Episode Transcript
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(00:00):
Olá, corações! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast Entre Corações.
(00:06):
Eu sou a Fran Celina e hoje a casa está cheia de carinho, pois recebo minha querida amiga, Amélia.
Bem-vinda, meu bem!
Obrigada, Fran. Que alegria estar aqui de novo.
O dia lá fora está cinzento, chuvoso, um clima perfeito para uma daquelas suas histórias que aquecem a alma.
E você não imagina como a história de hoje combina com esse tempo.
(00:30):
Recebemos uma mensagem que nos fala sobre como o amor pode nascer nos lugares e nas condições mais inesperadas,
unindo mundos que, à primeira vista, parecem completamente opostos.
Ah, eu adoro isso! Aquela velha e deliciosa máxima de que os opostos se atraem. Me conta tudo?
Então vamos lá. A nossa história começa com Isadora, uma avaliadora de arte da cidade grande,
(00:57):
uma mulher que vivia entre livros raros e o silêncio de bibliotecas antigas.
Ela foi enviada para uma casa de campo isolada para catalogar uma coleção de obras,
esperando passar o fim de semana imersa em seu trabalho metódico.
Já consigo imaginá-la. Focada, talvez um pouco impaciente com o ritmo mais lento do campo.
(01:19):
Exatamente. E quem a recebe nessa casa é Mateus, o caseiro,
um homem da terra de mãos calejadas pelo trabalho e um olhar sereno de quem entende os ciclos da natureza.
Para ele, o tempo era marcado pelo sol e pela chuva, não pelo relógio.
Isadora, a princípio, mal o notou. Para ela, ele era apenas parte da paisagem.
(01:42):
E aí? O destino resolve dar uma ajudinha, imagino. A chuva que você mencionou?
Uma tempestade daquelas de filme de Isabor, isolando completamente a propriedade.
E com a chuva veio a escuridão. A energia elétrica da casa caiu, deixando Isadora no breu,
com seus livros e anotações agora inúteis.
(02:04):
Ah, o cenário perfeito! Eu amo quando a vida força uma pausa.
De repente, todo o planejamento dela vai por água abaixo, literalmente.
E ele, o homem da natureza, deve ter tirado de letra, não é?
Como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Enquanto Isadora se frustrava, Mateus, com uma calma impressionante,
(02:28):
acendeu velas pela casa e preparou a lareira.
O ambiente, antes tenso e escuro, se encheu de uma luz quente e acolhedora.
Foi nesse momento que ela ouviu de verdade, pela primeira vez.
Ele não estava consertando só a falta de luz. Estava consertando o clima entre eles.
Precisamente. Para passar o tempo, Isadora pegou um livro de poesia que era seu.
(02:49):
Um bem pessoal, herança de família.
Uma das páginas, a de seu poema favorito, estava delicadamente rasgada.
Mateus, ao ver sua frustração silenciosa, se aproximou.
Com uma delicadeza que contrastava com suas mãos fortes, ele pegou o livro.
Ai, Fran, não me diga que ele sabia consertar. Isso seria de uma poesia imensa.
(03:11):
Ele sabia. Com fibras naturais que ele mesmo cultivava e uma técnica que aprendeu com o avô,
ele começou a reparar a página.
Isadora, a especialista em restaurar arte, observava. Fascinada.
Aquele homem restaurar não só um papel, mas uma memória afetiva dela.
O mundo dele, tão prático, revelava-se uma forma de arte que ela nunca tinha considerado.
(03:35):
Que momento lindo. É ai que as barreiras caem.
Ela percebe que a sabedoria dele é tão valiosa quanto a dela.
Mundos diferentes, mas com a mesma necessidade de cuidar do que é precioso.
Naquela noite, ao som da chuva e da lenha queimando na lareira, eles conversaram por horas.
Ela falou da solidão que sentia entre seus artefatos silenciosos.
(03:56):
Ele, do isolamento que às vezes sentia em sua comunhão com a natureza.
Eles descobriram que seus mundos não eram opostos, mas complementares.
E ali, na luz trêmula das velas, um sentimento nasceu.
Então o sol voltou, não é? O mundo real chamando de volta.
O sol voltou. A energia também. O trabalho de Isadora pode ser concluído.
(04:21):
A despedida foi inevitável, mas não havia tristeza no ar.
E sim a eletricidade de uma promessa silenciosa.
Ela não saiu daquela casa de campo com apenas uma avaliação de arte,
mas com o coração tocado por uma conexão que ela jamais esperaria encontrar.
Que história, Fran! Me deixa com o coração quentinho e cheio de esperança.
(04:44):
Mostra que o amor está nos detalhes, nos pequenos gestos de cuidado,
e não nas etiquetas que colocamos em nós mesmos ou nos outros.
E assim, chegamos ao fim de mais uma história aqui no Entre Corações.
Espero que vocês tenham se emocionado tanto quanto nós.
O que você acha que aconteceu depois, hein? Conta pra gente nos comentários.
Isso mesmo. E se essa história te tocou, compartilhe com aquela pessoa especial
(05:09):
e não se esqueça de curtir o nosso episódio.
Obrigada, minha amiga Amélia, pela sua sensibilidade.
E a vocês, nossos ouvintes, fica a reflexão.
Às vezes é preciso uma tempestade em nossas vidas
pra que a luz de um novo amor possa finalmente entrar
e nos mostrar o que realmente importa.
Um beijo no coração de cada um e até o nosso próximo encontro!