Episode Transcript
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Alexia (00:00):
Oi oi pessoal e
bemvindos a mais episódio do
Carioca Connection. Meu nome éAlexia e eu estou aqui com o
Foster. Oi, Foster.
Foster (00:09):
Olá, Alexia. Oi, gente.
Tudo bem?
Alexia (00:13):
Tudo bem e com você?
Foster (00:14):
Está tudo ótimo.
Alexia (00:17):
Bom, hoje temos muito o
que falar.
Foster (00:21):
Sim, temos histórias
para contar.
Alexia (00:24):
Então
Foster (00:27):
Alexi, você quer começar
aonde? Vamos começar no começo?
Alexia (00:32):
Vamos começar pelo
começo. Está aí 1 boa expressão,
bem brasileira.
Foster (00:36):
Vamos começar pelo.
Então pode falar mais 1 vez?
Alexia (00:41):
Começar pelo começo.
Foster (00:42):
Começar pelo começo.
Alexia (00:45):
Bom, os últimos
episódios, é pra quem escutou, a
gente falou pouco sobre oapagão, né, que a gente teve em
Portugal, na Espanha, parte daFrança e Bélgica. E, e vocês,
pra quem escutou, sabem que euestava junto com meu pai no
hospital, no dia que ele estavalevando alta do hospital. E, pra
(01:09):
quem escutou, esses episódiostambém, vocês já sabem o
significa alta.
Foster (01:14):
É. Leva alta. O médico
tem o seu pai permissão luz
verde pra sair do hospital e
Alexia (01:23):
voltar pra casa.
Exatamente.
Foster (01:26):
Mas, no dia do apagão,
tá apagão? Do. Do apagão, foi só
dia só, 1 parte tão pequena, de1 história muito maior.
Alexia (01:39):
Nossa gente, isso tudo
começou em dezembro e janeiro.
Foster (01:44):
Sim, eu estava pensando
hoje hoje de manhã, antes de
gravar, os primeiros 2, até osos primeiros 4 episódios da
dessa temporada, do CariocaSecrection, falamos sobre o ano
passado, ano em retrospectiva,quais são nossos planos pro
(02:08):
2025? Nada, tá, nada aconteceudo jeito que a gente está, que a
gente está planejando.
Alexia (02:18):
Sim, sim. Bom, vamos lá.
Tudo começou quando meu pai, aos
79 anos, estava se sentindomuito cansado, assim, cansado
mesmo com, só de caminharpouquinho e ele sempre sentiu 1
dor no corpo muito grande, quetodos nós sempre relacionamos
(02:43):
com o estresse. É porque quemconhece o meu pai, faria essa
relação de 1 forma natural deansiedade, estresse, enfim. E
essa dor meio que começou afazer parte da vida dele de uns
5 anos pra cá.
Foster (03:03):
Posso falar só 1
notinha? Quando o Alex fala o
pai dela, o seu pai, o MarcoAntônio, porque quase todo mundo
já sabe porque ele já apareceuaqui no podcast mas 10 vezes.
Alexia (03:20):
Sim. E aí em dezembro do
ano passado, na verdade em
novembro do ano passado quandoeu estava nos Estados Unidos com
o Foster, ele passou mal mas denada relacionado a isso. E ele
conversando com a nossa queridavizinha, que é médica, disse que
ele estava com vontade devisitar cardiologista, porque
(03:44):
ele está se sentindo muitocansado, sempre. E ele nunca
tinha feito exame do coração navida inteira dele, nunca.
Foster (03:53):
Espera aí, 2 coisas, o
médico falou que ela estava com
vontade
Alexia (03:58):
Não, ele conversando com
a nossa vizinha que ele estava
com vontade de visitar ocardiologista.
Foster (04:08):
Então seu pai estava com
vontade? É? Ah entendi.
Alexia (04:11):
É isso.
Foster (04:12):
Porque ela nunca fez
essa exame de coração.
Alexia (04:14):
O que ele fez tinham
sido exames básicos na médica de
família aqui de Portugal, pelosistema público, que você sente,
senta, mede a pressão, vê queestá tudo bem Sim. Vai embora.
Foster (04:28):
Só isso.
Alexia (04:28):
É isso.
Foster (04:29):
Básico. A outra coisa
que eu ia falar é quando você
estava contando a história deseu pai passou mal em novembro
quando a gente estava nosEstados Unidos, também pode
escutar episódio sobre issoporque foi durante retiro de
mediação
Alexia (04:49):
Meu aniversário
Foster (04:50):
o aniversário da Alexia
então não lembro qual episódio
foi mas foi o meu episódio daimportada DAS do Careyoky
connection. Bom
Alexia (05:01):
e aí todo esse processo
começou, a gente foi numa médica
primeiro, que dentro do contextoque ela viu do meu pai, indicou
fazer exames de esforço, que sãoaqueles exames que você fica
todo ligado né, com fios eetcétera. E aí você tem que
(05:25):
correr numa esteira, fazerbicicleta e etcétera e eles
medem o seu coração, enquantovocê está fazendo esse esse
exame de esforço.
Foster (05:36):
Nossa eu tinha esquecido
totalmente isso, parece anos,
ano ano passado.
Alexia (05:43):
Também colocaram no meu
pai aquela maquininha que eu só
preciso ficar 24 horas, quequando a máquina treme, você tem
que parar o que você tem queestar fazendo. Eu não consigo
falar de tanto rir.
Foster (06:00):
Então essa é 1 história
muito boa, que vai ser muito
difícil, porque cada vez que agente pensa nessa história, Alex
você fica rindo tanto, eutambém. Então, Alex, começa bem
simples pra tentar explicar qualé a máquina e por que é tão
(06:22):
engraçada.
Alexia (06:23):
Eu não sei qual é a
máquina, sendo bem sincera, mas
é 1 máquina que
Foster (06:27):
É, mas você explica a
situação.
Alexia (06:29):
Que eles precisavam ter
a análise dos batimentos
cardíacos do meu pai por 24horas. E a única forma de você,
as 2 únicas formas de você fazerisso ou você interna a pessoa,
né? Que
Foster (06:46):
ele sempre ficar 24
horas no hospital.
Alexia (06:49):
É, o que não é o viável
ou você manda ela pra casa com
essa máquina. Só que o meu paisaiu dessa consulta e eu não
estava com ele, dessa vez. Com amáquina, direitinho, no braço
dele, ligada ao coração esegundo ele era 1 coisa pesada
assim, chata de ficar carregandoe você tem que usar 24 horas ou
(07:13):
seja, tem que dormir com ela,você tem que tomar banho com
ela. Só que ele entendeu quequando a máquina tremesse, ele
tinha que parar literalmenteparar no meio da rua, ou o que
ele estivesse fazendo e esperarparar de tremer e continuar com
(07:34):
a vida. E na verdade não, vocênão precisava parar
completamente era só você, émeio que
Foster (07:42):
Toma, acalmada.
Alexia (07:44):
Acalmada, 1 coisa assim.
Então o meu pai saindo do
hospital com essa máquina, essamáquina começou a tremer, né?
Claro, assim que você colocaSim. A cada meia hora
Foster (07:56):
que ele sempre ia tremer
quando a máquina faz os pra
fazer as medidas.
Alexia (08:03):
É. Ele perdeu 3 Ubers
nessa história, porque ele não
conseguia chegar até o Uber.Porque a máquina tremia quando o
coração dele começava a batermuito forte, ou seja, quando o
batimento cardíaco dele ia lápra cima, a máquina tremia.
(08:24):
Então ele perdeu 3 Ubers porcausa disso, porque ele não
conseguia chegar
Foster (08:30):
até
Alexia (08:31):
os motoristas.
Foster (08:33):
Posso tentar ser eu
posso explicar de jeito simples
que faz sentido pelo menos pramim? Então, eles queriam ver o
coração, o batimento cardíaco doseu pai por 24 horas, colocaram
negócio e 1 máquina no braço
Alexia (08:54):
Ligado ao coração, né?
Foster (08:56):
É, ligado ao coração. E
cada vez que batimento cardíaco,
estou falando isso certo?
Alexia (09:04):
Está certo. Aumentava?
Foster (09:06):
Aumentava muito, a
máquina tremia, quer dizer,
tipo, pra fazer as medidas dos
Alexia (09:14):
As medições.
Foster (09:16):
As medições. Se, não me
engano, tremia, tipo, cada 10,
20 minutos. E o médico, ou amédica, falou pro seu pai, por
exemplo, se você está correndo,tipo, para abrir as medidas.
(09:37):
Qual foi a palavra que pode meensinou agora?
Alexia (09:39):
Medições.
Foster (09:40):
Medições. Mas seu pai
entendeu que era para parar 1
estátua, é. Exatamente, tipo 1estátua. Então eu lembro que seu
pai me contou, ela estava nafila, no supermercado, e começou
a tremer. Então, o funcionáriotentando tipo, o senhor pode
(10:07):
pagar?
Ele tinha que sair da fila.
Alexia (10:10):
Não, ele virou pro
pessoal da fila e pro caixa e
fez assim tipo, 1 imagem com amão meio que minuto nem falou
nada, falou pro caixa e propessoal da fila, estou a fazer
exame agora. Assim bem quietinhoe tal, esperou a máquina parar
(10:30):
de tremer, quando parou detremer aí ele mostrou pro
pessoal da fila, mostra procaixa aí todo mundo, ah não tem
problema, não faz mal, peçodesculpas e tal.
Foster (10:40):
Todo mundo achando que
seu pai é cara maluca. É. Enfim,
isso é 1 partezinha de 1história mais longa.
Alexia (10:49):
Continua. Isso tudo pra
dizer que todos esses exames
mostraram que meu pai teria quepassar por cateterismo.
Foster (10:58):
Pode explicar o que que
é? Primeiramente, pode falar pra
a palavra de novo?
Alexia (11:03):
Cateterismo. É
Foster (11:05):
1 das palavras mais
difíceis.
Alexia (11:09):
Em inglês é muito chata
também. Cateterismo.
Foster (11:13):
Fala mais 1 vez.
Alexia (11:14):
Cateterismo.
Cateterismo.
Foster (11:18):
Gente eu tive que
aprender tanto vocabulário
médico Eu
Alexia (11:23):
tive que aprender muito
vocabulário médico relacionado
ao coração, nesses últimosmeses, que eu não não tinha.
Foster (11:31):
Sim.
Alexia (11:32):
E agora sei tudo, PhD.
Foster (11:34):
A parte muito boa dessa
história inteira, quem escutou o
podcast há muito tempo já sabeque eu sempre reclamo muito do
meu português, que não estouestudando nem melhorando o meu
português mas aconteceu o paiindo pro hospital, tentando que
(11:55):
lidar com médicos e que falando,comunicando isso pra você e seu
pai todos os dias, realmenteajudou meu português muito.
Alexia (12:04):
Sim.
Foster (12:05):
Não parece agora, mas
ajudou.
Alexia (12:07):
Com certeza. E o
cateterismo eu aprendi também
que é considerado exame e não 1cirurgia. Coisa que eu não
concordo. E eu já falei issopros médicos que eu acho isso 1
loucura, é a mesma coisa damedicina quando é considerado,
(12:27):
quando tem nome assim doença masna verdade é considerado 1
síndrome, é meio que assimbemvindo à medicina, é é 1
loucura
Foster (12:36):
Sim é muito, pode
Alexia (12:40):
falar. Pode falar.
Foster (12:41):
Não, eu lembro o
cateterismo, tá certo? Quando a
gente ainda estava naquela fasedo processo, na minha mente isso
foi o final. Tipo, ah, vamospassar por isso e pronto,
podemos voltar pra vida normal.
Alexia (13:00):
Sim. E o médico E
Foster (13:02):
depois eu começo.
Alexia (13:03):
E o médico que nos
atendeu e fez o cateterismo, que
é a especialidade dele, elefalou olha, existem 3 tipos de
variáveis que a gente pode terdurante o cateterismo. A
primeira é que, vai ser feito ocateterismo, e dependendo do que
(13:26):
a gente encontrar lá, a gentevai vai ser capaz de colocar ou
balão Uhum. Ou estent.
Foster (13:34):
Sim, que eu acho que
todo mundo dá pra entender
porque em inglês é a mesmacoisa.
Alexia (13:41):
Sim. E só pra dar pouco
mais de nessa situação toda, Meu
pai é diabético tipo 2, com essadoença há mais de 20 anos. E o
diabético tipo 2, é o que, emrelação à doença cardíaca, é o
que eles chamam de infartosilencioso. Ou seja, ao longo da
(14:05):
vida, as artérias do coração vãose entupindo, entupindo
entupindo entupindo, ao pontoque possa dar ataque do coração?
Foster (14:21):
Sim.
Alexia (14:22):
Sem você ter noção de
como é que as suas artérias
estão, porque é silencioso.Então por exemplo quem nasce com
1 doença do coração, entreaspas, simples ou seja sem ser 1
variável da diabetes,normalmente tem algum tipo de
infarto, tem alguma outro tipode demonstração que existe algum
(14:46):
problema no coração, dor nopeito e etcétera. O diabético
normalmente não, é infartosilencioso. E foi 1 das coisas
que eu aprendi também sobre adoença cardíaca e a diabetes do
meu pai.
Foster (15:01):
Sim,
Alexia (15:03):
impacto silencioso. É. E
então, são 3 variáveis do
cateterismo, colocar o o balãoou o stent, dependendo
Foster (15:10):
Isso é 1.
Alexia (15:12):
A segunda é, dependendo
do que eles virem lá, você fazer
o exame e está tudo bem, nãoprecisar de nada, tira o tubo
né, Do cateterismo e está tudocerto. E a terceira variável é,
faz o exame, não coloca nada,tira o tubo e a indicação é ter
(15:39):
1 operação do coração de peitoaberto.
Foster (15:43):
Sim.
Alexia (15:44):
E que eu acho que todos
todos podem prever que foi isso
que aconteceu com o meu pai, quea indicação foi ter 1 1 cirurgia
de coração aberto, 1 duplacoronária mamária, que, poderiam
ter sido 3, né, mas enfim 1 dasartérias já não precisou no
(16:07):
final. Mas é isso.
Foster (16:10):
Sim, quando a gente
estava preparando pra gravar
hoje, eu falei pra Alexia tipomas você está confortável, vou
me pular essas coisas pessoais eela falou, sim claro é nosso
podcast. O plano foi gravarepisódio sobre a nossa
preparação antes da cirurgia enossa experiência e episódio
(16:36):
depois. Mas eu acho que a
Alexia (16:39):
gente vai ter meio, é
antes, meio depois.
Foster (16:43):
Sim, o antes, durante e
depois. Então, no próximo
episódio, podemos continuar comessa história e maluco que é
nossa vida.
Alexia (16:55):
Sim. Está bom, então até
o próximo episódio.
Foster (16:58):
Tchau.
Alexia (16:59):
Tchau.