Episode Transcript
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(00:00):
Seu sofrimento é sua culpa e isso é libertador.
Essa frase pode parecer dura, mas é uma das verdades mais
poderosas que o budismo ensina de imediato, é comum que essa
ideia gere resistência, afinal, desde pequenos aprendemos a
buscar justificativas externas para o que sentimos.
(00:23):
Se algo nos machuca, culpamos a pessoa que disse ou fez algo.
Se estamos frustrados, acreditamos que a vida foi
injusta conosco. Se estamos tristes, buscamos
razões no passado ou no comportamento dos outros.
No entanto, muda nos ensina algorevolucionário.
O sofrimento não vem do que acontece com você, mas de como
(00:47):
sua mente reage a isso. E esse entendimento pode mudar
completamente sua forma de enxergar a vida.
Imagine 2 pessoas enfrentando a mesma situação difícil.
Como perder um emprego? Uma delas entra em desespero,
sente se incapaz e passa semanasremoendo a dor e a insegurança.
(01:11):
A outra, apesar do desconforto inicial, encara a situação como
uma oportunidade de mudança e crescimento.
O que diferencia essas 2 pessoasnão é o evento em si.
Mas a forma como cada uma escolheu lidar com ele, isso
demonstra que o sofrimento não está na experiência, mas na
(01:35):
forma como interpretamos. Buda nos ensinou que o
sofrimento nasce do apego, do desejo e da resistência à
realidade. Queremos que as coisas sejam
diferentes do que são. Desejamos que as pessoas ajam de
determinada maneira, nos apegamos.
(01:55):
Há ideias, objetos, relacionamentos e até mesmo há
versões de nós mesmos que já nãoexistem mais.
Quando a realidade não corresponde às nossas
expectativas, sentimos frustração, dor e insatisfação.
Esse ciclo se repete continuamente, até que decidimos
(02:19):
quebrá lo. Se você sofre, é porque de
alguma forma. Está se agarrando a algo que não
pode controlar e isso pode ser difícil de aceitar.
Muitas vezes preferimos acreditar que o problema está
nos outros, no destino, no capitalismo, na sociedade ou no
(02:41):
governo, ou na vida de forma geral.
Afinal, se o sofrimento é causado por fatores externos,
isso nos isenta da responsabilidade de transformá
lo. Mas essa mentalidade nos mantém
presos a um ciclo de dor e impotência.
A verdade é que a solução está dentro de você e não nos outros,
(03:06):
no mundo ou no acaso. Pode parecer pesado admitir que
somos responsáveis pelo próprio sofrimento, mas essa perceção é
incrivelmente libertadora. Porque se você é a causa.
Você também é a solução. Isso significa que você tem o
(03:27):
poder de mudar sua forma de pensar, sentir e reagir.
Se seu sofrimento viesse exclusivamente de fora, você
seria uma eterna vítima das circunstâncias, sem controle
sobre sua própria Felicidade. Mas se ele surge da forma como
sua mente lida com a realidade, então você tem o poder de
(03:51):
transformá lo. Aceitar essa verdade não
significa ignorar ou negar a dor, pelo contrário, significa
encará la com consciência e compreensão quando algo o
machucar. Em vez de fugir da dor ou culpar
o mundo, pergunte se o que dentro de mim está alimentando
(04:13):
esse sofrimento? Você está se apegando a algo que
já passou? Está resistindo a uma mudança
inevitável. Está colocando sua Felicidade em
algo que está além do seu controle.
A chave para a libertação do sofrimento não está em evitar
experiências dolorosas, mas em mudar nossa relação com elas.
(04:38):
Isso não acontece da noite para o dia, mas é um processo
contínuo de autoconhecimento e prática quando você começar a
observar. Seus pensamentos e emoções, sem
se identificar completamente comeles, perceberá que o sofrimento
não é uma sentença permanente, ele é um estado mental que pode
(05:00):
ser alterado. O budismo nos ensina ferramentas
poderosas para essa transformação, como a atenção
plena, a aceitação e a compaixão.
Ao praticar a atenção plena, aprendemos a observar nossos
pensamentos e sentimentos. Sem nos deixarmos levar por
(05:21):
eles, com a aceitação, paramos de lutar contra a realidade e
encontramos paz no momento presente.
Com a compaixão, desenvolvemos uma atitude mais gentil conosco
mesmos e com os outros, o que nos ajuda a soltar
ressentimentos e frustrações. Cada vez que você se perceber
(05:43):
sofrendo, lembre se disso. O sofrimento não é causado pelos
acontecimentos externos, mas pela maneira como você os
interpreta e reage a eles. E se você tem o poder de mudar
essa interpretação, tem também opoder de se libertar.
(06:04):
E agora eu te deixo uma pergunta, você está pronto para
transformar sua relação com o sofrimento e viver com mais
leveza? Te vejo no próximo podcast.
Iluminação diária.