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November 6, 2025 11 mins
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(00:00):
Nunca faça isso ao sair de um lugar.
Olá, tudo bem? Aqui é o monge butsuke.
Se você não me conhece, eu sou omonge zen budista e sou
praticante há mais de 14 anos. Eu quero compartilhar uma
história aqui com você. Eu aprendi que quando nós
entramos num lugar, geralmente vamos supor, nós entramos num

(00:23):
relacionamento ou nós entramos. É em uma instituição, ou nós
entramos, sei lá, na academia, ou nós entramos em qualquer.
É situação que nós entramos de forma geral, para entrar.
É uma coisa muito fácil, muito simples.
Então você vai começar um relacionamento, tem toda aquela

(00:45):
questão da paixão, é tudo maravilhoso.
Você quer ver a pessoa o tempo todo, tem aquela.
Aquele interesse, aquela motivação, aí quando você não
está com a pessoa, você fica pensando na pessoa, aí você quer
mandar uma mensagem. Enfim, os inícios, eles são de
forma geral, eles são muito bons, muito simples, muito

(01:06):
fáceis. É, às vezes você vai começar uma
atividade física, qualquer coisa, então o começo pra entrar
é muito fácil. Agora, uma coisa que eu percebo,
eu só posso falar por mim, né, por muitos anos.
Eu deixei muitos rastros nas situações que eu entrei por

(01:28):
falta de maturidade, por falta de experiência, por falta de
consciência, por uma série de coisas.
E eu, como monge zen, eu sempre gosto de tocar nesse assunto
pessoal, de mostrar minhas fraquezas, meu meus erros,
porque as pessoas precisam compreender que um monge.

(01:50):
Qualquer pessoa assim que está envolvida com a espiritualidade,
que tem uma determinada posição,são seres humanos.
E algumas pessoas perguntam, Ah,mas então se for para ser monge,
para fazer o que todo mundo faz,aí não adianta, né?
O monge é um exemplo, ele tem que ser um exemplo, sim, eu
concordo. A diferença de uma pessoa que se

(02:11):
propõe a ser um monge, por exemplo, no meu caso, né, eu
sempre aqui só posso falar por mim, é a questão de.
Ter erros, ter falhas, mas está sempre melhorando e também
tentando não deixar com que essas falhas, esses erros nos

(02:32):
domine, me domine, por exemplo. Então eu sinto, Ah, monge, você
sente raiva, você sente apego? Claro que eu sinto.
Eu sou ser humano, uma pessoa numa condição de ser humano, ela
sente tudo o que todo mundo sente.
Isso faz parte, isso é comum, isso é normal.
Porém, onde entra o treinamento?No caso do budismo, né?

(02:56):
Eu sou um monge zen budista. Aonde que entra o treinamento?
Então? Para que que você pratica se for
para você sentir e fazer tudo que todo mundo faz?
Aí a questão do treinamento da mente, da meditação, das
práticas budistas, do estudo, daprática em comunidade e tudo
mais entra no sentido de que você vai treinando a sua mente

(03:17):
para não deixar com que. Você se torne esses erros, você
se torne os seus pensamentos negativos, suas emoções
negativas. O ponto é não se deixar dominar
pelas questões negativas internas.
Então, por exemplo, eu como monge, eu vou sentir raiva,
sinto raiva, mas uma coisa é eu sentir raiva e trazer

(03:41):
consciência para aquele momento.Ficar calmo é não externar, não
xingar, não agredir. Não agredir com palavras para
que aquela emoção não me domine.É aí que o treinamento entra e
que talvez seja a diferença de um praticante que já tem alguns
anos de prática e uma pessoa quenão pratica, por exemplo, o

(04:01):
treinamento da mente, não pratica meditação, não pratica
atenção plena. Então essa é a diferença.
Então isso eu falei isso pra pracontextualizar.
Então quando nós entramos numa coisa é muito fácil, muito
simples. Agora, você mostra sua prática
quando você sai de alguma situação, de alguma experiência,

(04:24):
de alguma, de algum lugar. Então, de forma geral, é claro
que há várias questões. É, há muitas variáveis, é, tem o
contexto, tem a outra pessoa, tem.
Tem um Monte de detalhes e nuances que nós poderíamos é, é.

(04:46):
Pontuar cada um e falando sobre cada um.
Mas não dá para fazer isso porque são muitas variáveis.
Mas de uma forma geral, seria ideal sairmos de um lugar sem
causar mais problemas, porque geralmente quando nós saímos de
um de um local de forma geral, assim, há uma briga, há um

(05:10):
descontentamento, são poucas situações onde.
É, as pessoas se separam numa boa, seja em relacionamento,
seja no trabalho, é, seja em qualquer situação que for.
Então a prática do que o Buda ensinou é sempre gerar Harmonia.
Então, mesmo que o outro brigue dentro de você, não pode haver

(05:34):
aquela é causar mais confusão, por exemplo, quando você vai
sair de um lugar. Então eu saí de um lugar.
É, eu estou contando de mim, né?Então eu tentei fazer isso da
forma mais pacífica possível, daforma mais tranquila possível,
da forma mais amigável, amistosamesmo que a outra parte, que não

(05:57):
foi o que aconteceu, mas mesmo que a outra parte é brigasse
comigo e falasse, não, eu não, não concordo.
E eu quero romper. E eu não quero mais falar com
você. Eu comigo eu estaria em paz.
Porque eu sei que eu fiz o melhor, eu sei que eu me
dediquei enquanto estava ali, mas que eu quis buscar um outro

(06:21):
caminho, que seguir um outro caminho.
E nós somos livres, todos os seres são livres.
Se você está numa situação que émuito delicada, muito difícil
pra sair, lembre se de que foi você que se colocou nessa
situação. Ninguém é obrigado a se colocar
numa determinada situação. Às vezes, pelas circunstâncias
externas, nos pressionam. Aí está numa situação difícil,

(06:44):
mas é, se nós permanecermos ali,é.
Aí fomos nós que que nos colocamos ali e nos mantivemos
ali, naquele local, naquele lugar.
Então comigo é. Eu resolvi seguir um outro
caminho e tentei fazer da forma mais amigável.
Isso foi isso. Foi uma coisa que eu vim
refletindo e falei assim, poxa, eu vou fazer isso funcionar, dar

(07:10):
certo dessa forma. Eu quero, eu quero sair assim de
uma forma amistosa. E até houve alguma uma
questãozinha, mas depois isso foi resolvido e aí eu eu não
estou querendo entrar em detalhes especificamente sobre
qual situação, qual é o lugar, porque não é esse o ponto.
O ponto é termos consciência e termos uma maturidade.

(07:34):
Para da nossa parte, o que você pode controlar é a forma como
você faz as coisas, como o outrovai reagir, como o outro vai
fazer? Não, não tem como você é
controlar. Então eu de alguma forma é,
pensei Na Na forma como eu iria tratar com a situação.
Então tomei consciência, compreendi que é aquele lugar,

(07:57):
não era para mim que eu iria seguir um outro caminho.
Conversei pra sair explicando porque eu me lembro que eu já
tive um casamento que não terminou bem.
Foi muito difícil, foi um rompimento, mas que depois, né?
Eu consegui. É manter uma relação razoável

(08:18):
com com essa pessoa. Outras situações que eu lembro é
que eu simplesmente entrei numa coisa.
E simplesmente saí. Não dei mais satisfação e aquilo
ficou em aberto, sabe? E depois de um tempo na minha
vida, nesses últimos 3 anos, eu vim fechando esses rastros que
eu deixei, sabe? Eu fui entrando em contato com

(08:41):
cada pessoa, cada lugar é. Teve uma época na minha vida que
eu tinha muitos problemas financeiros e aí eu fui fazer um
curso e não terminei aquilo. Aí larguei, cancelei e tinha,
por exemplo, uma multa. E aí, depois de um tempão,
entrei em contato com esse lugare fui lá resolver aquilo.

(09:04):
Então a gente precisa tomar essaconsciência, porque o que
acontece no budismo, você fala do karma, né?
O karma são ações. Cada ação que você planta, ela
tem uma consequência. Então, se você entra nos
lugares, numa relação, num trabalho, e sai mal.
Você está plantando um Monte de consequências que não são

(09:26):
positivas e isso dá frutos. Depois você vai ter problemas e
às vezes você sai de um lugar a nunca mais vou ver essas pessoas
ou essa pessoa e acontece uma situação que você vai depender
dessas pessoas por qualquer motivo que seja.
Todo mundo já passou por uma situação assim.
Nós ouvimos, o mundo dá voltas, então é muito importante não

(09:48):
deixar rastros entrar nos lugares.
E sair daqueles lugares é bem com bençãos, é amistosamente,
mesmo que o outro não queira queo outro cause uma confusão.
Mas você está com seu coração empaz, porque no final das contas,
a vida não é sobre os outros, nosentido de quando nós fazemos

(10:11):
uma coisa, mesmo que o outro ou o ambiente não seja legal, você
precisa estar em paz com seu coração, porque você está
fazendo a coisa que deveria fazer.
De uma forma harmônica, com compaixão, com respeito, com
carinho, com consciência. E esse é o mais importante.
E pra te ajudar mais com isso, eu criei um livro chamado a arte

(10:33):
de se comunicar, que vai te ajudar um pouco nessa questão de
como você ter uma comunicação consciente como você.
Porque às vezes quando nós vamossair dos lugares, a parte mais
difícil é ter aquela conversa final.
Então como que nós podemos? Ter uma comunicação mais
consciente, mais harmônica. Esse material pode te ajudar e

(10:55):
ele está aqui o link da descrição desse podcast.
Espero que esse podcast tenha teajudado.
Um grande abraço até o próximo podcast.
Iluminação diária.
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