Episode Transcript
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(00:00):
Como aceitar a partida de uma pessoa amada?
A perda de alguém que amamos é uma das dores mais profundas que
podemos sentir quando alguém parte.
Seja pela morte, pelo fim de um relacionamento ou pela distância
que a vida impõe, um vazio se forma dentro de nós.
Ficamos presos às lembranças, àspalavras que não foram ditas,
(00:24):
aos desejos de que as coisas fossem diferentes.
Mas será que esse sofrimento vemda perda em si ou da nossa
resistência? Em aceitá, la Buda ensinou que
tudo na vida é impermanente, assim como as estações mudam e o
dia se transforma em noite, todas as coisas estão em
(00:45):
constante transformação. Nada permanece igual para
sempre. Nem nós, nem os outros, nem as
circunstâncias da vida. Ainda assim, resistimos a essa
verdade, nos apegamos ao que é familiar e sofremos quando as
mudanças inevitáveis acontecem. Quando uma pessoa amada parte
(01:08):
nossa mente, luta contra essa realidade, perguntas surgem,
nossa mente porque isso aconteceu?
Como eu poderia ter evitado isso?
O que farei sem essa pessoa? Ficamos presos a essas questões.
Revivendo o passado e temendo o futuro.
Mas esquecemos do presente, o único momento em que realmente
(01:33):
podemos encontrar paz. Inclusive, se você quiser
aprender a aplicar os ensinamentos budistas no
cotidiano, nós temos vários livros.
É só clicar aqui na descrição desse podcast.
Aceitar a partida de alguém não significa esquecer ou deixar de
amar, pelo contrário. Significa honrar a existência
(01:54):
dessa pessoa, permitindo que seulegado continue em nós.
Significa transformar a dor da ausência em gratidão pela
presença que um dia existiu. Significa soltar o peso do
sofrimento sem soltar o amor queaprendemos a cultivar.
Muitas vezes nos agarramos à ideia de que, sem aquela pessoa,
(02:19):
nossa vida perdeu um pedaço. Mas será que essa ausência nos
define? Ou será que ela pode nos
transformar? Podemos escolher carregar a dor
como um fardo ou como um lembrete de que o amor não se
limita ao tempo e ao espaço. Podemos chorar pela ausência,
(02:39):
mas também sorrir pelas memóriase pelos ensinamentos que essa
pessoa nos deixou. Seja qual for a forma da
despedida, devemos lembrar que ninguém pertence a ninguém.
Assim como não podemos segurar aágua em nossas mãos, não podemos
reter as pessoas em nossas vidasAlém do Tempo que lhes cabe
(03:01):
estar ali. Amar é permitir que o fluxo
natural da vida aconteça sem tentar aprisionar ou congelar
momentos que são, por natureza, transitórios.
A mente cria a ilusão de separação, mas se olharmos
profundamente. Veremos que nada realmente se
(03:23):
vai. Aqueles que amamos continuam
vivos em nossas ações, nas palavras que aprendemos com
eles, na maneira como tocamos a vida dos outros.
O amor que oferecemos nunca desaparece.
Ele se transforma, expande, se encontra novas formas de
(03:45):
existir. A saudade pode ser um fardo ou
um caminho. Podemos carregá la com pesar?
Ou podemos usá la como um lembrete de que a vida é
preciosa e que cada encontro deve ser vivido com presença e
gratidão? Se soubéssemos que um abraço
(04:06):
seria o último, talvez o apertássemos por mais tempo.
Mas na verdade, todos os abraçossão únicos.
Cada momento é irrepetível. Saber disso nos ensina a amar de
forma mais plena, sem deixar palavras por dizer ou
(04:27):
sentimentos por expressar. Se hoje você sente a dor da
partida, pergunte se estou me agarrando ao passado ou estou
permitindo que o amor siga adiante.
O luto é natural, a dor é real, mas o sofrimento prolongado vem
da nossa resistência à impermanência.
(04:50):
A mudança. Quando aceitamos, encontramos
uma nova maneira de amar, não mais baseada na Posse ou na
presença física, mas na continuidade do que foi vivido e
compartilhado. No fim, não perdemos aqueles que
amamos. Eles se tornam parte de nós, de
(05:13):
quem nos tornamos por tê Los conhecido essa.
É uma verdade que o tempo jamaispode apagar.
Te vejo no próximo podcast. Iluminação diária.