Episode Transcript
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(00:06):
Manual de boas ideias com Diogo pires adoro este jingle.
Olá a todos bem vindos. De volta ao manual de boas
ideias, temos novo jingle. Adoro, adoro a voz do jingle,
devo dizer vos é de uma ex aluna, minha Madalena paredes.
Muita lentosa. Bom, se calhar começamos pelo
(00:27):
pelo elefante na sala. Passaram 7 meses desde o último
episódio do manual de boas ideias, 7 meses de silêncio num
podcast que durante outros tantos meses foi foi uma
constante na minha vida. E enfim, espero na vossa também.
Eu não vos vou presentear com desculpas elaboradas sobre, sei
lá, aquilo que poderia ter sido uma pausa estratégica ou um
(00:47):
tempo para reflexão. Acabou por ser um tempo para
reflexão, mas não foi deliberado.
A verdade é muito mais simples emais crua.
Eu fartei, me fartei me da obrigação de falar de
empreendedorismo todas as semanas, às vezes 2 vezes por
semana, e parei. Precisei de parar para arrumar
(01:08):
caixas. É dessas caixas que fala o
título do episódio de hoje. E eu, no último ano,
efetivamente arrumei muitas caixas.
Quando eu digo arrumar caixas, não estou a falar de uma mudança
de casa. Embora isso tenha acabado por
acontecer, também calhou. Mas estou assim a falar de uma
mudança de vida. Vocês sabem que eu sempre fui
uma pessoa muito inquieta. Acho que pelo histórico de
(01:31):
conversas que nós temos vindo a ter ao longo destes últimos
anos, sobretudo aqui no manual de boas ideias, dá para perceber
isso. Eu mesmo às vezes me descrevo
como uma mente inquieta, que é oque um empreendedor é, não é?
Sempre com vários projetos em simultâneo.
No meu caso, sempre a explorar novas ideias, sempre a dizer sim
a oportunidades que que achava interessantes.
(01:52):
E durante anos isso funcionou. Ou pelo menos eu pensava que
funcionava. Só que há uns meses, quando
quando lia um livro sobre foco no empreendedorismo, havia uma
passagem, aquilo era um capítuloqualquer sobre, sobre sobre um
Balanço, sabem? Na verdade era sobre folha de
cálculo, pianel, profton, lossas, statement EE.
(02:17):
Aquilo dizia qualquer coisa, como tirar a atenção da linha
que fatura. Por ideias que não faturam, é
vaidade com roupa de empreendedorismo era qualquer
coisa assim, eu acho que é, é, acho que esta é a tradução mais
fidedigna daquilo que que eu li e fechei o livro.
Olhei para a minha vida. EE aquela frase fez muito
(02:37):
sentido, sabem? Dei com com uma verdade muito
desconfortável. Eu tinha me tornado um
colecionador de projetos em vez de um construtor de valor, mas
eu tenho muito esta, tenho muitoesta tendência de de repente
fazer um reset. Como aquele que fiz nos últimos
meses e depois começar a acumular o projeto, a acumular,
a acumular, a acumular. Estou conscientemente a tentar
contrariar me nesse nesse campo.Mas uma das coisas que eu fiz
(03:01):
neste tempo em que estive afastado foi fechar a minha
agência digital, a côdea. Aquela que me ouviram falar aqui
no manual de boas ideias algumasvezes, aquela que eu reinventei
pelo menos umas 3 vezes em menosde 5 anos, ela já não me trazia
Alegria. Eu continua a programar.
Fazia sites, aplicações e outras.
Coisas que faziam parte do do trabalho, mas eu já não era
(03:23):
feliz a fazê lo por muito nova vida que tentasse dar aquele
negócio eu não estava ali e aquiestá a primeira não lhe chamemos
lição, sei lá, um primeiro inside que quer partilhar
convosco é que há uma diferença entre persistência e teimosia.
Persistência é continuar quando as coisas ficam difíceis,
efetivamente, mas, mas lá no fundo o objetivo ainda faz
(03:46):
sentido. Teimosia é continuar quando o
objetivo já não nos serve apenasporque já investimos muito tempo
nele ou sei lá porque dá jeito. Hastear uma Bandeira e dizer que
temos projetos às vezes acontece.
E então fechei a côdea. Não foi fácil, foi 11 processo
de muitos meses. Até porque, imaginem, nós
tínhamos uma série de clientes para os quais fazíamos não só o
(04:07):
desenvolvimento dos sites, mas também a sua manutenção e enfim,
trabalho on going. E tivemos que, claro, deixar
esses clientes de alguma forma, amparados por isso.
Foi um processo que demorou muito tempo.
Mas cá estamos. Sabem o que é que aconteceu?
Quando parei de fazer aquilo quenão me completava, criei espaço
(04:29):
para fazer mais daquilo que me dava energia.
Continuei na rádio, claro, todosos dias.
Continuei a gravar locuções. Mas também comecei a ensinar
outros a fazer o mesmo. Isto era uma ideia que eu tinha
há muito tempo. Eu queria muito experimentar me
como formador em em voice over. E foi das coisas mais bonitas
que fiz neste último ano, ver pessoas que me confiaram parte
(04:51):
da sua formação crescer, ganhar confiança, mudar completamente
as suas performances em estúdio.1111 dos casos é a voz do novo
jingle do manual de boas ideias a Madalena paredes.
Não que ela tenha mudado completamente a performance dela
em estúdio, porque ela é é brilhante, mas percebem a ideia
e este processo às vezes acontece com com dicas que, fora
(05:13):
do contexto, podem parecer supersenex.
Eu eu eu lembro me de de estar no curso com com os alunos em
estúdio e dizer lhes coisas comoOK, mas agora diz isso como se
estivéssemos num festival qualquer.
Não interessa, mas a música estámuito alta.
Eu tenho que te ouvir do outro lado e tranes out.
Isto funciona? Bom, nestes 7 meses eu mudei
(05:37):
alguns hábitos fundamentais e gostava muito de partilhá Los
convosco, porque acredito que podem fazer a diferença na vossa
vida também. Este primeiro episódio de de
desta nova temporada chamemos lhe assim do manual de boas
ideias. Eu sei, é uma coisa muito
narcísica, não é? Estou sobretudo a falar daquilo
que me aconteceu nos últimos meses, mas espero que encontrem
sempre um paralelo com. Algum episódio da vossa vida?
(05:59):
Eventualmente, com o ponto em que estão hoje em dia, ou lá
está, ou se já eventualmente possam ter passado por aqui.
Mas vamos lá. Então, àqueles que são os
hábitos fundamentais, que eu gostava de partilhar, convosco e
que mudei na minha vida ao longodos últimos meses.
Primeiro, ouvi menos podcasts, eisto é um contrassenso enorme
estar vos a dizer isto num episódio de um podcast, eu sei,
(06:21):
mas eu ouvi menos podcasts e li mais livros.
Estava a consumir demasiada informação em tempo real, coisas
práticas sobre o dia a dia, coisas, coisas imediatas, não é
que bom, pelo menos os podcasts que eu oiço são muito mais
acionáveis do que do que reflexivos, reflexivos.
(06:41):
E por isso decidi lá está porqueestava a consumir demasiada
informação em tempo real e poucasabedoria intemporal.
Decidi conscientemente ouvir menos podcasts.
Eles são fantásticos. Podcasts são fantásticos para
para. Eu não estou a saber falar hoje.
Perdoem me mas, dizia vos, os podcasts são fantásticos para
para estar a par do que se passaagora, mas os livros são onde se
(07:03):
encontram as ideias que resistemao tempo.
Não é maravilhoso isto? As ideias continuam a ser
relevantes passados 1020 50 anosda publicação de um livro,
segundo o hábito, que que eu mudei aprendi a dizer não com
mais facilidade, por muito que já vos tenha dito no início que
isto para mim é um ciclo, não é eu.
Quando faço este, quando me embrenho desta consciência de
(07:29):
que estou a aceitar demasiadas coisas, começo a dizer me mais
vezes, não depois esqueço me, mas para.
Já estamos neste ponto em que conscientemente eu ainda vou
dizendo que não há muita coisa. Eu agora tenho uma regra muito
simples, se não é um sim entusiástico, então é ou não se
tenho que parar para pensar muito sobre se devo ou não
(07:50):
aceitar uma oportunidade? Eu Acredito que provavelmente
não devo já partilhei convosco 2hábitos, disse vos que aliás, eu
não, eu acho que não vos disse que eram 3, mas digo vos agora.
São 3 hábitos essenciais que quemudei.
E este terceiro é provavelmente o hábito mais life changing que,
(08:13):
quando executado conscientemente, é capaz de
mudar as vossas vidas, redescobrir o valor do tédio.
Foi o que eu fiz. Decidi controlar mais o tempo
que que andava a passar que nem um louco nas redes sociais, a
fazer scroll infinito, seja peloTikTok, pela Instagram e outras,
(08:37):
e permitir me estar entediado. Há uma conversa no manual de
boas ideias com o Pedro Lopes, fundador do infinito book, em
que nós falamos sobre. Como o tédio de de, de de viver
no interior porque há menos estímulos é um facto, o
possibilitou a ter esta ideia dodo Infinity book ele escrevia a
(09:02):
sua vida em Viseu. Nesse episódio EEOE como o tédio
lhe permitiu carregar na sua veia empreendedora.
E por aqui podem começar a perceber a ideia que que vos
estou a passar OA força que que o tédio que o tédio pode ter nas
nossas vidas. Eu agora regularmente dou por
mim em casa a meio do dia, em silêncio, simplesmente, sem
(09:22):
música, sem podcasts, sem nada, apenas eu, os meus pensamentos e
o som das patas das minhas cadelas que lá andam por casa.
Mas é delicioso também e é incrível.
Quantas ideias surgem quando paramos de bombardear o cérebro
com com estímulos? Mas a mudança mais importante
foi esta. Aprendi a distinguir entre estar
(09:43):
ocupado e ser produtivo. Durante alguns anos eu confundi
movimento com progresso, estava sempre ocupado, sempre a fazer
alguma coisa, sempre com a agenda cheia.
A nossa cultura tem muito esta ideia de que uma pessoa
produtiva é alguém que tem lá está, que tem a agenda cheia,
que está sempre a fazer alguma coisa.
Mas depois, quando olhamos para trás, fica sempre a dúvida, OKO,
(10:05):
que é que eu realmente construí?Que impacto é que eu tive com
tudo isto que andei a fazer? E nas coisas que consigo
controlar, eu hoje em dia acabo por trabalhar menos horas, mas
com muito mais foco. Faço menos coisas, mas faço as
melhor e, curiosamente, os resultados são muito melhores.
Há uma situação de de Warren Buffett que resume isto
(10:27):
perfeitamente. Eu apontei aqui nas minhas
cábulas. Ele diz, a diferença entre
pessoas bem sucedidas e pessoas muito bem sucedidas é que as
pessoas muito bem sucedidas dizem não a quase tudo.
Edito isto, se um dos hábitos que eu vos disse que mudou a
minha vida foi ouvir menos podcasts, então porque é que eu
(10:47):
volto agora ao manual de boas ideias?
Porque é que voltamos a ativar este podcast?
Bom, porque finalmente tenho clareza sobre aquilo que ele
deve ser. Durante muito tempo senti que
tinha de seguir fórmulas, fórmulas, digo, episódios
semanais, durações específicas. OK, se as vossas viagens duram
(11:07):
meia hora porque a maioria dos ouvintes está em centros
urbanos, então os episódios têm que ter meia hora porque vai vai
fazer sentido. Bom, eu vou vos poupar a teoria
sobre o podcasting, mas tudo isto efetivamente foi importante
para lançar o podcast e para queele chegasse até vocês.
Não porque vocês o exigissem de mim, inconscientemente, mas
quanto mais não seja porque o algoritmo das plataformas que
(11:29):
vos mostraram, o manual de boas ideias numa primeira instância,
funciona assim. Só que esta esta prisão junto do
algoritmo transformou algo que eu adorava fazer numa obrigação
e eu sou péssimo, ouve, ouve lá,vamos pôr as coisas, vamos ver o
copo meio meio cheio. Eu sou ótimo em empurrar com a
(11:51):
barriga obrigações que que não me dão prazer.
E o manual de boas ideias nasceude uma necessidade muito minha,
falar com empreendedores, uma coisa que não era obrigação
nenhuma. Falar com empreendedores, ouvir
as suas histórias, espelhar me neles, muito provavelmente
porque sentia, me sentia me sozinho nos círculos em que
andava e precisava de ver que não era o único a tropeçar, não
(12:14):
era o único a insistir, a tentar.
E essas conversas foram e ainda são uma espécie de terapia para
mim. EE curiosamente, para muitos
convidados que que acabavam por dizer que aquela hora juntos
lhes fez bem. Não era das poltronas em que, em
que que estávamos tentados e queparecia o consultório de um
psicólogo. Embora eu acha eu, eu acho que
isso possa ter ajudado. Mas, mas bom, não era.
(12:34):
Não era disso, não era de eu tersido espetacular a guiar
perguntas, era da conversa em si, daquela Liberdade de de
partilhar aquilo que que nos povoa à cabeça, sem sem guião
nem nem medo daquilo que o outrovai pensar.
E é muito isso que eu quero recuperar, conversas genuínas
com pessoas, mas também convoscoque são pessoas.
(12:55):
Mas Na Na prática, vocês perceberam, não é mesmo, que
vocês respondam desse lado e eu não vos consigo ouvir, mas eu
imagino vos conversas genuínas. Ideias que importam sem pressão
de calendário, sem obrigação de tema.
E por isso, o manual de boas ideias volta agora.
Não sei por quanto tempo aqui fica em crimes.
(13:15):
Isto como uma temporada se chamamos aos episódios,
capítulos. Então que cada temporada seja 1
o volume, porque é que isto há outra coisa que eu aprendi, a
qualidade da nossa atenção determina a qualidade da nossa
vida. E assim eu vou pedir a vossa
atenção. Então, quero ter a certeza de
que de que vale a pena. Vamos falar com pessoas que
(13:38):
estão a construir coisas muito interessantes.
Tenho já uma lista de de pessoasque com quem de alguma forma, me
fui cruzando de forma indireta nos últimos meses e que quero
muito trazer aqui ao manual de boas ideias.
Mas mais do que isso, vamos, vamos explorar ideias juntos,
ideias que nos fazem pensar diferente.
Vamos partilhar histórias que nos inspiram a ser melhores.
(13:59):
Eu aqui há dias quando? Quando estava a escrever alguns
rabiscos, alguns rascunhos daquilo que que seria o mote
desta nova temporada do manual de boas ideias e,
coincidentemente, também do clube da nata, a minha
(14:19):
newsletter, que, entretanto, voltou, eu eu cheguei a uma
frase que era só tanto a nata como o manual de boas ideias.
Ajudam empreendedores a errar menos e a avançar mais rápido.
É isto que eu quero que o manuale a e a nata sejam daqui para a
(14:41):
frente, sempre com autenticidade, sempre com
propósito, sempre separando o ruído para vos dar o creme tal e
qual como eu terminei a última, a última, enfim, a mais recente
edição do clube da nata que lá está, voltou.
Entretanto, vocês têm o link para para subscrever a
newsletter? Na descrição deste episódio, o
(15:01):
clube da nata é isso mesmo é umanewsletter que ajuda
empreendedores a errar menos e aavançar mais rápido.
A nata e o manual de boas ideiasandam muito a par uma com a
outra. De outra forma, não faria
sentido. Por isso, convido vos a
subscrever a newsletter. Agora, antes de terminar, eu
quero deixar vos um desafio, ou ou melhor, uma pergunta, que
caixas é que vocês precisam de arrumar?
(15:24):
Isto não é uma resposta rápida, OK?
Que projetos, que compromissos ou que hábitos é que estão a
ocupar espaço na vossa vida, semvos trazer Alegria ou ou valor?
Não estou a sugerir que desistamde tudo aquilo que é difícil,
não é isso, não foi isso que eu fiz.
O que eu estou a sugerir é que questionem tudo aquilo que
(15:45):
eventualmente possa já não fazersentido.
O tempo é o nosso recurso mais escasso.
E cada 5 que damos a uma coisa que não nos serve é um não que
damos a algo que nos poderia completar.
Eu passei 7 meses a arrumar caixas, na verdade, passei muito
mais do que isso. Ainda hoje as arrumo EE agora
(16:06):
estou de volta, mais focado, mais claro sobre aquilo que
quero construir e partilhar. Convosco e se estão a ouvir
isto, muito obrigado por terem esperado, por terem esperado
estes 7 meses, por continuarem aqui mesmo depois de tanto tempo
de silêncio. O anual de boas ideias está de
volta, não com a mesma frequência de antes, tenham
(16:26):
Piedade, mas com a mesma paixão de sempre.
Na verdade, com ainda mais paixão, porque porque agora sei
exatamente aquilo que que me fazestar aqui convosco subscrevam o
podcast se ainda não o fizeram, partilhem este episódio com
alguém que que também precisa deouvir, que está tudo bem a parar
de vez em quando, que é preciso parar para arrumar caixas.
No fundo, é preciso parar para olharmos para a nossa vida e
(16:49):
tomarmos decisões. E lembrem se às vezes a melhor
forma de avançar é ter a coragemde de parar.
Pensei nisso até ao próximo episódio, que desta vez não vai
demorar 7 meses, OK? É só uma semana.
Na próxima terça-feira, voltamosa estar juntos aqui no manual de
boas ideias.