, não pode
conteúdo inadequado que que é inadequado teu coração disso não
pode conteúdo de Na Na, na tuíte.
Tem uma regra que não pode conteúdo de insinuação sexual,
né? Ou exibição, né?
(37:49):
Nudez insinuante. E aí eles começaram a derrubar a
menina que estava fazendo streaming de alcinha de top de
ginástica, porque há roupas insinuantes às vezes.
O que é curioso, porque uma coisa que bombou muito na
Twitch, eu nem sei como está isso hoje em dia porque, mas
lembra que tinha aquele aquela categoria de banheira 11 tempo
atrás? Posso dar dados de pesquisadora
(38:11):
tem? Por favor, eu fiz.
Essa checagem recentemente aindaexiste, mas aí OA Twitch mudou
as regras também, né? Passou.
Não é mais indexado na busca principal.
Para você ter acesso a esse tipode conteúdo, você tem que buscar
especificamente por ele. Mas ele ainda é permitido?
Ele ainda é permitido, mas com isso ele ficou tão lixado que
acabou que meio que morreu. Está bem caído.
(38:31):
Se vocês entrarem na tag. Agora tem.
Não tem tanta gente produzindo porque assim, o que que
acontece? O que que era interessante para
as produtoras de conteúdo adulto, a visibilidade da Twitch
é a possibilidade de alcançar umpúblico que não estava nas
plataformas de caming, né? Que são as plataformas em que
elas fazem Lives já com conteúdosexual.
A partir do momento em que elas são desindexadas, que a pessoa
(38:53):
tem que buscar especificamente mais vagajoso para elas estarem
numa plataforma de caming, porque o público de nicho delas
já está lá, então? Tá, faz bastante sentido.
Mas é isso, gente. Eu acho que já deu para entender
como plataforma funciona. Assim, acho que a galera tem que
começar a se ligar. A gente tem que começar a
combater esses monstrinhos aí, sabe?
(39:13):
Não dá para ficar na mão de big tech.
E o outro ponto que a gente podefalar daí também é que ao ficar
refém para poder movimentar meu dinheiro, nossa, a gente precisa
de uma alternativa que seja estatal.
Ao colossalve daí a. Ó o Pix chegando.
Olha o Pix chegando, gente assimó, o soberano, eu falo soberano,
(39:34):
eu eu falo, a gente está falandoaqui brincando.
Mas em termos de movimentação financeira e de Liberdade de
movimentação financeira, o Pixelé incrível.
Com certeza. Incrível, entendeu?
Ele facilitou uma parada que já existia, que era a questão da
transferência bancária. Só que assim, agora é.
Ela está muito mais presente em todos os lugares.
(39:55):
A gente também já tinha 11. Outra coisa que funcionava
também quero. Boleto bancário uhum que tinha
ali suas ressalvas. Alguns sites de compra, eles
cobravam a parte de emissão do boleto.
Cobram ainda e tal uhum. Mas é o tipo de coisa que
permite você movimentar dinheiro, fazer pagamentos.
Sem ter um cartão de crédito? Sim, basta você ter uma conta em
banco ou você tem o dinheiro vivo, você consegue pagar isso
(40:18):
numa, numa fisicamente, numa agência, numa lotérica, coisa do
tipo. E o Pix?
Ele facilitou muito essa parte dessa outra movimentação que
acontecia muito presencialmente,né?
Hoje mesmo pessoas que historicamente já é, é só
andavam com dinheiro físico, né?Sacava ali sua aposentadoria, às
vezes seu salário mesmo, preferia andar com dinheiro
físico porque não tinha cartão de crédito, né, nem de débito,
(40:39):
porque está com nome sujo ou qualquer coisa, hoje todo.
Todas essas pessoas movimentam esse dinheiro por Pix sim, né?
Não é fazendo propaganda nossa, mas fazendo propaganda nossa.
Aqui nos Estados Unidos não tem isso.
Eles têm ferramentas semelhantesque são todas ligadas à
plataformas privadas de pagamento.
Ou seja, existe aqui OOA gente usa aqui OZLO banco onde a gente
(41:01):
tem conta é cadastrado nessa plataforma.
Mas tem outra plataforma que é muito mais que que eu acho que
pode ser muito mais familiar, que é o vemo.
O banco não tem este banco, não tem?
Então a gente foi mandar uma grana para dividir a conta do
restaurante para um colega e a gente mandou para o zélio,
porque, enfim, é, era o que a gente tinha.
Aí ele foi e disse, Ah, eu não tenho isso aqui, mas o meu banco
(41:22):
tem. Então quando chegar em casa eu
vou fazer o cadastro. E vou fazer pessoas que moram na
mesma cidade não podem. Pois é, né?
Transferir dinheiro de maneira livre.
E um outro ponto que eu acho também que é claro que essa
transferência facilitada, assim,causada pelo Pix, ela pode
incorrer em vários erros. Você não olha direito os dados
da pessoa e tal, mas sempre que você coloca a chave, aparecem os
(41:44):
dados, o nome completo, um pedacinho do CPF, confirma a
conta para onde você está indo essas plataformas aqui, como vem
moisele não tem, você manda o dinheiro.
Rezando para esperto porque podenão usar e o dinheiro não vai
voltar para sua conta. Eu não tenho psicológico.
Eu chamando o Pix, conferindo 1000 vezes assim, AI tá certo,
(42:04):
tá certo, digitei certo. Não botei 10 a mais.
Pois é, mas assim eu já sabia antes, né?
De dessa temporada aqui nos Estados Unidos, que o Brasil
tinha um sistema bancário muito robusto que fazia frente a
diversos outros países. E eu estou vivenciando isso
aqui. E.
Realmente tem que ser soberania nacional.
Eu ainda acho que existe um outro fator, não só de concordo
(42:27):
plenamente com tudo que vocês falaram, mas o que me preocupa
mesmo dentro desse discurso é o que está por trás dessa, desse
discurso, dessas cartas endereçadas aos CEOs, essas
companhias. Que aí eu acho que é uma, é uma
questão mais religiosa, sabe do que qualquer outra coisa.
(42:49):
Fascismo? Exato, está atrás.
É sempre fascismo. Exato.
O que está por trás do fascismo?Eu acho que é menos religião.
Eu acho que a religião é muito mais uma Bandeira em uma maneira
de você arregimentar os medos. Isso mesmo.
Entendeu AI porque isso não é coisa de Deus, AI porque.
Sabe, eu acho que é uma, é um gancho.
É o é o é o conservadorismo em si, né?
(43:12):
Independente. De religião?
Né? Principal, que é uma palavra que
virou só um som também, né? As pessoas vão falando como se
fosse nada assim, do tipo eu. Sempre lembro da eu, sempre
lembro daquela daquele trecho doda entrevista, acho que é na
roda viva, se eu não me engano, com a Fernanda Torres.
A jovem Fernanda Torres. É com a jovem Fernanda Torres,
(43:33):
eu acho que é o Serginho Groisman que pergunta Pra Ela
assim. Você tem preconceito com alguma
coisa? A Mariana falar é crente.
EE, é um pouco isso, sabe? Porque assim, cara, é, eu acho
um absurdo. Aí nós estamos no ano de 2025,
enquanto gravamos esse podcast etem assim grandes.
(43:53):
Organizações querendo a defesa das crianças, defender o os
vulneráveis, né? As pessoas que passaram por
situações de de estupro, abuso, abuso sexual e por aí vai.
Como nós vamos combater isso? Vamos tirar OGTA da Steam?
A serial. Vai resolver, velho, sabe, não
é? Assim não entende a criança.
Ela é sempre mobilizada. É isso.
(44:15):
É uma coisa assim que se vocês forem ler, sei lá, literatura de
teoria queer clássica, uhum pegar assim Lee Edelman, né?
No Future? Ele vai fazer, ele vai falar do
negativismo, ele vai falar que oqueer ele é condenado pela
sociedade porque ele ataca a perspectiva de futuro, que está
justamente na questão de geraçãode crianças, né não que ele a
(44:36):
existência das pessoas queer, ataquem não é isso, é a forma
que é colocada pela sociedade. Porque OA visão conservadora,
ela prevê o trabalho reprodutivo, né?
A ideia de que você tem que gerar bons cidadãos para
trabalharem para o sistema. Então isso passa pela pressão
das mulheres héteros terem filhos, a também a condenação
(44:57):
dos casais não héteros ou não normativos de alguma forma,
famílias não tradicionais por não gerarem crianças, né?
Então tem isso e a ideia de mobilizar a infância, gente, ela
é historicamente, por exemplo, opânico moral que eu citei aqui,
o satanick pendrik, né? Não é a toa que o livro mais
famoso sobre, né, se chama o we believe the Children, né?
Nós acreditamos na nas crianças.E aí eu eu acho esse livro muito
(45:21):
bom. Inclusive eu vou reforçar a
recomendação dele aqui, porque ele descreve como foram criados
métodos de de interrogatório comcrianças para produção de
memórias para que elas acusassempessoas levianamente de abuso, o
que é um absurdo, porque abuso infantil é uma realidade.
Ele existe sim, né? E quando você distorce, né,
esses casos para gerar, né? A partir de interesses
(45:44):
políticos, né, para gerar acusações contra pessoas que são
inocentes. Você está inclusive,
desrespeitando profundamente umarealidade que vai existir
justamente com mais frequência em lares tradicionais, com
modelos de famílias mais normativas, né?
Mas a infância, ela é historicamente mobilizada pra
isso. E aí fica difícil de combater,
né, gente? Vocês já tentaram discutir com o
(46:05):
conservador da internet, não é? Eles geralmente vão te chamar de
pedófilo. Eu já tentei discutir com
conservador ao vivo, não, não deu bom.
Não dá? Não dá?
E eu achei lindo nisso. A Gana.
Pegando agora o assunto da semana, por exemplo, eu gostei
muito. Todo mundo já deve ter visto
aqui o famigerado vídeo do felkasobre adultos.
Ação. Quem não viu?
Veja. Mas um ponto que ele toca que é
(46:26):
bem interessante, que é bem no final, que eu acho que teve
pessoas que nem viram, porque depois que o vídeo formalmente
acaba, é que ele conta que ele está processando várias pessoas
que acusaram ele de pedofilia, porque ele estava seguindo algum
dos perfis que ele denuncia. É durante a apuração, né?
E ele fala uma frase que é muitoboa, né?
Ele fala, quem ganha mais quandoa pedofilia é banalizada é.
(46:48):
Pedófilos é só as pessoas que cometem abuso quando as
crianças, né? Que ganham com a banalização
desse termo. Isso tem sido muito potente para
mobilizar conservadorismo. Você vai questionar o movimento
que nem o colective shalt você tem.
Tenha certeza que você vai ser acusado de promover a violência
contra a mulher e abuso de criança sim, mesmo que elas
(47:09):
estejam aí bem loucas, praticando censura da pior
forma. Por outro lado, a gente teve que
ficar meses ouvindo argumento imbecil sobre.
Idiota do Leo Lins, né? Criminoso do Leo Lins, que as
pessoas falando aí, todo mundo era contra a censura.
Eu acho incrível, né? Os meus conservadores AI, mas
ele só contou uma piada, né? E gente, crime é crime.
(47:32):
Crime é crime. Piada não AI.
É, você tá querendo dizer então que sei lá, desde que o racismo
seja piada, há uma brecha legal pra você cometer racismo, né?
Não, né? Isso é ridículo, né?
Quando você coloca nos termos que é.
Então, assim, é uma volta. Eu concordo com você, Rodrigo,
porque se há representação, por exemplo, de abuso, apologia a
abuso, o conteúdo é criminoso. Já, já existe legislação que
(47:55):
contempla isso, né? A responsabilidade da plataforma
moderar, né? Exato.
Agora, se não há, ou o conteúdo é criminoso ou não é, gente, não
tem meio assim, eu não entendo, sabe?
Não tem meio termo assim. É então é que AA minha
preocupação no final é é usar umdiscurso em em defesa da.
De uma coisa que, como a gente falou, tipo no começo, você vê a
(48:18):
coisa, você fala, nossa, é lindo, uma intenção muito boa.
É claro que todo mundo quer combater.
É qualquer forma de de abuso, né?
Com pessoas vulneráveis, com criança, é claro.
Ninguém vai querer ver um jogo numa plataforma que faz uma
apologia a isso. Claro que você vai ser contra,
mas o discurso começa a mudar porque vai atingir pessoas que
(48:38):
não tem absolutamente nada a ver.
E aí entra naquele. Nós já falamos agora no durante
o podcast quem são as pessoas que vão se ferrar sem ter culpa
de absolutamente nada? As pessoas estão desenvolvendo
jogos, expressando, é se expressando através desses jogos
e assim não tem absolutamente nada a ver com uma situação de
(48:59):
de abuso, né? De de estupro, qualquer coisa do
tipo em alguns jogos, como a própria Helena citou, né, que
que que foi inclusive, né? Uma das coisas que eles.
Foram a favor de então, melhor que eles foram contra, né?
OOO, jogo que foi o Detroit, né?É um jogo que ele mostra uma
situação que assim ele ele servejustamente para enfatizar, se
(49:21):
fosse assim, o life is Strange jamais deveria ter sido lançado,
sabe? Entende?
Ficção é ficção. Você pode estar retratando
inclusive um personagem sendo umescroto.
Sim, exatamente, e a gente tem. Diversas obras aí no cinema, na
literatura, que fala justamente sobre isso.
Vamos proibir essas obras que que inclusive estão é
conscientizando as pessoas dessasituação, sabe?
(49:44):
Então no final vira um discurso que acaba indo contra uma
comunidade que que já é marginalizada e aí acaba ficando
ainda mais, né? Novo gente, eu tenho uma
preguiça. É o mesmo debate de quando saiu
o psicopata americano nos anos 80.
Assim aconteceu livro, teve umasfeministas que ficaram AI tá, o
livro é absurdo porque ele é violento, porque ele narra em
(50:05):
primeira pessoa os assassinatos,tá, mas era uma obra literária
ficcional que tinha essa ideia mesmo, né?
Ela, aí você pode ter uma questões de Bom Gosto, você pode
fazer uma crítica literária falando que o livro é de mau
gosto, que o livro estilisticamente, é
sensacionalista, tudo bem. Né, discordo, mas acho que é uma
crítica super cabível, né? Ao que o livro é, o filme tem
uma ironia um pouco mais rasgadaque o livro, né?
(50:27):
Então acho que o filme dá uma atenuada nisso.
Mas você vai proibir que essa história exista, sabe?
Ou o que que você então, eu nunca mais vou poder escrever
sobre um personagem filho da puta em primeira pessoa.
Exato, eu acho. Eu acho que a gente pode resumir
assim AA ideia de que tipo a expressão artística, ela não
deve ser censurada porque ela meincomoda.
(50:47):
Exatamente. Eu tenho todas.
Todo o direito do mundo de não querer ler, de não querer
assistir, de não querer AA ter contato com mídias que lidem com
estupro, por exemplo, é um direito meu.
Assim como é uma obrigação minhafazer esse filtro, sim, sabe?
(51:08):
Eu não tenho nenhum direito de chegar e dizer, fulano, você, eu
não gosto disso aqui, eu vou derrubar isso aqui.
Isso tem que ser queimado, isso tem que ser censurado.
Não é assim que as coisas funcionam, né?
Não. E eu acho que a gente vai ter
que começar a lidar. Agora, o momento da autocrítica
da esquerda? É, é.
Era difícil, viu, gente? Não nem sei se da esquerda, né?
(51:30):
Porque eu tenho questões também com esses nomes, né?
Porque às vezes a gente chama deesquerda.
Só você compartilhar um meme mais progressista assim.
Isso não quer dizer que você está não mobilizando
politicamente. Olha.
Só mas, mas a autocrítica? É autocrítica?
A autocrítica é porque virou umacoisa meio de performance, né?
Que enfim. Cabe debate, mas a autocrítica é
o seguinte, a gente tá agora, né?
(51:50):
Completando 10 anos, aí talvez um pouco mais o gamer Gate foi
em 2014, então que foi o grande catalisador dessas discussões,
né? Então a gente tá completando aí
10 anos de uma abertura para o debate, principalmente no campo
das mídias sociais, para o debate público sobre problemas
de representação, né? Então, problemas de
representação de gênero, problemas de representação de
(52:12):
minoria. E a gente desenvolveu um
vocabulário pra falar desses problemas, que ele tem sido
constantemente cooptado de uma maneira muito superficial, que
é, por exemplo, exemplos do meu cotidiano de professor.
Até porque eu vejo muito isso, né?
É, a gente discute muito a questão do abuso, do assédio, de
como ele acontecia, né? Nas mídias, muitas vezes, pela
própria cultura do estupro, de formas que não eram
(52:34):
identificadas tão claramente logo de cara.
Mas aí eu já vi acontecer, por exemplo, queixas, né, de
estudantes meus. Chegarem e falar aí, professora,
estou muito chateada porque um professor passou um filme x na
sala de aula, porque esse filme tem uma cena que eu me senti
desrespeitado, porque tem uma cena violenta, né?
Uma cena que pudesse ser um tipode gatilho e tal.
(52:55):
Ah, eu senti que teve algumas pessoas, eu me senti agredido,
eu fui agredido e assim, não é porque você se sentiu
desconfortável, porque você foi agredido, você foi agredido,
exatamente isso. São coisas diferentes.
Eu já vi queixas também, né, de,por exemplo, os estudantes
falarem, AI, tal pessoa me falouuma coisa e me me repetiu o que
a pessoa falou. E isso eu não gostei.
(53:17):
E eu sou uma pessoa de uma minoria x, então eu achei que
ela expressou um preconceito contra a minoria.
Qual pertence? E não era, claramente não era.
Mas porque a pessoa tinha uma questão de se sentir
marginalizada, que era muito justa, inclusive, mas que ela
estava num processo dela, absorvendo as coisas que estavam
acontecendo sempre por esse viés, né?
(53:39):
Então, às vezes era uma crítica muito, né?
Nesse caso, era uma crítica muito objetiva a um trabalho que
ela tinha feito em grupo E uma das pessoas não tinha gostado do
desempenho dela e ela já tomou como Ah, mas se eu não fosse uma
pessoa dessa minoria, eu duvido que ele teria falado isso para
mim. Então, assim, esses problemas
existem. E a gente tem medo de falar
deles, porque a gente tem medo muitas vezes de tá dando mundo e
são para o outro lado, né, que as pessoas dizem assim, do tipo
(54:01):
isso faz parte também da minha realidade do pesquisador.
É que eu tenho que aprender, às vezes empatizar com o lado que
é, entre muitas aspas, do meu inimigo, né, gente?
Eu leio, eu fiz pesquisa sobre desinformação, eu li, as piores
são, disse que vocês podem imaginar fazer um exercício
interpretativo de tentar entender o ponto de vista das
pessoas que expressavam que elassão, disse, né?
E é isso. Tem coisas que às vezes a gente
(54:23):
precisa reconhecer que elas partem de um de uma raiz na
realidade e vão se perdendo ali pelo caminho, né?
Uma clássica, por exemplo, é a galera antivax falando que a
vacina era uma trama da indústria farmacêutica, né?
A indústria farmacêutica não é uma assim, uma entidade muito
legal mesmo, né? Ela não é inocente, não é
completamente delirante tu ter um pouquinho de desconfiança da
(54:45):
indústria farmacêutica. É que ali naquele contexto
realmente, né, houve um exagero,houve teorias ou conspirações.
Então, eu acho que não é delirante dizer que movimentos
sociais são cooptados ou que o vocabulário dos movimentos
sociais são cooptados pra coisasmuito ruins.
A gente precisa perder o medo defalar isso, né?
Porque a gente não está fortalecendo o outro lado.
(55:08):
Quando a gente fala isso, a gente inclusive, está criando
oportunidades de diálogo, né? Com Kate?
Então, quem não estiver com a cabeça completamente enfiada na
bunda, né, gente que a gente sabe que tem gente que está
lendo. É que infelizmente, na pauta de
hoje eu sinto que essas pessoas estão, sabe?
Então? Mas aí também tem uma má fé que
assim a cooptação acontece dos 2lados aham.
(55:29):
A cooptação pode acontecer de uma forma ingênua.
Do tipo, eu fiquei desconfortável com uma coisa que
eu ouvi na aula, vou lá falar para coordenadora de curso que
eu fui discriminado, aham, porque eu quero que aquela
pessoa esteja. Isso é uma computação que eu
acho que ela às vezes é até um pouco inocente, porque quando
você conversa com a pessoa, ela até mesmo concorda contigo que
não é sobre isso. Mas tem uma computação que ela é
muito calculada. Exatamente.
Por exemplo, tu pegar políticos de Extrema direita que são
(55:52):
notoriamente contra a regulamentação das redes, vendo
o vídeo do felke falando, que horror.
Precisamos proteger as crianças.Eu tenho certeza que o jeito
deles de proteger as crianças eunão.
Não vou gostar. Não é não vai ser proteger
lamentando as redes e não vai proteger ninguém.
Né? Então, e é isso, gente, você
cria um espantalho, né? Não que a pornografia não seja
(56:14):
um problema, mas a pornografia não é o problema causador dessas
coisas que elas estão tentando. E assim, agora também vou.
Vou fazer uma formação ousada que sexualização não é um
problema, tá, gente? E objetificação.
São tendências culturais limitantes, são coisas que a
gente tem que, mas não é uma coisa para você combater com o
movimento social, se não tu vai começar a sair com tocha para
(56:36):
tudo que eu falei, AI, nossa, aquela personagem parece meio
vagabunda, vou lá, qual é? Daqui a pouco tá todo mundo
assim, nossa, aquela menina tá andando de decote, né?
Ela está sexualizando mulheres, ela é minha inimiga assim, então
assim, perdão aí pessoas que podem achar alguma coisa, mas eu
como a feminista, né? Pesquisadora em feminismo.
(56:57):
Eu não acho que a gente pode tratar a objetificação e
sexualização no campo do problema social.
Eles não são, é outra coisa. É, isso não quer dizer que é
legal pra caramba também, mas não faz sentido assim, senão
daqui a pouco é isso. Você vai criar um movimento
contra mulheres que não são muito femininas.
Já está rolando, né? Já está rolando, já está.
Rolando como uma extensão antitrans é exato, entendeu?
(57:19):
Mulheres que não performam a feminilidade de acordo com
certos padrões. Vou dar um exemplo muito, muito
prático assim. A mulher de cabelo curto, mais
forte, que vai no banheiro e a outra pessoa acha que é um
homem, isso acontece, acontece. Isso que a gente gostaria de ver
por aí, sabe? É ontem eu li um caso no the
guard. É um pavoroso, uma moça que ela
(57:40):
fez. Ela teve a Felicidade de
descobrir um câncer de mama em estágios iniciais.
Ela fez uma mastectomia dupla e não precisa fazer nenhum
tratamento adicional. Não se preocupou mais com isso
também. Mas ela estava se trocando no
vestiário, num clube de uma piscina que ela frequenta, e uma
mulher começou a gritar com ela no vestiário porque ela estava
com um top de ginástica. Não é um top tipo de biquíni e
(58:01):
ela não, né? Não tem.
Ela retirou as mamas, né? E essa mulher começou a gritar
com ela porque, Ah, é um homem no banheiro, tal, porque era uma
mulher que não. Que. 5 horrível, você acha que
uma pessoa tem que passar por isso, assim, do tipo?
Claro que não. E ela?
Ainda dá entrevista, uma Diva assim.
Ela ainda deu entrevista falando, Ah, eu levo isso bem
porque poxa, né, já eu já passeipor tudo isso, eu estou bem e
(58:22):
tal, mas se eu fosse uma pessoa mais sensível, eu poderia ter
ficado mal. Nossa, e é esse tipo de coisa
que está acontecendo, sabe? Então é tão perigoso, é o que eu
objetificação e sexualização nãoé pauta.
Para esse tipo de isso é pauta para discussões de
representação, né? Exatamente, pode achar que
problemas curso para você fazer análise é.
(58:46):
É pauta para essas coisas? Sim.
Mas dizer que isso é um problemasocial, que isso tem que ser
combatido com o movimento social, para mim é uma
instrumentalização muito de má fé.
Ela é muito calculada. Ela não é só burrice.
Ela cota pessoas que não estão pensando muito bem, que não
estão pensando muito além. Mas ela não é iniciada de
(59:07):
maneira ingênua. Tem que pensar sempre na
extrapolação, qual que vai ser aextrapolação disso?
Vai ser a galera olhando para tua cara na rua E falando assim,
AI, acho que tu tá muito sexualizada, desce aí essa saia
3 pau para baixo do joelho, sabe?
Fecha aí o botão. A gente não pode chegar nesse
nível, né? Que que está acontecendo, né?
Então é é isso que você falou, Rodrigo, acho que até uma coisa
(59:28):
do conservadorismo que não é necessariamente religioso.
Mas é, é bem complicado. E hoje é.
Hoje é um joguinho farry. Amanhã é o cumprimento da tua
saia, é o tamanho da tua blusa, entendeu?
Não deixem que a censura apague esses jogos, sabe?
Tem uma galera aí fazendo um Monte de jogo, trazendo
(59:50):
discussões super importantes e interessantes para nossa para
nós, como sociedade e assim a asplataformas estão preferindo a.
Apagar entre aspas aqui tentandoapagar esses jogos.
E apagar as pessoas que nos fazem?
E é exato. É o apagamento das pessoas, dos
desenvolvedores, dos artistas envolvidos, sabe?
(01:00:11):
É todo um trabalho. Não só isso, né?
Estão, é, é muita coisa. É muito trabalho envolvido.
Essas pessoas estão aí. Criando, né?
Produzindo EE, uma plataforma. Um Belo dia viria e falar assim,
poxa, né, não estamos conseguindo receber dinheiro
aqui pela plataforma porque os caras são contra.
O são contra você. Hoje são populações vulneráveis
(01:00:32):
que talvez você, ouvinte, não seinclua, mas amanhã você vai
passar o seu cartão. E aí você porque você quer
comprar um Labo bu falso na Paulista e ainda vai passar?
Porque aí a operadora de créditovai falar, não, você não pode
comprar Labo bu falso, você não pode.
Alugar, ô, gente, vamos ser sincero, a gente não precisa ir
muito longe. Nós temos um podcast publicado
em várias plataformas. Se essas plataformas amanhã
(01:00:54):
virarem e falar assim, OPA, a gente está tirando todo o
conteúdo que tem algum tipo de apoio para essas comunidades.
Ades, acabou? Acabou para nós.
Onde que vão ouvir? Sabe, pode acontecer.
Isso é muito longe e. Imagina esse nível de controle
dos seus pagamentos assim, do tipo Ah, sei lá, vou comprar um
doce. Aí o seu cartão trava, porque
não, você já comeu muito doce essa semana.
(01:01:14):
O seu Mastercard não vai deixar mais que você faça.
Mas é isso, a gente tem que começar a pensar nos cenários
meio distópicos gente, porque? Pra pra fazer o ponto, entendeu?
Pra que as pessoas conseguem enxergar o problema pelo que ele
é? Sim e não está tão longe que
desculpe falar dos doidinhos de plantão assim, mas quando teve
(01:01:35):
lá as sanções ao Alexandre de Moraes, né?
Que que o Trump tem pensado muito nele ultimamente.
Eu cheguei a ver posts de bolsonaristas falando assim, Ah,
isso é muito bom, porque agora, quando ele pegar um Uber, que é
uma plataforma Americana, o governo americano vai saber
quando ele tentar comprar algumacoisa.
Se ele tentar ir no McDonald's, o governo americano vai saber e
(01:01:56):
aí ele vai ser eles vão, as empresas vão ser punidas,
ninguém vai vender nada para então assim as pessoas, os
fascistas já estão fantasiando. Com o controle social por meio
de plataforma. E é muito curioso porque assim
eu consigo imaginar o Xandão pegando um Uber, mas eu não
consigo imaginar o Xandão ainda no McDonald's, o cara na moral.
Eu acho que depois do jogo do Corinthians ele vai sim, tá?
(01:02:18):
Não vai? Dá.
Ele vai comer o pernil na porta do estádio.
Tá louco? Qualquer pessoa em sã
consciência faria isso. E eu nem estou defendendo ele,
Hein? Produto, 100% nacional.
Exato. Mas é verdade.
Pago via Pix inclusive. Pagando via Pix um produto 100%
nacional, vocês têm razão. É isso, pagando via Pix ainda
por cima. Bom, a gente falou bastante e eu
(01:02:42):
vou dizer que eu acho que falamos e a gente não vai
conseguir chegar numa solução para esse problema.
É você que chegou até aqui, você.
Também não vai ter uma solução para esse problema.
E a gente só torce para que pelomenos esses jogos voltem.
As plataformas, essas companhiasde pagamento, elas tomem
vergonha na cara, mas a gente acha difícil.
(01:03:03):
Se você puder encher o saco dessas plataformas, né?
Está aí, com tempo livre tem. Tem aí recursos, disposição,
gente, enchem o saco, pressionemTIO, pressionem as plataformas
de pagamento, botem o Vampeta lána caixa de mensagem deles,
entendeu? Mandem OE mail, fiquem ligando.
Às vezes você tá aí na sua casa,né?
(01:03:24):
Como diz o choque de cultura entre oportunidades de emprego,
aí com bom tempo livre, você pode ficar e ligando fazendo um
boot para explorar mensagem. Porque assim realmente
impressione os seus políticos, seus representantes nos órgãos
legislativos pela reregularização das plataformas,
essa pauta é urgente. Isso vai muito além do de
(01:03:46):
consumo de mídias em redes sociais.
Hoje em dia, todas as instânciasda nossa vida estão mediadas por
plataformas, né? O deslocamento urbano está
mediado por plataformas, serviços de entrega estão
mediados por plataformas serviços financeiros.
Alô contabilizei se milhares, né?
Estão mediados por plataforma. Moradia, né?
(01:04:07):
Aluguel está mediado por plataforma.
Então, assim, a gente está caminhando para o mundinho de
blade Runner. E não é do jeito legal.
E não é do jeito legal, cadê o meu?
Neon. Exato, e o guarda chuva?
Que acende, sabe? Eu quero andar de sobretudo, eu
quero carro voador, eu quero replicante.
É isso? A gente está vivendo no
cyberpunk e a moda é clean girl e Gloss marrom, entendeu?
(01:04:31):
Isso é um insulto. Enfim, isso é um assunto muito
caro para mim. Minha tese que eu entreguei
agora lida com plataformização. Isso eu acho que é a pauta mais
urgente da realidade, assim da da contemporaneidade, é, a gente
tem que agora bater muito firme nessas plataformas, cobrar
regularização, porque isso está ameaçando a nossa viva, o nosso
convívio social, a nossa moradia, o nosso emprego, o
(01:04:53):
nosso acesso aos sistemas de saúde que também já estão
plataformizados, né? Muitos deles então a serviços
financeiros, então. Temos que nos ligar o quanto
antes, porque a coisa vai ser muito feia se a gente deixar
todas as instâncias da nossa vida, do nosso bem-estar, na mão
de plataforma. Sim, eu IA falar que o buraco
era muito mais embaixo. Hoje é o nosso entretenimento,
(01:05:14):
amanhã é tudo isso, como a Bia disse.
Mas não é nem amanhã, é tudo hoje, já tudo hoje.
Exato, é o buraco é muito, muitomais embaixo.
E olha, eu vou falar uma coisa, tá rolando sim. 11 organização,
pelo menos eu vi, eu vi no blue Sky, mas eu sei que acho que no
Twitter tá rolando, apesar de eudesencorajar todo mundo a usar o
Twitter, tem nas redes um pessoal que tá assim se
(01:05:34):
mobilizando e isso na gringa tá lá fora se mobilizando.
É entrar em contato com as empresas pra questionar e eu
acho é um é um movimento muito bacana.
Porque a gente não pode deixar esse discurso colar nesses
sistemas de pagamento, porque táprejudicando muita gente.
A gente não tem acesso a esse tipo de coisa.
Então, assim, fiquem de olho, vamos torcer para que essa
(01:05:55):
situação se reverta. E outra coisa que eu acho que é
muito importante, né? A gente finalizar, não seja
babaca, não seja não saia xingando e ameaçando essas
pessoas que estão fazendo. É essas cartas abertas, porque
obviamente vai ter maluco lá desejando as.
Piores atrocidades para essas pessoas e não é assim que se
(01:06:15):
combate. É usando o Vampeta, você acha?
Uma não, não, eu, eu não. Sei se vale a pena.
Eu não sei. É que é que o Vampeta é
engraçado pra caralho, né, Mano?Porra, é.
É muito bom. Cara, é brasilidade.
Mas enfim, brasilidade. Mas enfim, é isso daí.
E claro que você que está ouvindo, você sabe que a gente
adora bater papo com vocês, então já sabe onde encontrar a
(01:06:37):
gente. Nós estamos no bluescay, nós
estamos no Instagram, nós estamos no TikTok, tem live
voltando aí, porque eu conheço um certo menino que quebrou o
braço, que tá falando que IA voltar a fazer live, então você
sabe onde encontrar a gente, é só procurar bônus stage nas
redes ou bônus stage BR, você vai encontrar gente e a gente
adora bater papo com vocês. Bia e a Alana, obrigado, mais
(01:06:58):
uma edição do bônus cast. Eu acho que isso particularmente
foi uma edição chine, né? Porque a gente brilhou nesse
discurso aí da a informação. Eu acho que é sempre muito legal
e, claro, Alana, por favor, falado dupla de 2.
Sim, então é um podcast de filho, né?
Do bônus stage a, no qual eu e oAndré caoro, a gente fala sobre
(01:07:19):
filmes e masculinidade, filmes de ação e representações de
masculinidade. E como é que aqueles personagens
extrapolam, é que valores estão sendo conversados ali naquele
filme, né? O nosso último foi sobre
robocop. Eu diria que eu não diria que
ele é shaine, mas ele é cromado.Demais.
Porque eu, eu? Eu tenho um orgulho em
particular daquele episódio, e onosso próximo vai ser sobre 48
(01:07:43):
horas, um filme com head Murphy.O André tinha me falado esse
filme, pelo menos até o momento.Ele está disponível no Netflix.
Bom saber e eu preciso assistir.Eu acho que ele não está aqui,
reprocurando ele. Não está não?
Que sacanagem aí, ó. Plataformização aí, ó bom, mas a
gente vai falar sobre isso. Nossa, você começa a falar de?
Plataforma não, não é isso. Podcast vai?
Durar 4 horas já estou. É, não vai durar 4 horas, já
(01:08:05):
estamos encerrando por aqui, masaí.
Vai tomar no mundo, porra. Eu tenho um ódio da mooby, cara.
Fica detirado das desculpa. É verdade, o Moby fala de um
filme clássico. Não tem, né, tipo?
Não tem, é? Nenhuma.
Tem porra nenhuma? Odeio a Prime, que sempre que eu
procuro um filme, fala, tem na Prime eu falei show eu não.
(01:08:25):
Tenho, tem para alugar. Você tem que assinar um outro.
Serviço eu só assinado e tal, eunão.
Quero assinar 200 serviços para ver um filme de 1 hora, tá
ligado? Eu só quero ver um filme droga.
Mas enfim, esse assunto podcast.Mas em breve tá aí, né?
O 48 horas aí do dupla de 2. Estou curioso, meninas, mais uma
(01:08:47):
vez, muito obrigado. E você que chegou até aqui,
ouvinte, muito obrigado também. A gente se vê no próximo bônus
cast, então. Beijo no teu coração.
Fique bem, se cuide, beba água eapoie a sua comunidade local.
Beijo, tchau. E vocês vão dar tchau, tchau.
Aê agora sim, tchau, pô.