Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.
Podcast número 36
A Inteligência Artificial vai nos deixar mais burros?
O ser humano evoluiu durante milhões de anos para se tornar uma espécie ultrassocial, e nossas características biológicas e psicológicas refletem essa realidade profunda. Interações sociais não são meros passatempos; elas estão no cerne das atividades humanas que mais nos trazem felicidade, significado e propósito, como o amor, a amizade e o senso de comunidade. É nesse tecido social intrincado que construímos nossa identidade e nos desenvolvemos plenamente.
Desde os primórdios da humanidade, viver em grupos sociais foi essencial para a sobrevivência. A cooperação e a comunicação eficazes permitiram que nossos ancestrais caçassem, coletassem alimentos e se protegessem de predadores. Com o tempo, essas interações sociais se tornaram mais complexas, dando origem a culturas, tradições e sistemas de valores que moldam nossas vidas até hoje.
Além disso, a ciência moderna tem demonstrado que a qualidade de nossas relações sociais está diretamente ligada à nossa saúde mental e física. Estudos mostram que pessoas com fortes conexões sociais tendem a viver mais e a ter menos problemas de saúde, como depressão e doenças cardíacas. Isso ocorre porque o apoio emocional e a sensação de pertencimento podem reduzir o estresse e promover um estilo de vida mais saudável. A saúde biopsicossocial de cada um de nós depende da qualidade da nossa rede social.
Pela primeira vez na história da espécie humana, uma inteligência não natural — a Inteligência Artificial (IA) — tem o potencial de se integrar profundamente à nossa rede social, tornando-se uma parte intrínseca das nossas interações diárias. Da curadoria de feeds personalizados a assistentes virtuais cada vez mais sofisticados, a IA já permeia a maneira como nos comunicamos, aprendemos e até como formamos nossas opiniões. Essa integração representa um salto qualitativo nas relações humano-tecnologia, com implicações vastas e pouco compreendidas.
Para ilustrar este ponto, convém lembrar que nossas emoções, personalidade, características biológicas como um todo foram desenhadas por milhões de anos para se conectar com outras pessoas. Estabelecer um relacionamento social com uma inteligência artificial que foi desenhada para um propósito bem diferente trará com certeza impactos imprevisíveis na forma como interpretamos nossas emoções, construímos relações sociais, estabelecemos redes sociais, a resolução de conflitos e na própria identidade pessoal. Este experimento está apenas começando, frequentemente imaginamos cenários catastróficos desencadeados pela IA em linha com o filme Exterminador do futuro, porém outro cenário bastante catastrófico seria uma epidemia de depressão, ansiedade, dependência de drogas, isolamento social e suicídio.
Apesar de alguns estudos científicos já estarem em andamento e começarem a mapear os primeiros contornos desse novo cenário, o que sabemos hoje sobre o impacto da IA na cognição humana é muito pouco. Estamos navegando em águas desconhecidas. A IA evolui a uma velocidade exponencial, uma agilidade que os modelos tradicionais de pesquisa e a capacidade humana de adaptação mal conseguem acompanhar. Essa lacuna de conhecimento sobre o impacto da IA no ser humano é uma das maiores preocupações éticas e sociais da nossa era.
A velocidade com que a IA está se desenvolvendo é impressionante. Novos algoritmos e t
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