Episode Transcript
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(00:00):
Olá, corações! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast Entre Corações.
(00:08):
Eu sou a Fran Celina e hoje tenho a alegria de receber novamente a minha querida amiga Carla,
que tem um olhar tão sensível para as histórias de amor.
Obrigada pelo convite, Fran. É sempre um prazer estar aqui e me emocionar com você e nossos ouvintes.
Qual é a história que vamos desvendar hoje?
(00:29):
Hoje, Carla, recebemos uma mensagem que nos fez pensar sobre como o amor pode florescer nos terrenos mais inesperados.
É a história de um casamento arranjado que, contra todas as probabilidades, se transformou em uma paixão avassaladora.
Vamos viajar para a pequena cidade de Colina Verde.
Casamento arranjado? Nossa, Fran!
(00:52):
Isso já começa com uma carga emocional imensa.
Começar uma vida ao lado de um completo estranho.
Exatamente. A história é de Elisa e Matias.
As famílias deles eram as mais antigas da região e um casamento entre os dois uniria não apenas terras, mas também um legado.
Para eles, no entanto, uniria apenas dois estranhos sob o mesmo teto.
(01:16):
Elisa era sonhadora, com as mãos sempre manchadas de tinta e o coração cheio de versos.
Matias era um homem da terra, silencioso, cujas palavras eram poucas, mas cujas mãos sabiam cultivar a vida.
Imagina um choque de universos.
Ela, toda a arte e poesia.
Ele, todo o pragmatismo e terra.
(01:40):
Como foram esses primeiros dias?
Silenciosos e desajeitados.
Eles se moviam pela casa como fantasmas educados.
O café da manhã era um ritual de talheres batendo nos pratos e olhares que não se encontravam.
Mas, aos poucos, pequenas fissuras começaram a aparecer naquela muralha de silêncio.
(02:01):
Ah, e é nessas fissuras que a luz entra, não é?
Sempre. Um dia, Elisa notou que o degrau que rangia na varanda havia sido consertado.
Ela não pediu. Ele simplesmente fez.
Em troca, numa tarde, ela deixou um livro de poesias aberto na poltrona dele,
na página de um poema, que falava sobre a força silenciosa das árvores.
(02:24):
Matias não comentou, mas no dia seguinte, uma pequena flor silvestre, colhida do campo, estava ao lado da cama dela.
Ai, Fran, que delicadeza. É uma conversa sem palavras.
O amor se revelando nos gestos mais simples e puros.
Era exatamente isso. A grande virada, no entanto, veio com uma seca severa que castigou Colina Verde.
(02:49):
A fazenda de Matias, o orgulho de sua família, começou a sentir os efeitos.
Ele passava as noites em claro, andando de um lado para o outro, o desespero estampado em seu rosto normalmente sereno.
Elisa, que até então se sentia uma peça deslocada naquele cenário, viu a dor genuína do homem com quem dividia a vida.
(03:10):
E o que ela fez?
Imagino que tenha sido um momento em que ela precisou decidir se era apenas uma espectadora ou uma parceira de verdade.
E ela escolheu ser parceira. Elisa guardou suas telas e tintas e usou sua criatividade de outra forma.
Ela mobilizou os pequenos comerciantes, organizou uma feira na praça da cidade para arrecadar fundos e ajudar os produtores locais.
(03:34):
Matias a viu de uma forma que nunca tinha visto antes.
Não como a noiva sonhadora que lhe foi entregue, mas como uma mulher forte, uma leoa defendendo o seu território, o território deles.
Que mulher! Ela encontrou a força dela ali, na terra dele, e ele pôde finalmente enxergá-la por inteiro.
(03:56):
Na noite em que a feira terminou, um sucesso absoluto, eles voltaram para casa exaustos, mas conectados por um novo sentimento.
Na varanda, sob a luz da lua, Matias segurou a mão de Elisa. Ele disse com a voz embargada.
Eu passei a vida toda cultivando a terra, mas foi você quem me ensinou a cultivar a esperança.
(04:17):
Eu não amo o nosso arranjo, Elisa. Eu amo você.
E ela, com lágrimas nos olhos, respondeu.
E eu me apaixonei pelo homem que fala com as flores e que tem a força das raízes.
Meu Deus, Fran, eu estou arrepiada. É nesse exato momento que o dever se transforma em devoção. A obrigação se torna escolha.
(04:39):
O casamento, que começou como um contrato, se tornou um poema vivo. O amor deles não foi um raio em céu azul, Carla.
Foi semente, plantada em solo árido, regada com paciência e gentileza, até que um dia eles olharam e viram que haviam cultivado o jardim mais lindo de poucos.
Uma história belíssima, que nos lembra que o amor não tem fórmula.
(05:04):
Às vezes, ele só precisa de tempo e de um coração disposto a enxergar além das aparências.
E assim, chegamos ao fim de mais uma história aqui no Entre Corações.
Se a jornada de Elisa e Matias tocou você de alguma forma, curta nosso episódio, compartilhe com aquela pessoa especial e comente o que você achou.
(05:25):
Nós adoramos ler cada mensagem.
Obrigada mais uma vez pelo convite, Fran. Foi lindo.
Obrigada a você, Carla, e a todos vocês Corações que nos ouviram.
Que possamos sempre ter a coragem de cultivar nossos jardins, mesmo quando o solo parece infértil.
Porque é no cuidado diário que nascem as mais belas flores.
(05:48):
Um beijo e até o próximo episódio.