Houve um tempo em que demonstrações de simpatia por símbolos fascistas era algo restrito ao submundo envergonhado de pequenos eventos de neonazistas e neofascistas. Agora, vivemos um momento que acende alertas sobre a presença e organização desses grupos nas redes, na política, na cultura e nas instituições de forma cada vez mais explícita – dentro e fora do Brasil. Foram inúmeros casos de demonstrações neofascistas no Brasil dos últimos anos, alguns inclusive dentro da estrutura pública, como quando um secretário de Cultura de Bolsonaro colocou em rede nacional um vídeo em que emula o discurso e a estética do Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista. Na conta das referências diretas, também entraram recentemente imagens de pessoas carregando suásticas; pixações em escolas e universidades, manifestantes golpistas em Santa Catarina fazendo saudações nazistas enquanto pediam intervenção militar, entre tantas outras. Para questionar sobre a simbiose desses grupos com movimentos de extrema-direita e o bolsonarismo, o Pauta recebe o historiador Odilon Caldeira professor do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que desenvolve, há anos, pesquisas com foco no neofascismo.
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E MAIS: A Pública precisa de você pra abrir a caixa-preta do Bolsonaro
Nos últimos quatro anos, o governo Bolsonaro empurrou o Brasil para o abismo. Ele nos devolveu para o Mapa da Fome, ignorou uma pandemia, atrasou a compra de vacinas, desmatou a Amazônia, sucateou o país e atacou a democracia por todos os lados. Só que muitos desses crimes ainda não foram descobertos, porque eles também se especializaram em mentir. Os segredos desse governo estão guardados a sete chaves por trás do sigilo de 100 anos e de outras táticas de sonegação de informação. A Pública não quer que tudo isso fique esquecido sob o argumento de uma “pacificação” que para bons ouvidos significa apenas “impunidade”. Por isso precisamos de apoio para fazer o trabalho que mais sabemos fazer, investigar os poderosos e ir aonde ninguém quer ir. Quer saber como você pode nos ajudar? Acesse
https://aliados.apublica.org/ e veja como fazer parte dessa investigação crucial, juntos vamos revelar o que Bolsonaro quis tanto esconder.
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PARCERIA RÁDIO GUARDA CHUVA
E hoje é dia de indicar mais um mergulho da Rádio Escafandro, podcast comandando por Tomás Chiaverini e que é nosso parceiro na Rádio Guarda Chuva.
No episódio 81, o Escafandro aborda a relação entre chacinas e milícias no Rio de Janeiro. O episódio se baseia em um levantamento do Instituto Fogo Cruzado que mostra que mil pessoas foram mortas em chacinas desde 2016. E que essas chacinas tendem a ocorrer em territórios ocupados pelo comando vermelho e por outras facções. Mas, raramente, em áreas dominadas por milícias. Se você já conhece o trabalho do Tomás sabe que vem aí uma reportagem muito aprofundada sobre esse tema tão complexo. Se você ainda não conhece, está perdendo tempo, depois do Pauta já passa lá no feed da Rádio Escafandro para conferir esse e outros episódios disponíveis.
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Apresentação: Clarissa Levy e Ricardo Terto||
Produção: Ricardo Terto ||
Assistência de produção: Beatriz Monteiro ||
Pauta e Entrevista: Andrea Dip e Clarissa Levy ||
Roteiro, Edição e Mixagem Final: Ricardo Terto ||
Identidade visual e Artes: Cíntia Funchal ||
Coordenação de Redes Sociais: Ravi Spreizner ||
Chamadas e teasers: Breno Andreata ||
Trilha original composta por Pedro Vituri
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contato:
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