Episode Transcript
Available transcripts are automatically generated. Complete accuracy is not guaranteed.
(00:20):
Todo mundo tem uma história, algumas começam no aeroporto.
Outras, no silêncio da saudade. Na quinta temporada do mulheres
imigrantes podcasts, vamos conversar com mulheres que
viveram, sentiram e resistiram. Cada uma dentro do seu contexto,
(00:40):
mas todas com algo em comum, a coragem de continuar.
Seja bem-vinda a mais uma temporada do mulheres
imigrantes. Quem conta as nossas histórias?
Olá, mulheres imigrantes. Eu sou Bárbara dos Santos,
(01:01):
podcaster, triatleta amadora, gerente de projetos, aspirante a
jornalista e Imigrante. As redes sociais já não são
apenas ferramentas que usamos. Elas se tornaram parte do nosso
cotidiano, moldando a forma que a gente se conecta, de como nos
nos informamos e até como sentimos.
Para muitas mulheres imigrantes que estão longe da família e de
(01:22):
redes de apoio, essas plataformas muitas vezes se
tornam suas maiores companheiras, as redes.
Nos aproximam de notícias, de histórias e de pessoas, mas
também tem o poder de nos afetaremocionalmente.
Em segundos, uma informação podenos deixar eufóricas e outra,
profundamente ansiosas e tristes.
Hoje nós vamos mergulhar nesse universo digital e refletir como
(01:46):
consumimos notícias e como elas impactam nossa saúde mental.
Vamos falar sobre a dopamina dasnotificações sobre o impacto da
informação instantânea. E sobre como encontrar
equilíbrio em um mundo onde tudochega ao alcance de um clique.
Para nos ajudar a entender esse fenômeno, recebemos 2 convidadas
incríveis, clara Fagundes, pesquisadora em comunicação,
(02:08):
cultura e futuro feminino e criadora do quadro notícias
felizes para navegar o mundo no Instagram?
E Maísa Milena, psicóloga e doutoranda, especialista em
saúde mental e digital e comunicação e criadora do
diálogos pelo mundo. Se preparem para nossa conversa
profunda, reflexiva e necessáriasobre como as redes sociais
(02:29):
moldam nossas emoções, nossas conexões, especialmente nossa
experiência como mulheres imigrantes navegando pelo mundo
digital. Sejam muito bem vindas, clara e
Maísa. Na vida?
Que time? A gente não vai cortar isso.
(02:53):
AI, AI. Eu vou mandar pro meu pai porque
ele não está me. Ligando, gente.
Muito obrigada. Isso acabou o episódio.
Estamos desligando, não temos nem o que for.
AI AI olá, olá Maísa. Olá Bárbara.
Olá todo mundo que está ouvindo.Muito obrigada pelo convite e é
(03:14):
esse. Episódio, parece que você leu
minha mente, porque quando você quando eu recebi o convite para
participar, eu tinha acabado de gravar um vídeo sobre o visto em
celular, então eu pensei, nossa,como é que que que conexão?
Já estou pensando sobre esse tema, já estou pesquisando sobre
esse tema. Vai ser muito massa essa
conversa. E agradeço também pelo convite e
(03:35):
reitero as palavras da clara no sentido de esse tema.
Acaba fazendo uma interseção assim muito profunda com que eu
estudo, abraçando tanto que. Questões da psicologia, que é
algo que eu trabalho todos os dias, mas também da minha
pesquisa de doutoramento, então?Foi, foi um.
Abraço, na verdade, receber esseconvite.
Nossa, a gente te encontrou, Maísa.
(03:56):
É porque eu EAA Fabi. A gente já tinha assim fechado o
que que a gente queria conversarcom a clara e a gente estava.
Tá, mas e quem que vai ser essa outra pessoa?
E Ah, eu não sei como, mas assimfoi.
Foi um dia que eu e o Fabi a gente se ligou e quando viu a
gente estava 3 horas no telefone, ligação de de vídeo,
(04:19):
não sei o que AI, mas esse daquiAI e sei lá, aquela coisa que
você entra num num buraco sem fun, sem fim, né?
No No Instagram, mas com propósito, porque eu não estava
lá no famoso dunn scrolling, né?Não estava lá só tipo né,
rolando, rolando. Mas foi de tipo procurar, sei
lá, psicóloga, não sei quê. E a gente vai clica no perfil de
(04:42):
uma e clica no outro. Quando vi, eu falei, Fabiana, a
bicha é psicóloga especializada em No No mundo digital.
Pronto. E aí, ainda bem que os universos
se alinharam e você aceitou nosso convite porque se alinha
muito com isso que a gente quer falar.
E é e é tão interessante porque o nosso trabalho está no
(05:06):
digital, né? Então, a nossa vitrine está no
digital, que é na grande maioriaInstagram, mas também muitas
outras empresas e pessoas e influenciadoras estão no TikTok.
E que de certa forma, são OAO. Fim do mundo, né?
Da da nossa sociedade. Porque é algo que causa
(05:28):
dependência já comprovado, mas que também elas podem ser uma
grande aliadas em motivação, em busca de bem-estar emocional, em
é educação em inúmeras coisas. E aí como mulher Imigrante,
porque a gente está saindo do nosso local de casa.
(05:49):
A gente está indo para um lugar desconhecido e às vezes a gente
acaba usando um pouco, né? Essas redes como uma muleta, um
apoio. E aí como é que a gente balança
o negócio, equilibra esse negócio todo, porque
tecnicamente a conta não fecha, né?
E essa é a pergunta, né? A grande pergunta, na verdade,
(06:09):
como que balança? Como que tenta ali, minimamente
equilibrar? Eu sou uma defensora do caminho
do meio. E um dos motivos que me trouxe
esse doutoramento em ciências dacomunicação e informação foi
justamente por notar um movimento crescente na clínica.
Eu não sabia o que era. Eu queria muito entender, que
(06:30):
bom, isso está acontecendo com praticamente 90% das pessoas que
eu atendo. Eu percebo reflexo na minha vida
pessoal. Em conversas paralelas com
amigos também é a mesma coisa. Digo, OPA, espera lá, está
acontecendo alguma coisa aqui a nível social.
Que nós precisamos aqui? Eu preciso ter um arcabouço,
preciso estudar mais para entender.
(06:53):
Então eu venho muito estudando essas questões e voltando para
filosofia, então a filosofia de voltar ali a beber para
realmente entender o que que pode estar acontecendo nos dias
atuais. Aí você trouxe esse clima
Bárbara de nós enquanto mulheresimigrantes.
Nós vemos sim nas plataformas digitais como essa muleta como
(07:16):
uma forma. Também de, inclusive, manter
relações com amigos e familiaresque ficou no Brasil.
Mas a grande questão é que talvez nós estamos ali, ainda
não descobrimos esse caminho do meio.
Então a gente cai num extremo que é do excesso.
Não sei como é que chega para ti, clara, é, é.
Interessante porque eu estou fazendo meu doutorado em cultura
(07:38):
e mídia, e o tema do doutorado é, é mulheres feministas no
digital podem impactar a vida real de mulheres brasileiras, ou
seja, o conteúdo de empoderamento, conteúdo
progressista no digital pode impactar e eu estou no último
ano já, posso dizer que pode impactar muito.
Então tem muitos, muitas respostas de como o conteúdo.
(07:59):
O digital as redes sociais impactam mulheres que terminam
relacionamentos tóxicos, que mudam de carreira, que decidem
estudar fora do país, que mudam a sua relação com outras
mulheres. Então tinha 11 visão de
rivalidade com outras mulheres ecomeçam a ver a mulheridade e de
(08:20):
forma completamente diferente. Então eu, no meu dia a dia, eu
estudo muito mais o lado brilhante da da internet.
O lado. Positivo, o lado mágico da
internet. Então, desde a as redes sociais
me permitem vender o meu trabalho sem precisar ter
dinheiro. De início é porque antes tinha
(08:41):
muito isso, de tipo, Ah, eu vou vou pagar, por exemplo, por um
outdoor, e aí eu vou divulgar o meu trabalho no meu bairro, vou
divulgar o meu trabalho na minhacidade.
Hoje, simplesmente tendo um celular e a maioria da população
tem um celular é você consegue acessar esse esse meio de
divulgação de trabalho? E tem já a pesquisa falando
(09:03):
especificamente que Ah É microempreendedores freelancers
veem as redes sociais como 11, ampliação de oportunidades de
negócio, oportunidade de monetização, é esse estudo foi
de elison. Posso mandar links depois em
algum lugar, mas é. Eu acho que quando a gente olha
(09:28):
para tecnologia, é inevitável pensar de uma forma, com medo.
Desde sempre. Tem um pouco de medo quando a
gente pensa em tecnologia. Então, aí quando Oo livro
surgiu, o livro vai ser uma preguiça intelectual.
Quando a escrita surgiu, as pessoas não vão ter mais
(09:49):
memória. Quando a televisão surgiu, AI
acabou a leitura para sempre. Sempre que tem uma nova mudança,
a gente passa um tempo para se adaptar.
E nessa nesse tempo de se adaptar, sim, vai ter o excesso,
vai ter o meu Deus, como era minha vida antes e agora tudo
vai ser isso por um tempo e tem o tempo também de pensar, então
(10:11):
vai ser assim para sempre. Então a gente nunca mais vai
encontrar 11. Equilíbrio do offline para o
online e. E Eu Acredito, como pesquisadora
de futuros e como pesquisadora de futuros, que eu olho para o
passado, que a gente tende a encontrar esse equilíbrio depois
de um tempo, depois de de o excesso começar a trazer um
(10:32):
Monte de malefício e as pessoas começarem a pensar não.
Então eu quero desconectar. Então eu quero sair das redes
sociais. Tanto que tem um estudo recente
dizendo que AA nova geração é está buscando se desconectar
para encontrar os amiguinhos. Estão ligando de novo, sabe
porque Na Na minha época. A gente ligava para o para as
amigas e daí era um sofrimento, porque pagava horrores, não era
(10:56):
caro. O tal do inteiro urbano.
Sim. E daí?
A geração seguinte já não estavaligando.
Ligar é cafona, mas a nova, os os adolescentes de agora 1514,
13 anos, estão ligando de novo para os amiguinhos.
E são esses movimentos com os jovens que me fazem ver que.
(11:19):
Possível? Tem, tem.
Tem caminhos mais gostosinhos e mais equilibrados No No no
futuro da internet, sabe? E.
Isso, cara, me vem muito no sentido de essa geração atual,
ela já nasceu com esse acesso a.A internet, as plataformas
digitais, então, é que a relaçãoque eles têm construído com
(11:41):
essas ferramentas é uma relação diferente, como você bem mesmo
pontuou. Agora, se nós olhamos para a
nossa geração, e é algo que eu eu fico pensando sobre isso,
refletindo quase que diariamente, o meu primeiro
celular eu ganhei em 2012, porque eu passei na universidade
e ganhei um celular. Então eu tive acesso e na época
(12:03):
uma cena assim que vem muito presente na minha cabeça que eu
estava na fila do RU. Eu me formei na Universidade
Federal do Piauí, na fila do restaurante universitário e eu
eu perguntei para uma amiga o que era Instagram, mas o que é
Instagram? Que eu estou ouvindo as pessoas
falando e ela falou Ah, é um aplicativo que você posta foto,
enfim, foi me explica. Eu tentei baixar o aplicativo no
meu celular, mas coitada, o meu celular não suportava, mas o que
(12:27):
que onde eu estou querendo chegar com isso?
Que de 2012 para 2000 e. E 5.
É pouquíssimo tempo. Olho de onde nós saímos, em tese
e nós chegamos, mas o nosso caminho até aqui, então chega
aqui, a nossa geração foi sabe um tsunami?
Aquele meme do tsunami que tem amulher na praia?
(12:48):
Então nós fomos ali é recebendo esses estímulos e tentando
entender o que seriam essas plataformas digitais.
E agora que que é como se nós tivéssemos tendo um.
Um pouquinho mais de consciência, de amadurecimento,
de como usar. E isso vai muito também com
relação àquilo que a gente entende que é positivo para a
(13:10):
gente, de filtrar o conteúdo, algo que essa geração atual me
chega aqui, já está muito claro assim, um pouquinho mais ali na
frente. Por assim dizer, nossa assim.
Não e tem uma grande dificuldade, né, da gente
conseguir fazer isso porque. A gente fica num mix entre
querer se informar. A gente não quer mais ler
(13:30):
notícia, porque a gente não vai mais também a veículos de
informação. Tudo está dentro da plataforma
digital. Então, Ah, eu quero aprender a
costurar. Eu vou procurar um perfil de
costura, Ah, eu quero aprender afazer, Ah, quero procurar
receita, Ah, eu vou, eu quero meinformar sobre economia da
(13:54):
Tailândia, vai ter. É um perfil que vai falar para
aquilo, e aí, às vezes, o algoritmo ele nos entende tão
bem. Que.
Vai entregando aquilo que a gente quer, beleza?
E se a gente fez o algoritmo trabalhar só com as coisas
positivas, OK, esse vai ser ali o nosso feed ou até OOO, como
(14:17):
que é o Explorer? Mas aí tem os nossos amigos e a
gente também está muito conectado.
Ainda mais, né, no âmbito da imigração que a gente.
Precisa como sociedade não é muito dessa coisa da conexão.
A gente quer ver o que que os nossos amigos estão fazendo,
pensando. E aí a gente tá há sei lá
quantos anos numa sociedade que meu é ladeira abaixo só
(14:38):
desgraça. E aí a gente tenta também sair
de um puta. Mas eu preciso me informar,
porque por qualquer que seja esse meu preciso, né?
A motivação desse meu preciso. Mas também tipo puta, eu não
quero só ver desgraça no mundo, porque não existe só desgraça no
mundo. Nossa, eu me sinto no meu lugar
de fala. Falou criadora do notícias
(15:02):
felizes é no final do. Mundo, lá em 2017 eu fiz o
primeiro boletim de notícias, felizes 2017 o primeiro.
E daí foi mudando o formato, porque as redes sociais mudam
também OA forma de você fazer conteúdo.
Mas foi em 2017. Em 2017 eu já estava, meu Deus,
estou cansado. Cansada?
Eu estou cansada de tanta coisa ruim e tanta coisa negativa.
(15:25):
Não é possível que tudo seja ruim.
Foi. Pra.
Eleição não foi? Foi pré eleição, já estava
puxado. É, eu já falava, já estava com.
O tema e daí? Foi ali eu sinto que foi AOO
gatilho de eu pensar, não tem outras coisas acontecendo no
mundo. Tem mulheres fazendo coisas
extraordinárias no mundo, tem cientistas descobrindo coisas
(15:47):
maravilhosas, tem gente dedicando a vida inteira para.
Para para avançar em em determinadas áreas de de estudo
e da nossa vida. E a gente não está sabendo, a
gente só está focando nas coisasruins.
Então eu Eu Acredito que a gentenão precisa ser tão informado
assim, é? Já fui mais informada.
(16:08):
Hoje em dia eu sou informada nosmeus Campos de estudo e eu faço
a minha curadoria de notícias felizes.
E nessa curadoria de notícias felizes vão ter nuances.
Então, por exemplo, às vezes essa notícia.
Feliz, mas tem 11 contexto ali que não é tão feliz assim.
Aí eu vou ler também para entender esse contexto.
E hoje eu tenho paz no meu coração de saber que eu não vou
(16:30):
saber todas as coisas que estão acontecendo no mundo.
É, eu vou. Vou focar no que é a minha área
de estudo, no que eu também posso trazer mais impacto é e
entender que a gente não precisaestar tão ligado assim o tempo
todo. E eu sinto também como como
criadora, é mulher No No dia. Tal.
Eu recebia muitos casos de violência, muitos, muitos, as
(16:54):
pessoas me mandavam é e vídeos, me mandavam notícias.
E aí em determinado momento eu pensei, eu sou o sei lá, Celso
Russomanno, eu sou uma promotora, uma defensora, eu sou
AO Jornal Nacional, é, eu posso ativamente resolver todos esses
casos aqui, não. Então eu não vou me colocar
(17:15):
nesse lugar da a porta-voz de notícias terríveis.
Eu vou então escolher outro caminho e focar No No
conhecimento e na educação que traz Esperança, porque também
tem estudo já dizendo que a Esperança transforma como a
gente enxerga o mundo, transforma como a gente navega
(17:36):
no mundo, inclusive transforma ofuturo que a gente vai viver.
Se a Juventude, se as mulheres, se os grupos menorizados estão
todos acreditando que não tem mais jeito, como é que a gente
vai ter força, força de espírito, saúde mental, para.
A criar uma realidade diferente pra gente, sabe?
Então pra mim é é um otimismo estratégico, um otimismo
(17:57):
intencional, que que quase ativista é que eu coloco no
mundo entendendo exatamente isso, que quando tudo ao nosso
redor parece muito negativo, ao invés da gente pensar, não Bora
mudar isso. O pensamento é, não tem mais
jeito, não tem mais jeito, de que adianta?
Odeio política é no vale de. De nada, free wife e aí vai pro
(18:22):
pro caminho contrário, sabe? De hiperconservadorismo, de medo
de não. Então vamos voltar pro
tradicional, vamos voltar pro que era antes e a pessoa esquece
que o que era antes era horrível.
Só que quando a gente olha no presente, fica romantizado, fica
só o lado bom, só AA coisa que foi parar no livro de história
(18:42):
escrito pela pessoa que se beneficiava por aquela história.
Então esses. Esses pontos do do nervoso, do
negativo ao meu redor foram o que me fizeram criar uma
notícias. Felizes para navegar o fim do
mundo é inclusive para falar comessas pessoas que estão
acreditando que É o Fim do mundomesmo.
Agora não tem mais jeito. Então vamos navegar.
(19:05):
É esse esse mar aí revolto do fim do mundo, juntas, com um
pouco mais de de Esperança e de otimismo também.
Que faz muito sentido, o que você está trazendo é clara,
sobretudo ali, quando você trouxe a frase mas eu não.
Não preciso me informar de tudo,eu não preciso estar informada
sobre tudo. E hoje o que se percebe muito, e
(19:25):
eu percebo visivelmente esse fenômeno na clínica, é
justamente os efeitos dessa sobrecarga infocomunicacional.
Eu não sei se vocês já tiveram aoportunidade de assistir um
trechinho de uma entrevista que a atriz scallett Johansson.
Ela estava presente onde ela disse que não tem Instagram e
ela explicou os motivos pelos quais ela pontuou isso.
(19:48):
E uma das das frases dela foi, bom, eu eu percebi que passei
uns meia hora, 17 minutos ali e eu vi um cachorro.
E agora eu quero morar em Los Angeles, quero ter um cachorro,
quero andar de patins, então assim.
É positivo no sentido de você conhecer você, desbravar outras
(20:10):
culturas, enfim, conhecer outraspessoas.
Mas aí a gente volta para o começo na questão do caminho do
meio. Mas até que ponto tanta
informação assim realmente faz sentido na sua vida?
Então, acho que a gente precisa ficar nesse momento realmente de
autorreflexão e aí levando para o conteúdo, tá, mas qual
(20:30):
conteúdo eu tenho mais afinidade?
Qual conteúdo faz mais sentido? Sentido consumir nesse momento
da minha vida, porque a gente muda também.
E eu sou assim a favor de um follon terapêutico, no sentido
de, Ah, eu segui essa pessoa há um tempo atrás.
Mas talvez nesse momento é um conteúdo que não faz tanto
(20:51):
sentido para mim, porque se não realmente, no final do dia nós
nos perguntamos, mas por que queeu estou tão cansada?
Geralmente nem é só um cansaço físico, mas é um cansaço
cíclico, tão. Profundo que eu costumo falar
aqui nos bastidores da clínica que é mais ou menos suga
energia. Nossa, que você está tão
(21:12):
cansado, o olho fica baixo. É incrível isso.
Eu não sei se já aconteceu com vocês.
Você está me espiando por aqui assim, né?
A gente vai ter uma sessão. Aqui, todo mundo junto, meu Deus
do céu, e aí logo antes da da clara entrar, eu estava falando
com a Maisa que eu estava aqui com 70000 janelas e abas abertas
(21:37):
e. E várias delas ficam abertas
por, né? É suporte emocional, porque AI
aqui eu não consigo fechar aquilo.
E aí você falou, esse duan follow é terapêutico.
AI, meu, tem gente que eu não consigo parar de seguir porque,
tipo. Ah, mas sei lá, insira aqui,
(22:00):
sabe? É a tia de não sei que que eu
tenho um carinho muito grande por essa pessoa que.
E é, às vezes é difícil, eu comoboa canceriana.
Às vezes eu tenho um pouco dessadificuldade do do desapegar, de
conseguir entender que eu não seguir aquela pessoa não
(22:23):
significa que eu não goste dela ou do que, mas nesse momento e
outra, quantas pessoas mesmo a gente consegue consumir, né?
Ou ou ter alguma interação daquelas que a gente segue.
Se você segue 500 e não sei quantas pessoas.
Dessas 500, você está vendo mesmo que 500 pessoas posta ou é
só sei lá, 50 100, que já é bastante, né?
(22:46):
Você sai com 100 amigos, não sai, cara.
Eu tenho uma dificuldade tão grande Na Na teoria, eu não sei
da importância do do anfolo terapêutico, mas e na prática?
Como que a gente faz isso? É é que Oo algoritmo, ele é
feito para isso, tipo, o formatodo feed é feito para isso, essa
coisa do feed infinito que é AI.O que que eu vou perder se eu
(23:10):
sair do celular agora? É a mesma lógica aqui do anfolo,
o que que eu vou perder se eu der anfolo nessa pessoa?
EE, é esse mistério que fica mantendo AA gente ali no feed ou
a gente ali com pessoas que causam.
É comparação e às vezes não é nem questão da pessoa, né?
Não é uma questão do conteúdo, éa forma como a gente reage ao
(23:30):
conteúdo daquela pessoa por por algum motivo.
EE tem. Eu tenho estudado muito sobre
como o cérebro impacta o comportamento.
É, e tem algumas coisas. A primeira coisa que que quando
eu descobri, eu fiquei, meu Deus, é isso, é é que a gente
acredita que o nosso cérebro, ele está programado para fazer a
(23:52):
gente feliz, mas não é verdade. O nosso cérebro está programado
para fazer a gente segura. Então deixar a gente segura
economizar a nossa energia EEO, que que é mais seguro do que
rolar o. Fide por 4 horas, sabe?
Tipo, traz uma recompensa ali, traz uma felicidadezinha, mas ao
(24:12):
mesmo tempo você está absolutamente segura, você não
está usando a sua, a sua energiaque você usaria para fazer um
exercício, que você usaria para sair de casa, para encontrar
amigos. E aí fica essa essa dissonância
entre, Ah, eu não tenho tempo, eu não tenho tempo para ver meus
amigos, eu não tenho tempo para fazer um hobby, eu não tenho
tempo para isso, não tenho tempopara aquilo.
(24:33):
E o tempo de tela tá sem. Horas por dia.
Daí pera aí, onde está esse tempo?
Esse tempo talvez esteja sendo sugado aí como como a Maisa
falou de sugar, energia também sugando o tempo que que você tem
e que poderia ser investido em coisas muito mais felizes e
(24:53):
muito mais interessantes e que te avançar assim Na Na vida que
que você quer viver é e tem 11 estudo de um.
Pesquisador que chama BJ fogo, que ele fala sobre tecnologia
persuasiva, ou seja, desde 2003 é é.
Já tinha estudos falando que a tecnologia era feita para moldar
(25:16):
os comportamentos das pessoas e aí ele montou 111 modelo de
comportamento que é baseado em motivação, habilidade e gatilho.
E vamos ver as redes sociais, a motivação das redes sociais.
Ah, eu entro nas redes sociais para me entreter.
Eu entro nas redes sociais para me conectar, para ver meus
amigos, para ver minha família, para matar a saudade, para ouvir
(25:37):
português. Eu entro muito, porque quando eu
como eu estou no Reino Unido, àsvezes eu só quero ouvir
português. É beleza.
Minha motivação, essas motivações são todas válidas?
Habilidade para esse novo hábito, eu só preciso pegar o
celular e rolar o feed. É muito fácil, é.
E o gatilho? O gatilho é o que você o
estímulo que vai disparar esse comportamento.
(25:59):
Então é uma notificação, é uma vibração, um alerta. 11 vídeo
específico, aqueles esse essa tendência dos vídeos, cursos
curtos que nos primeiros 3 segundos as pessoas já fazem
muitas coisas e daí você está com um Monte de informação ali
de. Repente e você vai ver até o
final. Então, AA forma como essas
(26:20):
tecnologias elas foram pensadas,já apontam a gente pra pra esse
lugar da facilidade. E aí é tem 111 livro que chama
nação, dopamina que ela fala quenesses nesses movimentos de a de
vício, a melhor coisa que você pode fazer é deixar o hábito
difícil. Então, beleza, como é que a
(26:42):
gente entra menos no celular? Deixar o hábito de.
Difícil. Ah, eu vou enquanto eu trabalho
o meu celular vamos dizer que você não trabalha no celular, é,
você trabalha no computador enquanto eu trabalho, o celular
está em outro quarto, eu tenho que levantar e ir para o outro
quarto para pegar esse celular. Ah, eu, eu o meu maior problema
é entrar no TikTok, deletar o TikTok e tirar OOO login que daí
(27:05):
cada vez você vai ter que baixaro TikTok é fazer o seu login,
lembrar a sua senha porque toda vez eu esqueço é pra entrar no
TikTok, deixar. A habilidade que normalmente é
só clicar e você já está rolando, infinitamente mais
difícil de acessar, inclusive eutenho uma pergunta, qual é o
tempo de tela de vocês hoje? AI, não sei dizer, mas talvez
(27:28):
entre 348, mas assim. Prefiro não comentar.
Nossa, eu estou numa numa num desafio pessoal para diminuir
meu tempo de tela. Chegou a ser 6 horas, mas também
eu posso conteúdo, né? Tem uma parte aí que é trabalho,
mas não é tudo. EE, agora eu estou nas minhas 4
(27:52):
horas, eu quero chegar ali em 3 horas.
É, é postando conteúdo, criando conteúdo.
É difícil ser menos do que isso.Mas realmente é 11 desafio
pessoal, principalmente porque, como como o bah tava falando de
Ah, e nem sempre é só duns prowling, às vezes a pesquisa
(28:13):
fica fica uma linha muito difícil, né?
Quando você cria conteúdo, que éo que eu estou fazendo, a
pesquisa ou o que eu estou fazendo?
É, é é servir aqui os os algoritmos.
EE, esse livro que você plantou é fora da Anne da geração
dopamina. Eu concordo com muitas questões
que eu apresentem, faz todo sentido.
(28:33):
Eu só fico assim, pensativa, muito realmente reflexiva com
relação a essa estratégia de é não, não, por exemplo, de estar
aqui, colocar o celular em outrocômodo, de apagar um aplicativo,
deletar uma plataforma digital, porque muitas vezes esse
movimento ele é feito, OK, eu vou apagar o meu Instagram, vou
(28:54):
apagar meu TikTok, mas ainda assim eles se tornam presentes
de algum modo. O nosso pensamento tá ali, fica
batendo, mas será o que que fulano tá fazendo?
O que que tá acontecendo, o que que eu tô perdendo?
A fome tá ali, presente. Eu sempre fico pensando se caso
teria uma alternativa. Não tenho nenhuma resposta, tá
gente? Mas aqui são só reflexões, se
(29:17):
realmente 1111 dos caminhos seria a gente aprender a usar do
nosso jeito e entender o que quefunciona pra gente.
Porque assim. É, me chega aqui, a gente vai
para um extremo, Ah, eu não quero, eu deleto e enfim, não
estou usando, mas está presente na minha vida.
(29:38):
De algum modo, estou pensando sobre isso.
É, e aqui, quando quando a ba estava falando, me veio uma
outra, uma outra dúvida que eu tenho que perguntar para vocês,
áudio de WhatsApp vocês. Escutem qual velocidade um eu
escuto, não 1.5 ou 2 e é quando é desconhecido, eu já boto.
(29:59):
Para transcrever que eu não gosto de ouvir áudio
desconhecido, mas eu acho que é uma coisa com ansiedade também,
né? De tipo que que essa pessoa
desconhecida quer me mandar áudio.
Até porque, como eu eu já fiz muito conteúdo político, já
descobriram o meu celular, já memandaram antigamente, já me
mandaram ameaça. Então faz sentido associei na
cabeça que áudio de desconhecidoestou fora, mas normalmente eu
(30:23):
vou. Vou escutar No No 1.5, que é uma
coisa que nem faz sentido com outras coisas que eu faço, que
eu sou bem. Slow, even assim.
Eu estou bem, eu ando devagar, eu falo devagar, é enfim.
Mas o os áudios realmente eu eu vou, vou no rápido.
Eu geralmente escuto no normal, porém depende se.
(30:48):
Tem, assim, pessoas muito específicas, que não é
necessariamente que falam devagar, a pessoa de vaga,
porque eu tô falando aqui, nossa, AI gente, você viu?
Olha, acabou de pensar, alguém ali, quer dizer, menina, olha,
mas eu tava pensando aqui. Eu acho que eu não tirei a roupa
do AI, gente, tu sabe? Me ajuda a te ajudar?
(31:13):
Então isso me faz querer colocarno mais rápido, não, porque eu
quero fazer AA voz daquela pessoa assim, gente, vamos
cortar então isso daí e esse negócio de transcrever eu não
sabia, porque se tem algo que medá um pouco e quem é amiga minha
sabe. Esse negócio do áudio Do Nada,
(31:37):
sem estar, tipo assim, AI, claro, eu estou aqui conversando
com você já, tipo, tá, AI eu mando 11 mensagem, não sei o
que, você me manda uma, a gente está numa conversa, mas assim a
gente está 7 dias sem se falar ede repente você só me manda um
áudio, puta que pariu. Isso daí me dá um gatilho assim
de ansiedade. Eu acho que é porque às vezes as
(31:58):
pessoas mandam por áudio quando a notícia é ruim.
Isso já aconteceu comigo também,tipo, a pessoa não quer mandar
escrito, daí manda por áudio notícia ruim.
E daí você fica AI, meu Deus. Eu nem sei, é, é.
Realmente por ter essa coisa do desconhecido, de tipo, Ah,
peguei o celular, pelo menos eu olhei ali na notificação, Ah,
tá, não sei o que. Ela só quer saber se a gravação
(32:21):
está conformada para mais tarde.Ah, beleza, né?
Não posso responder agora, mas eu já sei o que que a clara
falou comigo esse 100%. Muito desconhecido, me não sei,
me dá um. E aí tem uma amiga minha que a
gente faz isso muito uma com a outra, de geralmente a gente
manda uma mensagem rapidinho falando amiga, vou te mandar um
áudio falando x. Beleza, tiqueta digital,
(32:44):
entendeu? EE assim e vai.
É verdade. Realmente tem algumas amigas que
eu tenho prazer no áudio, entendeu?
Então, por exemplo, eu tenho um amigo que manda áudio de 8
minutos. Eu sou um podcast.
Eu boto no meu fone. Aí eu vou fazendo coisas como se
eu tivesse ouvindo podcast mesmo.
E aí é um áudio de de lazer. E aí não precisa ser 1.5, sabe?
(33:08):
Não precisa ser 2, mas um áudio de coisas que poderiam ter sido
escritas. Aí vão pra pra 1.5.
E 2, sabe? Essa é a minha, a minha visão.
Quando é lazer, beleza, devagarzinho.
Eu estou ouvindo. Aí a amiga está devagando,
acontece ou tipo, AI, nossa, eu esqueci.
Eu já falei tal coisa, adoro. Faz parte.
(33:29):
É quase 111 ligação. Só que hoje em dia é difícil
ligação, principalmente quando você está em outro fuso, né?
Então o áudio, ele entra nesse, nesse quase lugar da da, da
ligação. E você, Maísa, como é que você
ouve áudio? Eu não tenho nenhuma estrutura
para ouvir áudio acelerado, gente, eu não.
Eu não escuto áudio acelerado nenhum.
(33:51):
Nem triste, nem de lazer, nem denotícia triste que eu escuto.
Todos na velocidade normal. Para além disso, eu não sei se
vocês gostam de assistir, por exemplo, novela.
Eu sou uma noveleira de carteirinha e ela é um é 11
entretenimento que eu consigo consumindo muito e tem algumas
plataformas digitais hoje em diaque você tem acesso à à
(34:13):
infinidade de novelas e conversando sobre isso com com
uma amiga. Nós estávamos conversando aqui,
Ah, mas eu estou assistindo essanovela.
Mas eu já assisti ela quando passou ali na televisão e aí
agora eu só assisto as partes que eu quero.
Eu vou passando tudo e só assisto as partes que eu quero.
Tipo, Ah, tudo bem, mas aonde que eu estou querendo chegar com
(34:35):
essa questão do áudio do WhatsApp e das plataformas de
streaming de de filmes e séries?É que o poder acelerar o poder
assistir. Só a parte que eu quero nos está
nos levando. Altuamente aqui uma perceção
minha, muito voltando ali pra filosofia que nós estamos perto.
(34:57):
Claro que perdendo uma capacidade de nos frustrar com
as situações, porque eu? Posso.
Então vamos imaginar o nível de frustrações.
Se um Belo dia o WhatsApp resolve que olha, acabou essa
história, não vamos mais ter áudio acelerado.
Ou então, olha, acabou o streaming, vai todo mundo
assistir novela quando passar natelevisão.
(35:18):
Mas o quanto que a gente aprendia e desenvolvia
habilidades essenciais para nossa existência humana?
Que hoje, na geração da opamina,como diz Bauman, está se
liquidifando, existe essa palavra?
Liquidificando, eu acho liquidificando, então você
escorrendo. Pelas nossas mãos.
Aí vem a questão do prazer imediato que essa geração da
(35:41):
opamina apresenta. E aí, como como clara falou, é
mais seguro eu ficar 4 horas aqui rolando o meu filho é
seguro, é prazeroso. Eu não vou ter muitos aqui, uma
grande ilusão, não vou ter muitos.
Fosso, mas enfim, a sobrecarga efor comunicacional estar lá, mas
o ritmo de vida que a que nós estamos hoje, assim, está nos
(36:05):
levando para um lugar que eu nãosei onde, mas me deixa muito
reflexiva. E aí eu volto pra pra filosofia,
pra bom, vamos entender porque tem uma parte aqui que está
dando erro, está dando errado. E aí volto a consumir, por
exemplo, outros tipos de conteúdo.
E aqui é o caminho do meio, não deixo de consumir conteúdo.
Conteúdos que seria assim, mais rápidos e rasos, por assim
(36:29):
dizer. Mas também incluo conteúdos mais
profundos, conteúdos mais densos, e assim é a forma que
tem funcionado. Para mim, assim é o meu caminho
do meio. Não sei se fez sentido para
vocês. Eu fui longe.
Faz muito sentido, porque saindoum pouco dessa coisa da das
notícias ruins versus notícias boas, mas ainda na.
(36:54):
No mesmo espectro, eu gosto muito de assistir filme, série,
documentário, de umas coisas assim muito pesada.
Eu sou aquela que adora coisa deserial killer, de, sabe, coisa
real, a minissérie lá da hittoffque matou a família.
(37:17):
Ah, gente, adoro. Tipo, péssima, né?
A pessoa AI, vamos relaxar, vamos ver aqui uma série.
De como que sei lá mataram se não sei quantas pessoas ou coisa
muito densa é, sabe o handmades Tale na não consegui terminar
porque eu estava numa fase, estava acabando comigo assim,
(37:39):
psicológico não dava e aí aí queentra o meu marido, que ele
fala, vamos ver coisa besta é, mas problema seu, você não.
Você está num momento que você não está podendo opinar de tipo.
Porque você está precisando dar esse respiro para o seu cérebro
de assistir. AI, gente, eu lembro quando ele
(37:59):
me fez assistir Brooklyn Nine-Nine, né?
Eu odiava, foi um nosso. Ruim Ah, eu amo.
Porque? Uma noção péssima.
Que história ruim, que eu dava risada e eu estava ali, sabe?
Não pensando porque às vezes é esse respiro que a gente
precisa, que falam se muito. Que aqui na Austrália não
(38:24):
acontece entre grandes aspas, né?
Coisa suficiente pra para as notícias, né?
Pro pros canais de de notícia que aí eles colocam no
noticiário, tipo, Ah, um turistatava num num hotelzinho assim de
beira de estrada e foi acordado com Canguru batendo na porta.
(38:48):
Sabe, tipo assim, é coisa que não tem o que noticiar.
Eles noticiam isso porque é verdade e às vezes dá realmente
esse quentinho no coração do tipo puta que legal né, que
gostoso, AI tem morte, tem, assassinato tem, não sei o que
violência doméstica tem, tem tudo isso aqui a gente precisa
ficar sabendo, precisa como sociedade, sem informar que Ah,
(39:10):
estatística aqui de violência doméstica está alta, ó, que que
dá para fazer sobre isso, mas precisa ser só isso daí
noticiado. Então isso que meu marido vai me
puxando às vezes, que não precisa de conteúdo.
Cabeção o tempo inteiro. Sim, não.
Não precisa é deixar o tempo livre.
(39:30):
Produtivo também, né? Nossa.
Você tem uma dificuldade de não ser produtivo?
Até no meu tempo livre eu vou fazer algo que eu vou monetizar,
ou eu vou fazer algo que vai seredificante ou eu vou fazer algo
para meu alto aprimoramento e assim, essas coisas são
maravilhosas, mas quando? Quando vira todo o tempo, todo o
(39:51):
tempo precisa ser produtivo, ninguém aguenta, primeiro é EE,
segundo, você traz uma lógica docapitalismo para a sua vida
individual, uma lógica de então eu sou eu sirvo para produzir,
eu sirvo para consumir, porque às vezes é isso, né?
Ah, então o meu hobby, ele também vai ser atrelado a
(40:13):
dinheiro, ele vai ser sempre atrelado AA consumir alguma
coisa é e aí pode ser consumido.Conteúdo pode ser consumir uma
roupa, pode ser consumir um labu, pode ser consumir.
Enfim, é. E essa esse pensamento do do
tempo livre que é seu e que vocêestá resgatando esse tempo
livre, se permitindo gostar de coisas que não são úteis.
(40:36):
É, é 11, é uma libertação, uma libertação, EEA mídia, a
internet, os discursos, eles vãoser muito cooptados.
E aí você vai estar ouvindo tempo.
O tempo todo que você poderia estar usando esse seu tempo
livre Ah, esse tempo livre que você está cozinhando.
Ouça um podcast de a filosofia porque você não pode só
(40:58):
cozinhar, você tem que cozinhar ouvindo podcast de filosofia é
você vai, você vai caminhar o caminho.
Você tem que estar ouvindo um audiolivro sobre o sei lá o
segredo para ficar milionário. EE aí é sempre essa, essa
combinação de de coisas para queprimeiro você.
(41:18):
É a é. Mas eu falo sobre se frustrar.
Mas também tem um tédio, né? Que você não pode sentir tédio.
Crianças não são mais permitidassem anti tédio, né, gente?
Fazer nada, fazer nada AI. Mãe, estou entediada.
O problema é seu, se vira. Quem que não escutou isso quando
era criança? Vai brincar, gente.
(41:39):
Uma criança com uma caixinha de de pregador e um sonho.
Qualquer coisa, e nós? Chegamos aqui.
O meu top um ultimamente de dedicação, de estudos, realmente
para compreender esse movimento.E inevitavelmente eu volto aqui
(42:00):
para o Mion e ele tem o livro a sociedade do cansaço, enfim, mas
outros livros também que. Que apresentam, de certo modo,
descreve essa sociedade pós Moderna que a gente vive hoje.
E clara falou alguns pontos assim, que que eu vejo todos,
praticamente todos os dias na clínica, eu, enquanto psicóloga,
(42:20):
atendendo mulheres migrantes, normas digitais, internacionais.
O que que eu me pego é convidando para essas pessoas
refletirem no sentido de, OK, mas você está em constante
deslocamento. Qual foi a última vez que você
olhou para gente? Janela do carro e você viu a
estrada que você olhou para a janela do avião que você
(42:41):
realmente sentiu que estava ali?Porque é, parece que esse tédio,
ele virou algo muito ruim, porque você tem que ser
produtivo sempre. E aí o Gui shoran fala dessa
nova ordem que é a sociedade do desempenho, é que nós somos
empresários de nós mesmos. E aí vocês trouxeram essa
questão da criança. Então, se a gente for pensar a
(43:04):
sociedade Moderna. Ali, num, num, num, num aspeto
mais de uma sociedade disciplinar, você tinha hora
para trabalhar e voltar. E quando você não estava, não
estava trabalhando. Aquele tempo era seu.
Assim como na escola também. Você tinha tempo para ir para a
escola. Você chegou da escola, fez a sua
tarefa. Você pode brincar.
(43:25):
O tempo é seu. Hoje em dia, essa lógica, ela já
não não está presente, porque a todo instante, como a clara
falou, nós queremos produzir, nós queremos ser útil.
E aí o de um schurran. Ele fala que hoje em dia a gente
vive numa sociedade 11, Liberdade disfarçada de coerção.
(43:45):
Porque ao mesmo tempo que que eusou um projeto livre.
Mas ainda assim, eu sou o senhorou a senhora de mim mesma.
Então é mais ou menos assim, Ah,eu sou a ré e eu sou A Juíza.
E geralmente uma juíza muito carrasca.
Nossa, péssimas, né, gente do céu?
Daqui você tão de casca grossa com a gente mesma, né?
(44:08):
Pelo amor de Deus. Sim, e ainda mais quando a gente
pensa em classe. Aí vem, vem várias camadas em
cima, né? Que é tipo, Ah, beleza, o seu
tempo. Tá todo mundo dizendo que as
mesmas 24 horas são de todo mundo e que você, se você acorda
cedo, milagre da manhã vai acontecer e você vai enriquecer,
(44:29):
et cetera. E aí algumas pessoas vão ter,
vamos dizer, 8 horas que elas não.
Estão trabalhando ou 12 horas, ou 16 horas, outras pessoas vão
ter 5, vão ter 6. E aí AA pressão do ser produtiva
e de ser uma empresa e de fazer mais e Conquista mais e mais
mais mais bate nessas pessoas deformas diferentes.
(44:53):
Mas foi um discurso igual que é,né?
Ah, é só você querer, é só você fazer mais, é só você ouvir o
podcast enquanto você está no ônibus, é só.
Você ler essas esses 5 livros, eu não sei o que aconteceu com o
meu algoritmo, mas eu estou recebendo um Monte de esses 5
livros me fizeram enriquecer, e aí é só você ler esses 5 livros
(45:16):
que que que fizeram fulano enriquecer EE aí não tem OA
parte de trás que é o quão rico esse fulano já era antes de ler
esses livros, ou qual era o contexto de fulano antes de ler
esses livros, né? Então.
Para mim, isso que me pega muito, me pega muito, que é
(45:37):
beleza, a gente não é. Está aprendendo que o nosso
tempo tem que ser sempre útil. Sempre útil.
Muitas vezes é útil num contextode produção, né?
Então não é útil porque Ah, pra mim é útil.
Eu ver minhas amigas me faz bem,então, mas não é essa esse tipo
de utilidade que a gente está ouvindo tanto assim.
(45:58):
Capitalista é 11, muito capitalista, um muito de de
produza mais trabalho e mais consumo.
Mais é EE. Ao mesmo tempo, a gente não está
entendendo que os contextos são completamente diferentes para
pessoas diferentes. É nossa, estou, estou tomando.
O lindo schurran. Ele vem falar que nós estamos
(46:21):
perdendo a capacidade de contemplar.
E aí eu volto para a questão, você está em deslocamento?
Olha pela janela, aprecia o tédio.
Não é algo ruim, pelo contrário,como nós conversamos.
Mas agora há pouco, é preciso dar esse espaço para o nosso
cérebro. É preciso, de vez em quando,
assistir o Duty marinaine. Tem gente que adora os os
(46:47):
reality show trash, né? Uns eu não sou fã de reality
show. Ponto, mas eu sei que tem.
Eu tenho muitas amigas que gostam daqueles assim.
Ruim. Sabe não sei o que lá com a?
Sogra, eu gosto de comédia romântica, é o meu, é o meu
rolezinho do tipo Ah, uma deixa feira do dia, Hum, uma comédia
(47:08):
romântica bem com atuação mais ou menos.
É Ela é da cidade grande e tá voltando pro interior.
Aí logo quando ela chega, a primeira pessoa que ela encontra
vai ser o cara da vida dela. Essas eu acho que essa é a
minha. Tem gente que é o reality show,
tem gente que é outro Prime. Gente, tem gente que é OOO livro
(47:31):
de autoajuda do meu caso, eu sinto que é comédia romântica e
livro de fantasia, quanto mais fora da realidade, melhor ainda.
Não tem dragão, é isso, tem fada, elfo, bruxa.
Adoro. É 11 coisa que você perguntou
disso, né? Da contemplação e do tédio.
Me fez muito lembrar de quando eu era criança.
(47:52):
A gente viajava bastante para o interior de São Paulo, de carro
que dava umas 8 horas. Horas de de distância.
Meu avô IA dirigindo, eu tinha há 8 anos por aí, então já é uma
criança grande, mas assim também, né?
Não? Nem tanto.
E aí aí eu, minha irmã mais velha, minha mãe e meu avô e
(48:14):
minha avó e assim não tinha essacoisa de Ah, iPad da criança,
Ah, que não sei o que não tipo, não, não, não tinha
entretenimento No No carro. Então eu e minha irmã, que
geralmente a gente tinha no em feriado, e minha mãe tinha
acabado de sair do trabalho, então ela IA dormindo no na
(48:35):
parte de trás do do carro e é eue minha irmã ali.
E aí, né, a amanhecia. E você está lá tipo, sei lá, 6
horas da manhã, 2 crianças olhando pro nada, tipo, AI vê
umas placa, gente, até hoje eu lembro de cidades e a gente e
das coisas que a gente falava que aí vai AA imaginação, né?
E a criação tinha um tinha uma cidade que chamava Aspásia.
(48:58):
Por que que chama Aspásia? Eu não tenho a mínima ideia.
Eu nunca fui no Google procurar OA origem dessa cidade, mas pra
gente, na nossa história. Nossa fantasia era porque o
jeito que se falava mais no interior de uma coisa mais
caipira e que era o homem e a mulher que brigaram e falamos,
(49:22):
vamos fazer Aspásia? E ficou aí.
Eu amo. Quando que hoje a gente vai e eu
não tenho filhos? Então eu estou muito num lugar
assim, idealista, de tipo AI, né?
A minha criança nunca faria isso.
Mas assim, quando que hoje em dia a gente IA estar nessa
(49:46):
situação de você ter 2 crianças no carro sem nenhum,
absolutamente nenhum tipo de entretenimento, e elas iam se
entreter ou você, né, se entreter junto ali.
EE contar história ou gente adorava olhar é coisa no céu,
como que é o nome? Nuvem gente, você está?
(50:08):
Vendo isso daí, nossa, é um dragão.
Puta, não. Eu estou vendo um elefante.
Na eu acho que é por isso que eueu digo com convicção que eu
nunca senti tédio. Eu nunca senti tédio assim.
Eu eu sou uma pessoa muito sonhadora e eu já era uma
criança muito sonhadora. Então, mesmo quando eu não
estava fazendo nada na minha cabeça, coisas incríveis.
(50:29):
Às vezes estavam acontecendo, euestava projetando mundos
maravilhosos, eu estava me imaginando em lugares, tanto que
é, eu escrevia fanpik, eu, eu escrevi 11 livro de fantasia,
sabe? Eu, eu, realmente, eu, eu gosto
da ideia de imaginar o que não existe.
Então, EE hoje, se a gente está sempre ouvindo alguma coisa, é
(50:51):
fazendo isso, pensando naquilo ecombinando coisas ao mesmo
tempo, o tempo todo. Não tem nem tempo.
De imaginar, de de pensar, de dese permitir sonhar coisas.
É, e então, até na nessa fala dotédio.
Não é que necessariamente você vai estar sentindo tédio o tempo
(51:12):
todo, mas você vai estar se permitindo se entreter de formas
diferentes, como inventar uma história para para o nome da
cidade, né? Que se vocês tivessem as 2 No No
iPad é não, não estariam fazendoisso, não estariam precisando.
Projetar coisas, criar coisas na.
Cabeça. E daí?
(51:33):
Me vem uma questão que essa sobrecarne infocomunicacional,
ela vai nos tirando vivências. E que uma aspas bem grande, por
assim dizer, no sentido de como você não tinha Bárbara esses
recursos tecnológicos, além de potencializar a tua imaginação,
mas também você nutria uma relação mais próxima com a sua
(51:54):
irmã. Então você estava ali se
relacionando com o outro e hoje em dia?
Parece que está ficando um pouquinho assim, mais difícil
nutrir e manter uma relação. E você trouxe do carro?
Eu me lembrei que imediatamente eu sou do Maranhão, enfim, adoro
meu estado de uma cidade chamadaCaxias, que fica no leste
maranhense e sempre nas férias, feriados, então a minha família,
(52:17):
eu, a minha mãe e a minha irmã, nós íamos para São Luís, que é a
capital do nosso estado, e enfim, não tinha esses recursos.
Então eu aprendi a. Gostar muito de de aprender como
chegar lá, que era a minha brincadeira enquanto criança.
Ah, mas como é que eu chego em São Luís?
Em São Luís, como é que eu chegona praia?
(52:39):
Então? Era Oo percurso inteiro,
prestando atenção, onde o carro tá brava, quais são as Placas?
E eu vejo que isso nitidamente desenvolveu uma habilidade de
que nos bastidores eu sou conhecida como um GPS ambulante.
Eu era essa também um. GPS ambulante.
(52:59):
Porque eu vou em um lugar uma única vez.
Eu presto realmente atenção e isso vai desenvolvendo essa
habilidade e aí essa essa sobrecarga infocomunha carcional
voltando, ela vai nos tirando a possibilidade de desenvolver
habilidades, mas também de olharpara nossa própria existência.
(53:21):
Contemplá la e também nutri relação com os outros.
A gente está cada vez mais no nosso.
Bolha, né? Eu eu amei.
Eu sou o contrário, eu posso ir para o mesmo lugar 50 vezes e eu
voltar, mas onde era mesmo? É é para lá ou é para cá?
Ninguém pode confiar em mim parafazer direção nenhuma.
E eu sempre fui assim, desde criança.
(53:43):
Sou sou uma pessoa completamente, porque enquanto
vocês estavam pensando no na ida, eu estava pensando na
folha, eu estava pensando na nuvem, eu estava pensando em
coisas uhum no caminho EE. Sei lá, ele simplesmente não,
não projetava Oo onde eu estou indo?
(54:05):
E até hoje eu sou assim. Então, de fato, AA forma como a
gente cultiva um hábito vai reverberar por muito tempo, anão
ser que ativamente, a partir de agora eu decida, não, eu vou ser
uma pessoa bem direcionada e eu vou atrás de de de mudar esse
esse hábito. Mas você percebeu alguma
diferença nessa sua habilidade de continuar sendo?
(54:29):
SGPS humano, porque eu era essa também e eu não consigo
exatamente perceber onde isso, se onde, não quando isso se
perdeu aqui em mim. Mas eu estou na Austrália, está
para fazer 19 anos, só que eu morei 14 anos e meio na mesma
cidade e eu cheguei lá. Gente, era época que nem
(54:49):
existia, é smartphone, então erada época de olhar no, no mapa,
no, no, no Google, no. Computador, você aprendia ali
como IA e IA pro lugar. Então vi o advento do GPS,
literalmente. OA televisãozinha GPSE, depois o
Waze, né? E aí em 2021 eu mudei de estado,
(55:13):
fui pra outra cidade e 2 anos atrás eu vim pra cidade que eu
estou agora, que ainda no mesmo estado que eu, né?
De 2021. E eu percebi que mesmo eu
morando há 2 anos na mesma cidade e inúmeras vezes eu indo
para os mesmos lugares, eu tenhouma dependência do GPS.
Porque eu estou fazendo. Eu estou fazendo o quê?
Eu estou no mínimo escutando um podcast.
(55:35):
Não é nem música, porque música fica mais fácil, né?
Não prende tanto a nossa atençãoe.
E por mais que eu às vezes assim, é um pedacinho que eu não
tenho certeza e aí porque eu nãoestou, é com meu cérebro ali,
sabe, 100% engajado do da necessidade.
(55:57):
Aí eu deixo a oi, você está ali me mostrando, Ah, essa daqui que
eu tenho que virar, essa daqui que eu virar.
Eu falei, porra, mas eu já fui pular tantas vezes e por que que
eu não sei que eu tenho que virar ali?
E. Aí, Mara, mas será que você está
ali mesmo? Claro que não.
Já te respondo, eu sei que não. Respondendo a tua pergunta, eu
não sei usar g péssima. Eu sou péssima com GPS péssima e
(56:20):
eu adoro dirigir. Então geralmente quando eu viajo
com meu marido, eu sempre dirijoe ele fica no GPS.
Então é como no meu dia a dia, éuma ferramenta que eu acabo não
usando. Eu sinto que foi preservando
essa habilidade e deixando ela mais aguçada.
Eu estou aqui em Portugal desde o início.
(56:41):
Início do ano passado e assim dirigir aqui foi aprender a
dirigir aquilo. Eu digo que é um aprendizado.
Aprender dirigir aqui realmente foi uma experiência, porque é
diferente. E no começo eu fiquei, eu me
perdi muito, obviamente, mas AA medida que eu fui insistindo,
não uso GPSA probabilidade de meperder usando um GPS do que usar
(57:06):
aqui. O meu GPS interno é muito maior.
Queria perguntar. Há sobre o impacto que a
qualidade das notícias que a gente consume tem na gente do
não só na mente, na não só no humor também, mas às vezes até a
nível físico e emocional e. E essa exposição?
(57:32):
É. Massiva de conteúdo, às vezes
não necessariamente negativo, né?
Mas é porque Oo conteúdo em si que está sendo noticiado.
Então, sabe o genocídio que estáacontecendo na Palestina?
E aí você tem 15 amigos compartilhando sobre aquilo aí.
Tem algum outro veículo de comunicação que você está com?
(57:52):
Qual que é o impacto que isso tem na nossa vida?
De vê muita notícia que nos impacta negativamente e também o
impacto que tem na gente de só consumir notícia que a gente
fica AI, meu Deus do céu, o mundo é maravilhoso, é um
morango. É notícias positivas, tem vários
estilos estudos sobre isso, tanto sobre o impacto das
(58:16):
notícias negativas quanto o impacto das das notícias
positivas. É, notícias positivas melhoram
bem-estar, otimismo, Esperança, noção de propósito, de vida.
É e inclusive diminui o impacto de notícias negativas.
Então faz sentido, por exemplo, de você assistir ou ler algumas
(58:38):
coisas que são negativas para saber sobre o mundo.
Saber é não ser completamente alienado.
EE ao mesmo tempo, buscar ativamente notícias positivas
porque diminui no cérebro. Os as influências negativas das
notícias ruins você consumir notícias positivas é e notícias
(59:01):
negativas tem impactos como aumentar a ansiedade ou ser
gatilho de de de questões de de saúde mental, aumentar o
pessimismo e o pessimismo tem alguns estudos já associando a
menos anos de vida. Ou seja, você vive menos quando
(59:22):
você é uma pessoa pessimista, porque algumas das questões tem
111 estudo muito longo sobre envelhecimento que acompanhou a
pessoas por décadas e a descobriram que as pessoas que
viam a vida de forma positiva. Ah, minha, eu sou eu sou sortudo
ou eu sou eu sou uma pessoa feliz ou eu tenho amigas?
(59:47):
É, eu tenho uma comunidade ao meu redor.
Essas pessoas viviam mais. EAA forma, inclusive como ela se
se comportam socialmente, se comportam no individual,
reforçavam essa visão positiva da da vida.
Então, por exemplo, se a pessoa acredita que É Ela é uma pessoa
sortuda que as coisas dão certo para ela, provavelmente mais
(01:00:10):
coisas vão dar certo para ela. Não porque é é uma coisa
Mística, mas porque ela vai se colocar em situações em que as
coisas podem dar certo. Então ela vai começar.
Dá mais coisas, ela vai acreditar mais ela vai é
experimentar, experimentar. Se abrir a coisas, então a as
(01:00:30):
notícias positivas e as notíciasnegativas, elas deveriam andar
juntas. Se a pessoa quer ser ser muito
informada, que seja informada, buscando coisas positivas
também, porque tem é muitos estudos falando que as notícias
negativas impactam negativamenteAAA sua vida, inclusive
individualmente. Mas também coletivamente.
(01:00:52):
Então, por exemplo, tem tem estudos sobre notícias negativas
sobre o meio ambiente de forma coletiva, o que que faz as
pessoas sentirem desesperança. E daí, ao invés de elas, sei lá,
reciclarem mais, elas reciclam menos, porque não tem mais
jeito, entendeu? Faz diferença nenhuma eu
reciclar ou eu tomar um banho mais curto, se tá tudo ruim.
E aí mesmo? Coletivamente, as notícias
(01:01:15):
positivas têm esse poder de dizer, olha o seu impacto, ainda
tem alguma possibilidade? De mudar a realidade é então
coisas a se pensar. Se você é uma pessoa que hoje tá
consumindo apenas notícias negativas ou notícias sérias ou
(01:01:35):
notícias que te deixam preocupada com com o futuro,
porque essa sua visão em relaçãoàs notícias sim, tá, vai
influenciar a sua visão na sua própria vida e do futuro que a
gente pode viver também? Sim, eu.
Concordo muito. Clara e eu venho de uma de uma
compreensão de voltando do começo do caminho do meio.
(01:01:58):
É o meu lema diário, diário, como que eu posso caminhar no
meio aqui nessa situação? Então, consumir notícias e
conteúdos positivos é importante, assim como também
entender se no Maranhão a gente fala essa expressão, que é se
inteirar, de inteirar do que está acontecendo no mundo e
(01:02:20):
sempre entender. O que que funciona para você?
O que que te faz bem ou se faz sentido?
Tipo de conteúdo que você está consumindo e, sobretudo,
perceber como que você está sendo afetado.
E aqui eu vou para o campo dos afetos.
Por que que você consumir mesmo que você não queira?
Desculpa, gente, dizer isso paravocês.
(01:02:41):
Mas você vai sim, está sendo afetado e ou afetado.
Enfim, de algum modo, é uma linha muito tênue.
É mais ou menos aquela, aquele fenômeno que eu vejo muito na
clínica e, enfim, na vida vividaaqui fora que é, vou descansar e
aí pega o celular. Mas como assim você também está
(01:03:07):
descansando? Você tá gerando uma sobrecarga
infocomunicacional você. Tá sim iludindo ali que é
realmente 11 Descanso, por assimdizer.
Então é importante cada pessoa nem as plaquinhas.
Buscar esse caminho do meio, buscar o que funciona e perceber
(01:03:28):
como que se afeta. Porque se a gente está
consumindo algo, a gente está sendo afetado.
E daí é eu tenho muito receio dos extremos, que é consumir só
notícia boa e pensar que o mundoé o morango cheio de glitter,
que vai dar tudo certo sempre. Mas também no outro extremo, de
consumir só notícia ruim. O mundo é ruim, não tem
(01:03:50):
salvação, É o Fim do mundo dinossauro.
Aí vão voltar. Enfim, é você entender que
precisa consumir as notícias boas e você entender que bom,
inevitavelmente as coisas ruins,elas fazem parte da nossa
existência. E aí parece que também é.
Enfim, IA pra um papo filosófico, mas acho que não vai
(01:04:11):
caber aqui. Vamos seguir.
Não, porque eu tinha até aqui emuma das perguntas que era isso,
né? Que?
Qual conselho que vocês dariam para quem quer transformar a
maneira como consume notícias, então?
Não deixando ou abrindo um poucomais de espaço para o otimismo.
Inspiração, mas sim, cair nessa coisa da positividade tóxica,
(01:04:36):
porque seria um extremo, né? De tipo gente, o mundo está tão
cagado que eu quero só saber de coisa boa, tá?
Beleza, mas. Você vai viver como você vai
conversar com as outras pessoas,como levando só para esse lugar
de o mundo. É lindo, Belo, maravilhoso.
(01:04:57):
E gente, Ah, Ah, mas aconteceu você não.
Mas olha porque sei lá, tem gente que fala, Ah, mas aqui foi
melhor assim, gente, não foi melhor assim.
Às vezes coisas ruins acontecem e tudo bem, que merda, não é
tipo, ó meu Deus, fim do mundo, mas tipo, puta gente, 3 semanas
atrás. Mas eu perdi meu emprego, estou.
(01:05:18):
Hoje é o dia 19 no dia dessa gravação, hoje é o dia 19, vou
estar desempregada, que merda. Estou ativamente procurando todo
e postando um grupo de brasileiras sobre isso.
E Ah, se alguém tiver dicas de como me recolocar, eu já estou
fazendo. Ou se alguém tiver indicação de
(01:05:41):
trabalho temporário, enquanto eua enxurrada de comentários
falando. Ah, com a experiência que você
tem, logo você acha, Ah, não se tenha paciência que sei quê.
Ah, nem não. Não gasta a sua energia nesses
em buscar o emprego temporário, porque né, você deve focar.
(01:06:06):
Gente, muito obrigada pelos votos de melhoras nesse sentido.
Mas paciência não paga boleto. É esse super otimismo, essa
positividade de gente, Ah, o seujá vai chegar.
Eu estou só entre aspas, desempregada há 19 dias, mas faz
(01:06:27):
exatos 2 meses. Faz 8 semanas que eu já estou
procurando emprego, porque eu jásabia que isso IA acontecer
enquanto eu ainda estava. Obrigada.
Então é por mais que não é necessariamente sobre notícia,
mas eu acabo vendo um pouco disso, de que tem gente que vai
tanto para o mundo cor de rosa que tudo é unicórnio e esquece
(01:06:48):
de um pouco tipo, Ah, não, a gente, Ah, mas é assim, AI logo
fica tudo bem, às vezes não, às vezes OOOE, eu gosto do que você
fala, mas é do Campo do Meio termo, porque não é o pessimismo
ou Oo otimismo, é o realismo. Às vezes, gente, eu estou sendo
realista, eu tenho uma amiga. Diga que está procurando emprego
há mais de 1 ano. Emprego na área, né?
(01:07:10):
De atuação e no mercado, pelo menos aqui o que eu atuo está
complicado. Isso não é ser otimista, isso é
ser realista e tentar trabalhar com uma sementinha de otimismo.
Mas dentro da realidade que eu tenho, como que a gente faz isso
se que a gente continuar no caminho do meio aí, sem ficar
(01:07:33):
louca e matar todo mundo ou né? Bárbara, eu não sei se se eu
tenho, possivelmente não é a resposta, mas enfim, é antes
mesmo até a gente entrar, pegar,mas eu estava assim a minha
cabeça nesses rabiscando e pensando, estudando justamente
sobre isso, porque o bi michelran ele vem falar que hoje
nessa sociedade pós Moderna, o Gran aí aqui é uma ácida gente
(01:07:57):
gigante, não me interpretem mal e aí o michelran está falando é
o excesso de positividade, é o excesso, é um indemno.
Vazia. Algo que na sociedade ali do
século 20, pós guerra fria, que é uma sociedade mais
disciplinar, como diz o foucault, não o pessimismo ele
(01:08:17):
imperava, digamos assim, no sentido de Ah, eu trabalho
porque eu tenho que pagar os meus boletos.
Ok, mas agora nessa sociedade que a gente vive, não, eu
trabalho alto, desempenho isso eaquilo, gestão, empresário,
vários cursos e esse excesso de positiv.
Atividade às vezes nos nos tira desse chão da realidade.
(01:08:41):
Então tudo bem. E você perder o emprego é é
ruim? É ruim realmente.
EE é dar esse esse espaço tambémpara viver as coisas ruins,
porque parece que hoje em dia ninguém quer ver coisas ruins,
viver coisas ruins. Parece que é só coisa boa.
Compartilhar que está vivendo coisas ruins.
Não está todo mundo tão feliz, gente nossa, está todo mundo.
(01:09:04):
E assim, voltando para a tua pergunta, como que que encontra
esse caminho do meio? Acho que antes de tudo é você
perceber, é estar em um processode autoconhecimento consigo
mesmo. E aí tem psicoterapia, enfim,
várias outras formas de você estar em um processo de de
autoconhecimento. E é uma frase que eu falo.
(01:09:25):
A cada 5 e 5 minutos é o que funciona para você.
O que funciona para você e o quefunciona para mim.
Talvez não vai funcionar para você, Bárbara, para aquara e a
entender os motivos pelos quais você está tanto tempo ali, mas
sela na mão, que tipo de o que que está te levando a fazer
(01:09:45):
isso? O que que você talvez poderia
estar vivendo se você não estivesse com acesso tantas
horas no celular? É você também olhar para.
Vida desse modo, desse olhar mais contemplativo, desse olhar
mais amplo. O mundo é tão grande.
A sua vida também é tão ampla. Tem outras coisas que você pode
desbravar dentro de si e no mundo que não seja
(01:10:08):
necessariamente ali, usando uma tela como uma muleta.
Não, não, não é uma resposta, gente, mas é o que é o que está
me chegando no momento. Não, mas é.
É bom porque às vezes essas respostas não é necessariamente
a resposta que você vai dar. Mas é por essa pergunta que vai
fazer a gente pensar, e eu tenhoa minha própria resposta, e a
(01:10:29):
clara vai ter a dela. E quem está escutando a gente
vai ter as delas 111 vírgula queantes da um parêntese, antes da
clara falar, eu estou escutando o seu podcast, o gente muito
branco, o nome. O mais recente é.
É o futuro feminino? Isso eu escutei os episódios aí
(01:10:50):
fazendo outras coisas, foi tiro,porrada e bomba, que aí eu só
estou ali absorvendo por osmose,porque eu vou sentar e aí eu vou
não fazer mais nada. Eu vou sentar com com caderninho
ali, vou fazer os exercícios porque são é de novo.
A clara está fazendo só perguntas no nesses episódios
(01:11:12):
dela que vai ser. Com as minhas próprias
respostas, mas através dessa reflexão que aí eu vou achar.
Qual que é, né? A minha maneira de de achar o
meu meio. Termo total No No futuro
feminino para dar contexto, eu termino com a magia do dia e uma
ação inteligente. A magia do dia.
O magia da semana é foi a coisa ou o acontecimento que me fez
(01:11:36):
mais feliz naquela semana. E a ação inteligente é
relacionado ao tema do episódio.Eu vou deixar uma reflexão, um
exercício e. Muito, muito.
Isso é é a minha pergunta. É algo pra pra a quem está
ouvindo parar e pensar e fazer antes do próximo episódio.
O episódio é é quinzenal. Mas bom, o tanto que a gente
(01:11:58):
estava falando antes, eu tenho várias coisas pra pra pra falar.
Acho que a primeira é que infelizmente as pessoas não vão
reagir como a gente quer, né? Então acho que essa frustração
de putz, eu eu esperava isso, euqueria isso.
E as pessoas responderam completamente diferente.
É porque elas, na vida delas, gostariam que alguém respondesse
(01:12:20):
daquela forma, né? E daí elas pensam, Ah, ela pediu
isso, mas. Se fosse eu, eu gostaria
daquilo. Então elas projetam Na Na sua
situação que elas gostariam de de receber.
E a vida fica mais fácil quando a gente entende isso, que as
pessoas elas estão olhando a própria, elas estão olhando
qualquer situação a partir da própria realidade.
(01:12:42):
Então ajuda até a se decepcionarmenos, que é tipo, nossa, não
acredito. Eu falei tal coisa para pessoa e
ela respondeu, poxa, que pena, ou ela respondeu, AI, amiga,
vamos tomar um sorvete então? EE na cabeça dela, ela não está
ignorando, ela está é reagindo. Como ela gostaria de reagir se
se alguma dessas coisas tivesse acontecido?
(01:13:04):
AA segunda coisa é que eu eu vejo que notícias felizes cercar
de notícias felizes é diferente de alienação e é a é diferente
de positividade tóxica em algunspontos.
O primeiro ponto é, essa pessoa tem consciência de classe.
Por quê? Muda tudo, muda tudo.
(01:13:27):
Se, por exemplo, eu estou fazendo o meu boletim de
notícias, felizes que que tem láno boletim às vezes tem SUS, aí
tem uma política pública, aí temOo.
Divórcio agora é automático paraas mulheres, você não precisa
ter a assinatura da outra pessoa.
Então, até a forma de de filtraro que é feliz, o que é positivo,
(01:13:49):
se tiver consciência crítica, jáé outra coisa, já está fazendo a
pessoa pensar, Ah, então é positivo, a mulher não tem.
Tem que ter assinatura do maridopara um divórcio, então é
positivo que o aborto foi legalizado num lugar específico,
sabe? Então é possível otimismo com
consciência, assim, com estudo etal, é, e a positividade ela
(01:14:16):
pode ser maravilhosa, mas ela precisa vir com empatia e foi
isso que faltou aí No No exemploque que você deu, né?
Então eu eu diria que faltou. Empatia e faltou consciência de
classe. Por quê?
Porque a pessoa vai lá e fala, paciência.
Não, não se esforce com isso, porque provavelmente ela não tem
boleto nas costas. Provavelmente, se É Ela, sei lá,
(01:14:38):
perdesse o emprego. Ela talvez tivesse um marido que
pudesse segurar as pontas ou elativesse 11, reserva de
emergência, e aí não é tão urgente, tipo 19 dias.
Bobagem, 19 dias não são nada para ela, mas.
Em outras circunstâncias, pode ser bastante coisas,
(01:14:59):
principalmente quando você está pensando que são 19 dias.
Mas eu não sei quando vai chegar, né?
Eu não sei quando vai vir e quando vier, ainda vai ter o
tempo de eu trabalhar num lugar antes de receber.
EEE essa positividade. O problema não é o ser positiva,
o problema é o ser positivo sem empatia, sem pensar No No seu
sentimento ali No No momento. E sem consciência de classe, de
(01:15:22):
entender que talvez a necessidade dela é diferente da
sua. O momento dela é diferente do
seu. É.
Já ouvi isso em algumas situações de Ah, por quê?
Porque não se demite porque não me demito?
Por quê foi? Ótimo.
É, é, é. 11 coisa que que antes de demitir eu tenho que ter as
(01:15:44):
coisas planejadas, eu tenho que ter o próximo passo, eu tenho
que ter coisas garantidas, mesmoque não seja para outro
trabalho. Fixo, mas eu vou ter clientes,
né? Só que aí a pessoa que está
falando, ela pode, ela poderia, Ah, eu posso me demitir porque
eu vivo na casa dos pais ou porque é Oo meu marido ganha
muito ou porque, sei lá, o contexto.
(01:16:05):
Ali é diferente para aquela pessoa, para ela é mais simples,
né? Então, assim, a positividade
tóxica é a. UO mas eu não acho que que está
tão associada às notícias felizes está tão associada ao
otimismo em si, porque ela vira tóxica no momento em que é.
É assim, é sem empatia, sem consciência de classe, sem
(01:16:26):
noção. EE, que é tipo AA pessoa, está
sendo positiva em detrimento do seu sentimento, né?
Ela está vendo que você está commedo na situação, por exemplo?
EE ela está dizendo, não, relaxa, foi melhor assim, é.
É, você não recebe o frio, quem não tem o cobertor sabe essas
(01:16:48):
essas várias frases do que na verdade estão dizendo é, eu não
estou disponível para te ouvir sofrer sobre esse assunto.
Eu não estou emocionalmente disponível para só te ouvir
retornar ou só pra pra te ver seincomodar com isso.
(01:17:10):
Eu quero resolver é e eu vou resolver.
E de uma forma meio pô, AI, parade reclamar, é só veja OOO lado
bom da vida. E aí é muito do do recesso, é o
tóxico, ele vai para o excesso equando e quando?
Quando clara está falando de notícias felizes, não é aquele
(01:17:30):
abraço, é aquele quentinho que enfim, a gente precisa.
E aí é é clara trouxe uma questão interessante que é
muitas vezes essa positividade tóxica.
Ela vem disfarçada de na. Não sei como lidar com sua dor,
não sei como lidar com seu sofrimento.
Então, frases como essas é quaseque é quase que um movimento de
(01:17:52):
um bombeiro que vai tentar taparo fogo ali para não doer.
Mas tem que doer, gente. Às vezes, enfim, o fogo ele vai
ter que pegar. E seguimos.
É, é. A gente tem muita dificuldade em
sentar com o desconforto do outro.
Quando a gente não pode, não temo que fazer.
(01:18:13):
Anão ser companhia para a dor dooutro correr o curso é igual um
Rio que tem que correr o curso. E eu acho que a gente esquece
muito. É Bárbara.
O que é estar com o outro ali, no desbravar dele do resolver
pelo outro, Ah, eu vou, quero resolver, então eu não posso
(01:18:33):
resolver. Se eu não posso resolver, aí vem
essas frases prontas, Ah, mas o que vem, vem melhor ainda.
Deus está preparando isso. Quando que quem?
Você que está nesse lugar não faz tanto sentido ouvir, talvez
o como como o claro trouxe a empatia nossa, Bárbara,
(01:18:54):
realmente que situação difícil. Mas enfim, estou enviando
vibrações positivas por você. É desejo que tão breve essa
situação, ela possa ser resolvida da melhor forma
possível, porque essa positividade torce aqui que nós
estamos pontando aqui. Às vezes pode te levar até para
(01:19:14):
um lugar de culpa nossa. É mesmo, né?
Estou reclamando? Talvez não é nem é tão ruim
assim. Eu é que tenho que olhar para a
vida de outro. Jeito, mas será?
Olha, tem uma curiosidade sobre Oo seu quadro do notícias
(01:19:37):
felizes para navegar o mundo? Você já comentou um pouco, né?
De como que, o que que te motivou e quando?
Do que criou? O que eu queria saber é, qual
foi a parte mais gratificante nesse processo de criação do
quadro? Então, lá em 2017, quando ele né
surgiu e ao longo desses muitos anos.
(01:20:00):
Você tem que falar assim, um top3 de melhores momentos, de de
continuar fazendo esse quadro. É melhores momentos.
Eu já recebi alguns e mails falando como AA.
As pessoas mudaram a forma de ver a vida.
É como AA natureza, tem jeito coisas, tem jeito, é também.
(01:20:26):
Já recebi algumas mensagens de pessoas que viam notícias que.
Eu colocaria como positivas é sendo negativas, por exemplo, a
questão do aborto, e daí AA pessoa pensar, putz, eu concordo
com várias outras coisas e ela bota alguma notícia positiva,
será que eu estou vendo errado? E daí?
É isso sempre me marca sempre que que a pessoa vem falar.
(01:20:48):
Por exemplo, gente que só reclamava do SUS, descobri que o
SUS oferece muita coisa e que todo mundo, todo brasileiro já
usou o SUS de alguma forma e. E parar pra pensar, putz,
realmente é, tem países que não tem saúde pública, veja o que o
que o SUS oferecem, vacinação emtransplante é.
(01:21:10):
Isso sempre me marca, sempre me arrepia também é.
E eu acho que o próprio processocriativo do boletim, porque
começou como um vídeo e era um vídeo bem noticiário, assim, eu
com camisa social hoje vamos falar das notícias, felizes e
tal. E aí era uma coisa nichada,
então. Eram bem as minhas seguidoras
(01:21:32):
mais próximas, as seguidoras queengajavam em tudo, que engajavam
nesse conteúdo. E aí eu fui testando formatos
diferentes e a cada formato foi pensando, putz, que gostoso que
e se eu fizer isso? E se eu fizer aquilo?
E se, por exemplo, OAO design que tem hoje é.
Eu fiz mais de 40 testes diferentes para chegar naquele
(01:21:54):
específico, porque eu queria chegar em um design que eu
pudesse só repetir que eu gostasse tanto que a.
Cada edição a pessoa visse e imediatamente soubesse, Ah, é
notícias felizes EE aí a Elisa tem diferenças de cores, tem
diferenças no nome, no número daedição, mas o design em si,
foram mais de 40 testes, 40 testes, desde a no, no
(01:22:16):
Photoshop, no canva, no em desenho, pô ou não, mas eu eu
acho que é assim, é assim que euquero EE aí pensava, não, não
era isso, daí voltar. E aí eu quero que até o nome do
quadro mudou a. Porque ele era boletim de
notícias. Felizes por um futuro melhor aí
(01:22:36):
depois o é notícias felizes paraaquecer o coração notícias
felizes para é? Salvar a pandemia era uma coisa
assim, porque daí veio a época da da pandemia e aí a pandemia
entrou no nome do do do quadro éaté chegar a notícia felizes
para nova ior ao fim do mundo? E o segundo, o segundo com o
(01:22:59):
novo design, viralizou, bizarramente viralizou muito e
desde então ele nunca parou de de de viralizar.
É então esse processo criativo do eu precisei começar em 2017
para em 2024. A segunda edição viralizar é é
porque daí parece que é Do Nada,né?
(01:23:19):
Ah, nossa, Do Nada. Na primeira já deu muito certo,
na segunda viralizou, ficou, ficou uma loucura e que rápido,
e daí, na verdade, eu estou fazendo desde 2017, é então essa
é 111 Marco também desse, desse processo e também da minha forma
de ver o mundo, eu me tornei umapessoa mais positiva ainda.
Eu já Era Eu já eu nasci otimista, incurável, incurável.
(01:23:43):
Diagnóstico. Realmente diagnóstico, EEE esse
otimismo incurável, inclusive, já me fez cair em vários golpes,
por exemplo, porque Eu Acredito nas pessoas, eu acho que tudo
vai dar certo. EEE eu sinto que o meu otimismo
ele se tornou mais intencional, ele se tornou direcionado, sabe?
(01:24:03):
É por que que eu sou otimista, eu sou otimista para isso, para
criar um futuro melhor para mulheres é tanto no individual
quanto no coletivo, EE foi transformando também a minha
forma de de. E de ver o mundo e trocando com
que as pessoas mandam as notícias.
Então eu recebo muita notícia. Especista de São Paulo, de
porque eu tenho muitas seguidoras em São Paulo, embora
(01:24:24):
eu seja Nordestina, sergipana, é.
Mas eu sempre falo, essa notíciaé muito específica.
Eu não vou noticiar No No boletim, fazendo o que a maioria
dos meios de comunicação faz é considerar que São Paulo, Rio de
Janeiro é o Brasil e o mundo. Daí até as minhas escolhas.
E as negociações que eu faço comas seguidoras do que que eu vejo
(01:24:47):
como notícia feliz? O que que faz sentido?
O que que não faz sentido, sabe?Amei sua pergunta.
Não era muita curiosidade mesmo,é da gente e da Fabi também de
saber. O.
Que que acontece, né? Por trás de um de uma coisa
assim, que entre grandes elas foi super fácil, né?
Tipo nossa, aí um dia você acordou, é esse formato, não sei
(01:25:08):
o que. Pá.
E deu certo. Pois é, só levou 7 anos.
Faz parte, faz. Não.
Maísa, você tem algum conselho para as nossas ouvintes de como
intencionalmente elas consumiremas redes sociais de uma maneira
(01:25:34):
mais positiva? Não no sentido de notícias boas,
mas positiva mentalmente, né? Que então?
Mesmo a gente estava falando muito sobre essa coisa de entrar
nas redes sociais para a gente descansar.
Que às vezes. Pode ser porque, olha, eu estou
aqui, eu quero 5 minutos só ver vídeo de cachorro de novo, sabe?
(01:25:58):
Feliz pulando, mas como que a gente consegue criar uma
estratégia de? Ser um pouco mais feliz aí nas
redes sociais com o conteúdo quea gente consome, tipo dicas top
3 dicas, siga isso, você vai terum pouquinho melhor.
É um feed mais legal com você mesmo, com a sua.
(01:26:21):
Psique, então, Bárbara, me chega, que caminha muito em
direção do autoconhecimento e nada e, inevitavelmente da
autenticidade. Essa semana mesmo eu gravei um
vídeo que a autenticidade é o que faz sentido para você, é o
que funciona e, sobretudo, é o que você sustenta.
(01:26:42):
Então eu convido vocês a olharempara o feed, olharem para o
explorar, reflete a forma que você deseja viver, como que você
está vivendo. É algo que você se identifica de
algum modo. E a partir de então, vou te
convidar a refletir. Bom.
Se você olhar para o seu feed. Para o seu explorar e perceber
(01:27:04):
que está alinhado com os seus valores, com o que faz sentido
para si, com a sua visão de mundo.
OK, mas se o contrário acontecer, então talvez você
possa precisar de um tempinho aípara refletir, utilizar ali
aquela ferramenta de um folon terapêutico EE sempre em busca
(01:27:26):
desse caminho, que é o que eu repito diariamente.
Enfim, o podcast toda hora eu falo sobre isso, porque eu
realmente acredito nisso. É o que funciona para você.
E daí? É com relação ao conselho,
possivelmente, talvez não funcione para você.
Esse conselho que eu estou dando, tudo bem, ótimo, mas
encontre o seu. Então, se você perceber que esse
(01:27:48):
não faz sentido, vá em busca do seu.
E Eu Acredito muito que nós ainda, enquanto sociedade,
enquanto seres humanos, nós ainda estamos em um processo de
aprender a usar a internet de a.Aprender a utilizar as
plataformas digitais e se você percebe, faz sentido.
(01:28:09):
Você abre uma janela dessa disponibilidade, se coloca nesse
lugar, OK, eu estou aprendendo isso aqui.
Eu não sei quais, quais ferramentas e que caminhos eu
posso adotar para melhorar a minha saúde mental, digital, por
assim dizer. É melhorar a saúde mental
digital. Tá aí, precisa mesmo, né?
(01:28:29):
Porque olha. Se deixar é, é.
É uma aberturazinha ali pra primeira notícia que aparece, a
gente fala, nossa senhora, acabou com o meu dia, tchau.
E daí? É?
Bárbara, me me pega muito. A questão desse discurso de
vilanizar o celular, vilanizar ainternet, vilanizar as
(01:28:51):
plataformas digitais, talvez também não é por aí.
Quem é que usa o celular? Quem é que está usando as
plataformas digitais, então, a. Culpa é minha Maisa, eu coloco
em quem eu quiser. E aí vem esse movimento de
reflexão, de autoconhecimento, eé como eu estou usando.
(01:29:12):
E como eu posso melhorar esse uso?
Porque na televisão, quando não existia o celular também tinha
esses programas. E ainda continua tendo o
programa sensacionalista. Você está assistindo por quê?
Porque você colocou ali. AI só passa a tragédia na
televisão, passa muita tragédia na televisão, mas não só
(01:29:36):
tragédia, assim como tem muita coisa nas redes sociais que a
gente vai se sentir mal, seja. Notícia ruim ou coisas
inalcançáveis, de padrão de beleza que seja, né?
11 coisa muito da meritocracia, de tipo AI, você só vai
conseguir se você acordar às 4 da manhã, mas puta, só acordar
(01:29:58):
às 4 da manhã. Mas gente, eu fui dormir era 11
e meia da noite. Como é que eu vou acordar às 4,
1 hora da manhã? Para que você está seguindo para
ver o Sol nascer? Porque eu preciso tomar o banho
gelado. Ô gente, mas se eu acordar essa
hora? Cara, é uma hora de sono a mais
que eu vou ter, que eu já durmo 6 horas por noite.
Como que eu vou fazer isso comigo?
(01:30:20):
Eu escutei um episódio seu, clara, falando sobre AO
movimento que a gente está fazendo no hoje, se é para a
pessoa que a gente quer ser no futuro, e fala se muito também,
né? Dessa coisa de Ah, você, né?
Perceba quem são as pessoas que você está se rodeando, que elas
podem te ajudar, te influenciar de certa forma a.
(01:30:42):
Você se tornar uma pessoa melhor.
Então, sei lá, já já vi muita coisa falando, Ah, tinha 11
coach meu, de num trabalho antigo que eu tinha.
Aquele era coach de liderança. Tinha muito desse papo de coach
mesmo, tipo, Ah, mas tinha bastante coisa prática ali, né?
No quesito liderança, que me ajudava muito no meu trabalho.
(01:31:06):
E ele falava muito que ele buscava sempre ser a pessoa,
entre aspas, mais burra do do docírculo dele, porque significava
que ele estava ali sempre vendo que ele tinha como aprender mais
e melhorar. E sabe, eu entendo 11 lado, né?
(01:31:26):
Da dessa racionalidade de sim, vamos ser algo que você almeja
crescer mais em x área. Então, com certeza faz muito
sentido você tentar. Está perto de pessoas que você
consegue se inspirar e ser maiore melhor.
Mas porra, também dependendo do que for, cara, você vai ficar só
se rodeando de se sentir menor einferior, sabe?
(01:31:54):
Tem no meio do caminho, aí não tem mais isso.
Depende muito da autoconfiança da pessoa também, sabe?
Uhum EE de entender que, por exemplo, a outra pessoa ser
muito inteligente não significa que você é burra e.
EE também entender que inteligência é complementar.
Então eu eu só tenho amiga inteligente.
Se se não for inteligente, não dá nem para conversar, como é
(01:32:16):
que eu faço? Só que as pessoas têm
inteligências diferentes. Eu tenho amigas que que são
muito boas em coisas que eu sou péssima e que ao mesmo tempo são
péssimas em coisas que eu sou muito boa.
Então eu não preciso que essas pessoas, elas estejam ali,
estejam ali para me aprimorar oupara eu me me comparar.
(01:32:36):
Mas é porque é as pessoas com quem você se cerca influenciam a
vida que você vive, o tipo de vida que você vive, o seu, o seu
estilo de vida, as coisas que você valoriza, os seus hábitos.
É, tem tem pesquisa recente, inclusive dizendo que hábitos
saudáveis são contagiantes, EE que essa influência é maior no
(01:32:59):
seu círculo de amigos do que o seu círculo familiar.
O seu núcleo familiar é depois de uma idade, de uma certa
idade. Então, se a sua mãe, por
exemplo, não tem hábitos saudáveis EE, sua melhor amiga
tem, você tende a ter hábitos mais saudáveis porque a sua
melhor amiga tem hábitos saudáveis.
Então, considerando que as pessoas ao nosso redor impactam
(01:33:21):
como a gente vê o mundo, impactam como a gente se
comporta, os hábitos que a gentetem, faz total sentido buscar
pessoas que complementem, que tragam coisas que sejam
interessantes, que tenham. Sonhos que compartilhem valores
com você. É, você não precisa ser igual
(01:33:41):
aos seus amigos, mas que esses amigos, que esse esse círculo,
ele te nutra. E então eu eu concordo em em
partes, talvez com com motivações diferentes, porque
muitas vezes, quando a gente ouve esse discurso, é um
discurso de, Ah, eu vou ser o mais pobre da sala porque eu
(01:34:02):
quero ficar rico. Ou vou ser mais o mais comum da
sala, porque eu quero ser inteligente.
EE. A para mim é diferente disso.
É que a comunidade nutre você como indivíduo e você acrescenta
AAA comunidade. E ainda mais No No contexto em
que nós estamos cada vez mais individualistas e nós
(01:34:23):
brasileiros, latinos, europeus, enfim, é, é é global esse essa
movimentação do do individualismo.
Pensar em comunidade como algo que você doa e você recebe dessa
comunidade faz total sentido, e daí cada pessoa vai valorizar
coisas diferentes. Talvez eu valorize inteligência
interessância, eu valorizo demais interessância EE desejos,
(01:34:47):
então eu gosto de pessoas desejantes, podem ser desejos
diferentes dos meus, mas elas querem coisas, elas desejam e
tem coragem de desejar coisas. É, e as minhas amigas, elas são
assim, porque eu sou assim e eu.Eu quero continuar sendo assim,
sabe? Falando em desejos, foi o
episódio que eu acabei de terminar, mas assim, 10 minutos
(01:35:07):
antes da gente vim gravar, tá? Tudo foi uma grande defensora de
mulheres desejantes. EE essa essa ideia de fato do
complementar clara, me chega de um modo que faz muito sentido,
porque geralmente se tende a levar a inteligência no sentido
mais é aplicado a economia, o aplicado a academia.
(01:35:34):
Então não existem múltiplas inteligências.
Então eu tô num cheguei considero que cheguei em
Portugal recentemente, então estou num processo de construir
a minha rede de apoio aqui. E quando você trouxe essa
questão, eu fiquei pensando aqui, o quanto que as minhas
amigas, elas são diferentes, maso quanto que eu aprendo com
(01:35:56):
elas? Elas são diferentes de mim, mas
a nossa visão de mundo, em algummomento se encontra.
Tem um ponto de conexão exata. EEE essa semana acabou estudando
muito sobre isso. O quanto que você construiu uma
rede de apoio? Isso é é poder.
É aquele quentinho é você se reconhecer, mas também perceber
(01:36:20):
que o outro se reconhece e, enfim, valorizar a inteligência
do outro nada mais é do que respeitar a existência dele.
Nossa, que lindo, gente. Então, antes de terminarmos,
vamos pra nossa lupa cultural que aquele momento de indicação
(01:36:40):
de trabalhos feitos ou protagonizados por mulheres.
Quem gostaria de começar? Eu vou recomendar uma cantora
pernambucana que se chama Bruna limonda e eu estou absolutamente
apaixonada Por Ela. EE, ela não tem tantos
seguidores, não tem tantos ouvintes no Spotify.
(01:37:00):
Então quando eu posso, eu vou divulgar alguém que eu acho que
deveria ser mais conhecida, sabe?
As pessoas deveriam ouvir essa mulher.
Se você gosta de Duda beat, vocêgosta do estilo de Duda beat,
você vai gostar da música dela. Então já para para pegar as
pessoas certas e nossa, eu não estava, não estava muito
(01:37:23):
preparado não, não fiquei o episódio pensando, entendeu nas
recomendações que que eu IA dar?Em cada momento você pode se
indicar também, né? A gente já falou do seu podcast,
o futuro foi maravilha também. Já teve outros.
Quer indicar seus outros trabalhos também.
Eu eu crio conteúdo no arroba clara Fagundes.
(01:37:45):
E em redes diferentes. Em site tenho uma newsletter,
sou apaixonada pelo substeck, acho que quem gosta de escrever,
quem gosta de ler, encontrou um novo lugar, ainda mais que eu
tive ali Na Na Na leva dos blogs2012.
Estava escrevendo altos textos em blog e agora eu estou me
(01:38:07):
encontrando no substeck. E a newsletter é quinzenal, é
gratuita e é sobre o futuro feminino.
Tem um podcast? O futuro feminino também
quinzenal para mulheres desejantes que querem criar um
futuro extraordinário para outras mulheres.
E aí no individual, no coletivo,para si mesmas, pra, pra, pra
(01:38:29):
comunidade e eu tenho 2 outros podcasts que na verdade eles
terminaram. Eles tiveram 3 temporadas, cada
um deles eu finalizei e fui parao próximo.
Então o nada fútil sobre tudo dodo.
Comportamento feminino que a gente ouviu ao longo da vida que
era futilidade e não era. E também o Ola bruxas.
(01:38:52):
E aí? O Ola bruxas é sobre essas, essa
Liberdade, essa rebeldia feminina.
E o que Eu Acredito que a gente precisa deixar de acreditar ou
começar a acreditar para construir uma realidade mais
livre para as mulheres, tanto mais livre como sociedade,
(01:39:13):
quanto mais livres de as. Mulheres se permitirem, desejar
sonhar, querer coisas, fazer coisas, começar coisas.
E o futuro feminino? Ele vem Na Na continuação do do
Ola bruxas e o primeiro episódiojá é sobre medo de começar e de
recomeçar. Porque é uma coisa que eu ouço
muito das seguidoras é isso, do tipo eu estou velha, Ah, eu
(01:39:36):
estou velha para fazer tal coisa, eu estou atrasada para
fazer tal coisa, ou eu deveria ter feito isso, mas agora está
tarde demais e eu não quero passar vergonha, eu não quero.
As outras pessoas me vejam tentando e já começar o podcast
falando do medo de começar foi para já definir o tom, definir o
tom das das das mulheres que quedesejam ou querem desejar mais e
(01:40:00):
realizar mais na própria vida. Anotei aqui as recomendações, e
você? Maísa.
Olha, quando Bárbara fez essa pergunta recentemente, também
não pensei sobre isso, mas é muito curioso perceber a pessoa
que veio, a primeira pessoa. Que veio na minha mente.
E ela se chama kellen pires. Ela é uma jovem desbravadora, é
(01:40:23):
do estado do Maranhão. E aí esse esse mês, esse mês
não, final mês passado, a kellenpassou numa bolsa para mestrado
no Reino Unido. Então assim, eu recomendo sim,
vocês acompanharem a jornada da kelen agora no Reino Unido
enquanto bolsista e estudante demestrado.
(01:40:46):
Eu tive o contato, a oportunidade de estar com um
treinamento intercultural, que éo que eu trabalho também na
diálogos para estudantes internacionais.
Estive com a kelen, também com oGabriel, que são 2 jovens
maranhenses que passaram na bolsa de mestrado
concorridíssima das mais concorridas do mundo.
EEA kelen é, ela me inspirou de uma forma kelen.
(01:41:09):
Eu espero que você esteja escutando.
Eu sempre vim desse lugar de desbravar no sentido.
De vim do interior, do interior do Maranhão.
Então essa sede de conhecer o mundo sempre esteve muito
presente na minha vida. E ver jovens como a kelen,
desbravadoras, inconformadas comcertas realidades e se abrindo
(01:41:31):
para estudar e valorizando a educação é algo assim, que me
motiva diariamente. E é o que está presente na
diálogos, é o que eu vivo e é o que eu busco sempre incentivar.
Eu sei que estudo não é um únicocaminho, mas é um deles.
E se você tiver essa oportunidade?
Se e se fizesse sentido nessa existência, agarre, que coisa.
(01:41:52):
Linda, meu Deus. E quando você estava falando, eu
eu pensei em uma pessoa também que eu amo muito e que dá para
acompanhar. Eu não conheço ela, tá?
Eu amo no digital apenas é que élaurinha.
Lello lero, ela tem 111 newsletter.
Um de um humor muito específico,assim é, é, é é um humor bem
(01:42:13):
interessante. Por exemplo, ela fez 11 resenha
detalhada dos pratos do Paris 6 e assim, muito batalhada, muito
EE. Simplesmente eu fui lendo a
newsletter rindo rindo, de laurinha lero, no Paris 6, que
para quem não conhece, é um Oo equivalente em restaurante a
(01:42:34):
Romero Britto, que é 11 restaurante que.
Finge ser francês, mas ao mesmo tempo é italiano e é norte
americano e é brasileiro. E aí, todos os pratos têm nomes
de celebridades completamente aleatórias ou subcelebridades.
E aí ela fez esse essa essa resenha detalhada dos pratos do
(01:42:55):
do Paris 6 e eu li recentemente.Eu tava pensando, Deus, mais
pessoas precisam precisam ler essa essa resenha detalhada e
depois, se se eu não falasse depois eu IA pensar, não
acredito. Eu aproveitei para para indicar
laurinha lero. Nossa, eu vou ter que ir atrás
porque eu achei maravilhosa essaextremamente curioso, né uma?
(01:43:19):
Newsletter, fulano review de pratos do Paris 6, porque como
eu já estou aqui há muito tempo,muitas das coisas que acontecem
barra aconteceram no Brasil. Eu só acompanhei por conta das
redes sociais, então eu fiquei meio por dentro de alguns memes
de algumas tendências por conta das redes.
(01:43:40):
Mas ainda assim, eu não experienciei alguma dessas
coisas, como por exemplo e apareceis.
Eu nem sei onde fica em São Paulo, sei que fica lá.
Não tenho ideia de qual que é a cara dele, qual que é o.
Só sei que por uma época virou um, assim, um.
Uma. Tendência é e tá e né?
(01:44:01):
Grande merda. Então, interessante, gostei do
do. Do trabalho é educativo.
Em que você é? Eu coloquei aqui na lista também
que vocês indicaram no meio do do episódio livre.
Então, nação, dopamina, da doutora Ana lambke, é isso que
(01:44:27):
eu peguei o nome certo? Sim, é esse mesmo, é dopoamin
Nation. Nesse mesmo, então tá está
marcado. Aqui é, mas e se você puder me
mandar depois? O Instagram da kelen eu já
coloco aqui também na descrição e eu tenho 2 é recomendações,
(01:44:49):
uma é da comunidade, somos todasda mireli Matias do arroba, 13
anos depois. Não fiz parte ainda da
comunidade, porém, mostra a as bolsas.
Bolhas, né? Que surgiram ao longo da da
pandemia por conta da mirelli, foi de certa forma um
(01:45:12):
catalisador para a criação dessepodcast, porque foi através das
bolhas que surgiu uma bolha Austrália, que surgiu uma bolha
Sidney, que eu comecei AA, que eu conheci essas mulheres e foi
no contar das nossas histórias que surgiu esse podcast.
Então, de certa forma, né, tem 11 quê de mirelli.
(01:45:35):
É na incepção desse daqui, mas mostra também como o poder da
gente utilizar essa parte da rede social para algo de uma
potência e igual. Você falou clara de mulheres
desejantes gente, o que é uma mulher mais desejante do que
mirelli? É assim, tá?
É, é. É incrível o que ela desperta na
(01:45:57):
gente também enquanto seguidorasou.
É, mas mulheres na comunidade. Ela compartilha vários relatos,
né? De de participantes, de como a
gente muitas vezes não conseguiria encontrar ou
conhecer essas mulheres. anão ser, né?
Fora, na fora da rede social, a gente não teria como e como
(01:46:21):
essas mulheres transformam as nossas vidas.
Tem relatos e relatos de sei lá,de mulheres, AI estou me mudando
para um outro país e AI tenho uma participante que.
Que coloca lá é que está lá, então.
AI. Esse daí, gente, só pra
terminar. Então já não me sinto só.
(01:46:42):
É um livro da Maria Flor e eu estou com problemas para ler.
E aí eu fiz o audiobook. Adorei ficar narrado Por Ela
também. AI que.
Delícia, eu amo audiobook, amo, amo, amo audiobook.
Depois eu. Adoro podcast, então estou me
estou me entregando para o para o audiobook.
Gente, a gente vai ter que terminar correndo, que a gente
(01:47:04):
falou horrores. Um beijo então para vocês,
clara. Maísa, muito, muito, muito
obrigada pela sua presença. Deixem suas redes sociais mais
uma vez pelas nossas ouvintes seguirem vocês.
E para quem chegou aqui por conta da Maisa ou da clara,
muito obrigada. Sejam bem vindas e espero que
vocês fiquem. Com certeza, muito obrigada.
(01:47:28):
Bah. Maravilhosas mulheres
imigrantes, eu estou no arroba clara Fagundes e no futuro
feminino, em lugares diferentes,buscando isso, já dá para me
encontrar. Espero ver vocês e quem tiver no
Reino Unido, quem tiver no país de Gales.
Quem sabe a gente não se encontra para tomar um sorvete,
porque eu não sou do café. AI, eu também.
(01:47:48):
Não. Amei.
Quero agradecer também o convite.
É um prazer imenso estar aqui com vocês pra gente refletir
sobre tudo isso. Estou desbravando aí pelo mundo
através da diálogos, pelo mundo,que é uma clínica de saúde
mental que oferta cuidado emocional para pessoas que estão
(01:48:09):
desbravando o mundo, mas também enfrentando os desafios que é
desbravasse mesmo. E também no arroba Maisa,
Milena, espero vocês lá pra gente continuar essas.
Reflexões existenciais em temposdigitais.
Não precisamos falar mais nada, gente.
Muito obrigada. Um beijo até o próximo episódio.
Beijo. Obrigada por nos ouvir e por
(01:48:31):
caminhar com a gente em mais umahistória de coragem,
reconstrução e pertencimento. Se esse episódio te tocou de
alguma forma, aproveita para seguir o mulheres imigrantes
podcast no Spotify, ativar o sininho e avaliar com 5
estrelas. Isso ajuda a nossa voz a chegar
ainda mais longe e claro, estamos também nas redes
(01:48:52):
sociais, arroba? Mulheres imigrantes podem, com
muito conteúdo de qualidade paramulheres imigrantes.
Então vai lá, comenta, compartilha, manda para aquela
amiga que mora fora, tá? E vale lembrar, somos um projeto
totalmente independente, se vocêquiser colaborar com a gente,
acesse o link do buy niacofe na descrição do episódio.
(01:49:14):
Ou o link da bio no nosso Instagram arroba mulheres
imigrantes Potter, apresentação por Bárbara dos Santos, roteiro
por Bárbara dos Santos e Fabianadidonato, produção e redes
sociais de Fabiana didonato e edição por Felipe benetti.
De só conceitos, quem conta as nossas histórias até o próximo
(01:49:37):
episódio?