Episode Transcript
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(00:00):
Parábola, falta de merecimento, capítulo um o pote vazio havia
em um pequeno vilarejo cercado por Colinas douradas, um homem
chamado Akira. Ele vivia de maneira simples,
trabalhando no campo e trocando seu esforço por um punhado de
arroz diário. Seu rosto era marcado pelo tempo
(00:23):
e seus olhos carregavam a serenidade de quem não esperava
muito da vida para Akira. A abundância era um privilégio
reservado a outros nunca para ele.
Desde criança ouvira de seus pais que certas pessoas nascem
para colher e outras para apenasplantar.
(00:44):
E assim, sempre que algo bom lheera oferecido, seja um elogio,
uma oportunidade ou mesmo uma refeição farta, ele recusava,
dizendo eu não mereço. Suas mãos calejadas seguravam
apenas o necessário e seu coração, já acostumado a
(01:05):
escassez, nunca ousou desejar mais.
Certo dia, ao visitar o mercado,um mercador estrangeiro lhe
ofereceu um pote de Barro. Guarde o que quiser nele, disse
o homem com um sorriso. Akira pegou o pote, mas ao olhar
para dentro, viu apenas o vazio.Um vazio que de alguma forma
(01:30):
refletia algo profundo dentro desi.
Sem saber o motivo, ele levou o pote para casa, mas ao invés de
enchê lo colocou o num canto e nunca o usou.
Algo dentro dele dizia que não valia a pena preenchê lo, pois
no fundo acreditava que não tinha nada que realmente
(01:54):
merecesse ser guardado. Capítulo 2 a oferta recusada.
Certa manhã, enquanto Akira trabalhava na plantação de
arroz, um velho monge apareceu na estrada poeirenta que cortava
o vilarejo. Seu hobby era simples, sua
cabeça raspada brilhava sob o Sol e seus olhos carregavam uma
(02:19):
serenidade que parecia atravessar o tempo.
Ele parou próximo ao campo e observou Akira em silêncio.
Por alguns instantes, antes de se aproximar jovem, veja o que
trabalha arduamente. Aceite este pão como um gesto de
gratidão pela sua dedicação, disse o monge, estendendo lhe um
(02:42):
pedaço de pão ainda quente, envolto em um pano branco.
A kira olhou para o pão com estranheza.
Ninguém jamais lhe oferecer algosem esperar nada em troca.
Seu estômago roncou baixinho, mas sua mente foi mais forte.
(03:03):
Ele abaixou os olhos e sacudiu acabeça.
Agradeço, mas não posso aceitar isso deve ser para alguém mais
digno. Murmurou.
Sentindo um leve desconforto no peito, o monge observou a kira
com curiosidade. Como se tivesse ouvido algo
profundamente familiar. Então, sem insistir, partiu em
(03:28):
silêncio, deixando apenas a poeira levantar.
Se com seus passos naquela noite, ao deitar se em sua
esteira Akira sentiu um incômodoinesperado, não era fome nem
cansaço, era o eco daquela oferta recusada porque era tão
difícil simplesmente aceitar algo bom.
(03:51):
Porque um simples pedaço de pão o fizeram sentir se tão pequeno.
O pote de Barro em seu canto permaneceu vazio, como sempre.
Mas pela primeira vez, Akira sentiu que aquele vazio pesava
mais do que antes. Capítulo III, a caminhada ao
(04:13):
templo na manhã seguinte, Akira despertou.
Com um peso no peito que não conseguia ignorar a cena do
monge oferecendo o pão, voltava a sua mente como um Rio que
nunca cessava de correr. Por que recusar algo tão
simples, o que, dentro dele, o impedia de aceitar o que a vida
(04:37):
lhe oferecia? Sem encontrar respostas, decidiu
fazer algo que nunca havia feitoantes.
Pegou seu velho chapéu de palha e seguiu.
Pela estrada sinuosa que levava ao templo na Montanha, diziam
que lá viviam um mestre sábio, um homem que ajudava aqueles que
(04:58):
buscavam compreender a si mesmos.
A caminhada foi longa, o Sol castigava sua pele e o vento
quente levantava poeira pelo caminho.
Mas a kira não recuou. A dúvida dentro dele pesava mais
do que o cansaço nos pés. Ao chegar ao templo, encontrou o
(05:19):
mesmo monge que lhe oferecer o pão no dia anterior.
O Mestre olhou com um sorriso tranquilo, como se já soubesse
porque ele Viera. Mestre, disse a kira, hesitante,
algo dentro de mim me impede de aceitar o que é bom.
Eu recusei sua oferta e agora sinto um vazio que não consigo
(05:43):
explicar. O monge assentiu.
Convidando a kira a sentar. Se ao seu lado você carrega um
pote vazio, meu jovem, mas não percebe que é você quem escolhe
mantê lo assim, a kira franziu atesta.
O que isso significa? O monge não disse mais nada,
(06:05):
apenas ofereceu uma tigela de chá.
A kira segurou a tigela entre asmãos, trêmulas aceitar ou não
pela primeira vez. A escolha parecia mais
importante do que o próprio chá.Capítulo 4, o copo
transbordando. Akira segurou a tigela de chá
(06:27):
com hesitação. Sentiu se estranho ao aceitar
algo, sem dar nada em troca. Mas desta vez ele não recusou.
Levou a tigela aos lábios e tomou um pequeno gole, sentindo
o calor suave do chá. Percorrer seu corpo cansado, o
(06:48):
monge sorriu levemente e então pegou uma jarra de chá,
colocando AA sua frente sem dizer uma palavra.
Começou então a despejar o líquido em uma tigela vazia.
Akira observou enquanto o chá subia, alcançava a borda e em
(07:09):
seguida começava a transbordar, derramando se pelo chão.
De madeira do templo mestre, pare o chá, não cabe mais.
Exclamou Akira, espantado. O monge parou e olhou para ele
com serenidade. Akira, seu coração é como esta
(07:29):
tigela. Está cheio de crenças que foram
derramadas ao longo dos anos, disse calmamente, você acredita
que não merece, que não pode aceitar que sempre há alguém
mais digno do que você? Como poderia receber algo novo
se já está cheio dessas certezas?
(07:50):
A kira sentiu um nó na garganta.Nunca havia pensado nisso dessa
maneira. Será que todo esse tempo ele
vinha se impedindo de receber porque seu coração estava
transbordando? Com ideias antigas e limitantes,
o monge apontou para o chão ondeo chá derramado.
(08:10):
Formava pequenas poças cintilantes sob a luz da manhã.
Para receber algo novo, é preciso primeiro esvaziar.
Se Akira ficou em silêncio pela primeira vez, sentiu que talvez
a mudança não estivesse em algo externo, mas dentro dele.
Capítulo VO verdadeiro merecimento.
(08:35):
Akira passou a noite em claro, sentado no pátio do templo.
Observando a Lua refletida na superfície de um pequeno Lago,
as palavras do monge ecoavam em sua mente, para receber algo
novo, é preciso primeiro esvaziar se, mas o que isso
realmente significava? Na manhã seguinte, ele voltou ao
(08:58):
salão principal, onde encontrou o monge varrendo calmamente o
chão de madeira. Akira se aproximou e disse com
serenidade, mestre. Passei minha vida acreditando
que não merecia coisas boas. Como posso me esvaziar dessas
crenças? O monge parou, apoiou se no cabo
(09:19):
de vassoura e sorriu. Akira, olhe para o céu. o Sol
precisa pedir permissão para brilhar, o Rio precisa provar
que merece seguir seu curso até o mar.
Akira, franziu a testa, não, mestre.
Eles apenas são. O monge assentiu.
(09:43):
E por que você acredita que precisa provar algo para merecer
o que a vida já lhe oferece? A queira sentir o seu peito se
expandir pela primeira vez, percebeu que sua crença na falta
de merecimento não era uma verdade absoluta, mas apenas um
hábito, algo que aprendera e nunca questionara a vida.
(10:08):
Não estava negando nada a ele, ele mesmo estava se negando.
Com um suspiro profundo, Akira voltou ao quarto, onde deixara
seu pote de Barro, pegou nas mãos e, em vez de vê lo como um
símbolo de vazio, viu algo diferente, um espaço pronto para
(10:29):
ser preenchido. Naquele momento, entendeu que
merecimento não era algo que se conquistava.
Mas algo que sempre esteve ali bastava permitir se receber.
Capítulo 6, a volta ao vilarejo.Akira desceu a Montanha com
(10:50):
passos leves, sentindo o vento fresco da manhã tocar seu rosto.
O vilarejo ao longe era o mesmo de sempre, mas dentro dele algo
havia mudado. Pela primeira vez, ele não via a
si mesmo. Como alguém indigno, mas como
(11:10):
parte de um fluxo natural da vida, assim como o Rio que segue
seu curso sem resistência. Ao chegar ao mercado, reconheceu
o mercador estrangeiro que lhe havia dado o pote de Barro.
Desta vez, em vez de passar apressadamente, a kira parou
(11:32):
diante dele. Vejo que ainda tem o pote, disse
o mercador, sorrindo. Akira segurou o objeto nas mãos
e sorriu de volta, sim, mas agora eu sei que ele não precisa
permanecer vazio. Sem hesitar, comprou um pouco de
arroz e encheu o pote pela primeira vez.
(11:53):
Depois, caminhou até um jovem que pedia comida na beira da
estrada e lhe entregou parte do arroz.
A moça o olhou surpresa e com gratidão.
Mas por que me dá isso? Akira pensou por um momento
antes de responder. Porque agora sei que tenho para
(12:16):
dar. Naquela noite, deitado sobre sua
esteira, ele sentiu uma leveza diferente.
Não era mais o peso da escassez,mas a leveza de alguém que
finalmente compreendeu que o verdadeiro merecimento não está
em acumular. Mas em permitir se receber e
(12:37):
compartilhar. Capítulo 7, o valor de cada c na
manhã seguinte, Akira retornou ao templo para agradecer ao
monge. Quando chegou, encontrou sentado
sob uma cerejeira, observando aspétalas que caíam suavemente ao
vento. Akira se aproximou e fez uma
(13:00):
reverência, mestre, obrigado. Sua orientação abriu meus olhos.
Agora vejo que o merecimento nãoé algo que preciso conquistar,
mas apenas reconhecer. O monge sorriu e apontou para
uma pétala que pousava em sua mão, Akira, veja esta flor, você
(13:22):
acha que ela precisou provar seuvalor para desabrochar?
Akira balançou a cabeça, não, ela apenas floresce porque é sua
natureza e o Rio. Ele hesita antes de seguir seu
curso, até o mar não, mestre, ele apenas flui.
O monja sentiu assim também é com você.
(13:44):
Nenhum ser precisa provar seu valor para existir.
Você já é digno pelo simples fato de ser.
Aceitar isso é como abrir as mãos para receber a água da
chuva. Ela sempre esteve caindo, só
precisava de espaço para ser acolhida a kira.
Sentiu seu coração se expandir com aquela verdade simples e
(14:07):
profunda. Pela primeira vez, ele se viu
como parte do grande fluxo da vida, sem precisar justificar
seu valor ou merecimento. Ao partir, olhou para o pote de
Barro, agora cheio, e sorriu. Ele sempre esteve vazio, porque
assim ele o mantinha, mas agora,com o coração aberto, havia
(14:31):
espaço para receber. E compartilhar.
E nesse equilíbrio, descobriu a verdadeira Riqueza, aceitar a
vida Como Ela É, sabendo que já era digno desde o começo.
Moral da história, muitos de nóscarregamos um pote vazio dentro
(14:52):
de nós, acreditando que não somos dignos de coisas boas,
seja por experiências do passado, palavras que ouvimos na
infância. Ou crenças que cultivamos ao
longo da vida nos convencemos deque precisamos merecer antes de
receber. Mas a verdade é que o Sol não
(15:14):
escolhe para quem brilhar. O Rio não questiona se tem o
direito de seguir o seu curso. A vida sempre nos oferece algo,
mas somos nós que muitas vezes recusamos.
Akira acreditava que não mereciae por isso mantinha seu pote
vazio, não porque a vida não lhedesse oportunidades, mas porque
(15:37):
ele próprio não se permitia recebê las.
Quando finalmente compreendeu que o merecimento não precisava
ser conquistado, mas apenas reconhecido, tudo mudou.
Ele percebeu que não era precisoprovar seu valor para existir,
assim como uma flor. Não precisava justificar sua
(15:57):
beleza para desabrochar. Essa parábola nos ensina que
merecimento não é um prêmio, masuma verdade fundamental da
existência. Todos nós já somos dignos
simplesmente por estarmos aqui. Aceitar e compartilhar são 2
lados da mesma moeda. Quando nos permitimos receber,
(16:20):
naturalmente temos mais para oferecer ao mundo, então.
Olhe para dentro e pergunte se oque dentro de mim ainda mantém
meu pote vazio. Talvez seja a hora de permitir
que ele encha não apenas para você, mas para todos ao seu
(16:42):
redor. Comente e me ajude a construir
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